Quem conhece o senador tocantinense Eduardo Torres Gomes (MDB), sabe que enfrentar batalhas e desafios são coisas que ele encara com naturalidade e experiência. Eleito o senador mais votado nas últimas eleições no Tocantins, ele obteve essa vitória saindo atrás de praticamente todos os demais candidatos, com apenas 3% das intenções de voto.
Por Edson Rodrigues
Hoje, Eduardo Gomes, além de senador, segundo secretário da mesa-diretora do Senado, membro de comissões e relator setorial do Orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, ele é, nada menos, que o líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, responsável por dialogar e articular, politicamente, junto aos demais parlamentares, sempre buscando manter a governabilidade do País.
Ressalte-se que Eduardo Gomes faz isso tudo sem deixar de lado a causa tocantinense, sempre buscando verbas, convênios, programas sociais e obras para os 139 municípios, sem distinção partidária. Sua última conquista para o Tocantins, foram os três hospitais de campanha para receber os pacientes da pandemia de Covid-19 que assola o mundo e bate às portas do Tocantins.
E isso diz muito sobre o caráter de Eduardo Gomes, quando observamos que é ele quem está “no olho do furacão” provocado pela demissão de Sérgio Moro do ministério da Justiça e Segurança Pública.
Desde a última sexta-feira (24), quando Moro anunciou que estava deixando o governo, os microfones e as câmeras se voltaram para Eduardo Gomes, em busca de respostas sobre como fica o governo de Jair Bolsonaro sem Sérgio Moro.
PRIORIDADE BEM DEFINIDA
Em uma clara demonstração de que está na função certa, Eduardo Gomes tem respondido aos jornalistas, inclusive internacionais, que “ninguém está feliz com a saída de Moro” e que “as acusações feitas por Moro serão todas respondidas”, mas que “o grande problema do Brasil, hoje, não é a saída de Moro, mas a saúde do povo em meio à pandemia do Covid-19”.
“Temos uma prioridade bem definida, que é cuidar da saúde do povo brasileiro. As questões políticas ficam em segundo plano quando o povo está em perigo”, tem afirmado o senador.
Quanto ás perguntas específicas à saí da e consequente substituição de moro, Gomes é enfático: “Espero que venha um ministro com conduta ilibada, que com certeza será e que tenha capacidade técnica e profissional de esclarecer todas as dúvidas da população brasileira”, disse.
Gomes continua, sem perder o fôlego, quando questionado sobre a divisão de forças no Congresso: “é ele que no final das contas toma a decisão. É possível que políticos da Câmara e do Senado tenham aí possibilidade de avaliar o presidente, a transparência e forma clara que ele se comunica com as pessoas. Todos fizeram este comportamento de discutir entre si o espaço necessário para as lideranças conversarem, sabemos que é o começo de uma crise mas não é a crise prioritária. O combate prioritário é ao Covid 19. As iniciativas, ainda isoladas, de pedidos de impeachments ou CPI ficam dependendo da compreensão da grande maioria dos parlamentares se é o momento adequado e se existe um fato determinado. Nosso sentimento é de ressaca porque afinal de contas uma parte importante do governo muda de comando mas ao mesmo tempo de esperança que o presidente nomeará o novo ministro da Justiça ele passará a lidar com esses assuntos todos e não a demissão do ex-ministro Moro”, resumiu.
E, para dar um recado claro sobre como o governo vai superar essa crise, Eduardo Gomes, mais uma vez, deu uma resposta digna de Eduardo Gomes: “mais do que qualquer avaliação sobre esse episódio, o combate á Covid 19, o socorro aos estados municípios e a essa emergência que o Brasil passa hoje são mais importantes. Não podemos colocar um episódio que tem muito mais de política do que de crime efetivo, justo no momento que o país espera condições de saúde para sair da crise”, finalizou.