ELEIÇÕES ESTADUAIS 2022: CANDIDATURAS MAJORITÁRIAS AINDA INDEFINIDAS. SURPRESAS POR VIR

Posted On Segunda, 25 Abril 2022 06:50
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O amadorismo e a forçação de barra aplicados por algumas candidaturas sem apoio público e político, podem acabar gerando surpresas positivas com a inclusão de novas peças no tabuleiro sucessório, concorrentes às eleições majoritárias.

 

Por Edson Rodrigues

 

Nos últimos 22 dias nosso Observatório Político teve acesso a duas pesquisas de amostragem de intenções de voto realizadas para consumo interno dos contratantes, uma de uma entidade classista ligada ao setor comercial e outra pesquisa, encomendada por dois partidos políticos, buscando subsídios para o lançamento de uma pré-candidatura majoritária, e os dois levantamentos apontara dados bem próximos acerca dos eleitorados jovem e feminino, que, na metodologia espontânea,  mostraram 67% de desmotivação total com a classe política e uma extrema antipatia com os políticos.

 

Nas duas pesquisas salvaram-se o governador Wanderlei Barbosa, que tem mídia espontânea quase que diária, e um outro postulante ao Palácio Araguaia, com índices bem menores que o do governador, nenhum outro dos pré-candidatos ao governo conseguiram despertar o interesse ou a simpatia desse eleitorado.

 

CONCLUSÃO E HIPÓTESES

A conclusão que se pode tirar dessa similaridade das pesquisas é a de que há, sim, espaço para mais uma ou duas candidaturas ao governo do Estado e, ao mesmo tempo, ainda não há outros candidatos que chamam a atenção do eleitorado.

 

Na melhor das hipóteses, depois das convenções partidárias e do início do horário eleitoral obrigatório, juntamente com as caminhadas e comícios, os demais postulantes à cadeira mais importante do Palácio Araguaia, esses demais candidatos possam ter um ganho de popularidade e fortalecer suas postulações para, nos debates, conseguir fazer com que os eleitores decidam por eles na corrida sucessória.

 

Para os principais analistas políticos, existe, sim, espaço para, pelo menos, mais duas candidaturas ao governo o que, certamente, trará surpresas positivas para o embate sucessório.

 

Isso porque dificilmente os eleitores votarão por ideologia política, preferindo escolher os candidatos ficha-limpa, que já partem com a vantagem da simpatia do eleitorado que, independentemente da escolaridade, de acordo com as pesquisas, estará com as atenções voltadas para o desempenho da gestão de Wanderlei Barbosa, para que possam finalizar a análise de seus votos para o dia dois de outubro.

 

ELEITORADO À ESPERA

 

Mas, nunca é tarde para que se faça uma ressalva: os eleitores, em sua imensa maioria, sabem muito pouco sobre os pré-candidatos, suas propostas, seus planos e, o principal, se serão mesmo candidatos ao governo. Estamos falando de Osires Damaso, Laurez Moreira, Ronaldo Dimas, Siqueira Campos Jr. e, por que não, do próprio Wanderlei Barbosa.  Dessa forma, as pesquisas realizadas nas periferias das nove maiores cidades do Tocantins, dos nove maiores colégios eleitorais – que serão as cidades que decidirão as eleições majoritárias, mostram que os eleitores, em sua maioria, estão desligados do momento atual de acomodação de forças, o que abre espaço para que um aventureiro ou um paraquedista qualquer, acabe se tornando um candidato com potencial de ser eleito.

 

No momento, com base em nossa experiência política, podemos afirmar com tranquilidade que o jogo eleitoral ainda não começou, ao mesmo tempo em que já sabemos que estas eleições serão as mais disputadas da história política. Não há, no presente momento, nenhum pré-candidato exponencialmente á frente dos demais, desgarrado do bando.  Efetivamente todos estão no mesmo patamar e – utilizando a termologia das pesquisas – empatados dentro da margem de erro.

 

O que há são setores da sociedade mais identificados com a candidatura X, Y ou Z.  mas isso é apenas uma simpatia e, como sabemos, simpatia não ganha eleição.

 

As famílias tocantinenses estão, ainda, sob o impacto de uma pandemia que já dura dois anos, muitas órfãs de seus provedores, de seus arrimos, outras, têm seus membros desempregados, endividados, passando necessidades, outras com seus salários corroídos pela inflação.

 

Serão essas famílias, que sabem que seus problemas estão diretamente ligados à atuação dos políticos, à corrupção que assola o Congresso, as Assembleias, as Câmaras de Vereadores e os Executivos, que irão julgar, por meio do voto, quem conseguiu provar, ou pelo menos, parecer, ter melhores propostas e melhores plataformas.

 

Todos os pré-candidatos majoritários que se tem conhecimento, hoje, são pessoas preparadas e qualificadas para assumir o governo do Tocantins.  Uns mais, outros menos, mas, muito provavelmente, nenhum deles irá conseguir votos suficientes para ser eleito no primeiro turno.

 

Como já dissemos, essas serão as eleições mais disputadas da história política do Tocantins e do Brasil.  Vence quem errar menos.  Inclusive os que chegarem para o páreo no último momento.

 

Boa sorte a todos!