ELEIÇÕES 2022: AS CANDIDATURAS A GOVERNADOR E AS OPOSIÇÕES INCOMPLETAS

Posted On Quarta, 27 Julho 2022 06:37
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Por Edson Rodrigues

 

Por mais que o processo sucessório tenha sido antecipado no Tocantins, a grande verdade é que os candidatos a governador dos partidos de oposição ainda patinam na formação de suas chapas majoritárias, uns sem candidatos a vice, outros sem candidatos a senador – e os suplentes – , outros sem chapas majoritária e proporcional definidas e, outros, por incrível que pareça, ainda sem ter a confirmação de suas próprias candidaturas, com nominatas fracas, sem representatividade política, com candidatos “pegos no laço”, principalmente na hora de compor as cotas de candidatas mulheres e candidatos negros.

 

 

Outro fato confirmado pelo Observatório Político de O Paralelo 13, são candidaturas sem o mínimo de infraestrutura política e financeira necessários para desenvolver a pré-campanha, totalmente dependentes das convenções partidárias e da homologação das chapas pelo TSE, para, só então, terem acesso ao Fundo Partidário para poder abrir suas contas oficiais, com CNPJ, nos bancos.

 

Essas candidaturas, que enfrentam essa situação, mesmo depois de contempladas com os recursos, não terão a menor possibilidade de ajudar as candidaturas majoritárias, pois já nascem sem divulgação, sem conhecimento público e sem condições de brigar com as que já foram colocadas à apreciação dos eleitores há tempos.

 

TORNEIRAS FECHADAS

O nosso Observatório Político vem acompanhando as movimentações do tabuleiro sucessório de forma discreta, sem expor candidaturas ou nomes das oposições ao Palácio Araguaia, e tem notado uma certa desconfiança dos pré-candidatos ao governo, todos com muita experiência política e com infraestruturas de campanha garantidas, que vêm mantendo as “torneiras fechadas” em relação aos recursos, aguardando a realização das convenções partidárias para avaliar quais as candidaturas proporcionais realmente terão condições de somar positivamente em seus grupos, ajudando os candidatos majoritários a aglutinar votos.

 

Fica evidente que os candidatos “pegos no laço”, só terão serventia para o fechamento das condicionais – candidatos negros e do sexo feminino.

 

UNIÃO DAS OPOSIÇÕES: MISSÃO IMPOSSÍVEL

 

As tentativas de união entre as candidaturas de oposição ao Palácio Araguaia, por enquanto, não passam de conversa pra boi dormir, daqueles “contos da Carochinha”, que só criança com menos de três anos acredita.

 

Os interesses individuais, a arrogância, a prepotência, o orgulho e a fome de poder vêm impedindo qualquer tipo de afinidade entre as oposições, impedindo a formação de uma só chapa capaz de fazer frente à candidatura palaciana.

 

 

O senador Eduardo Gomes, coordenador da campanha do ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, bem articulado com o governo federal e suas lideranças no Congresso Nacional, que mantém um excelente relacionamento suprapartidário no Tocantins, inclusive com os prefeitos cujos municípios receberam recursos federais por meio de sua intervenção, que sabem que ele agiu como um verdadeiro “embaixador” dos 139 municípios e do governo do Estado do Tocantins junto ao governo federal, vem dando o tom de uma campanha limpa, sem agressões verbais e denuncismo, baseada na apresentação de projetos e propostas.

 

Por outro lado, o também senador Irajá Abreu, coordenador da campanha de Osires Damaso ao governo, vem agindo da mesma forma, sempre cauteloso e de poucas palavras, mas com um trabalho intenso nos bastidores, assim como Paulo Mourão, que coordena sua própria campanha ao governo, vencendo os obstáculos internos do seu partido.

 

 

Todos são políticos ficha-limpa, sábios e experientes, e é, justamente esse fato que deve ser levado em conta nesta campanha eleitoral que se aproxima, pois nos permite sonhar com uma sucessão estadual calcada no debate de boas ideias, com discussões positivas e propositivas, colocando em pauta apenas o que os cidadãos tocantinenses precisam ouvir, que são propostas para a solução de suas demandas prioritárias.

 

Faltam poucos dias para o prazo final das convenções partidárias. Como já dissemos, o “tabuleiro sucessório” ainda vai sofrer muitas modificações e, só depois das candidaturas registradas é que saberemos quem estará com quem e quem estará, realmente, no páreo em dois de outubro.

 

Até lá, que os trabalhos continuem em alto nível e que o joio seja separado do trigo.

 

Oremos!!