As eleições municipais de 2020 empoderaram muitos partidos políticos, com seus quadros conseguindo a aprovação popular para comandar os Executivos Municipais, assim como para as Câmaras de Vereadores.
Por Edson Rodrigues
O diferencial é que, agora, em 2023, os prefeitos eleitos, por serem donos de seus cargos, podem mudar de partido a bel prazer, na hora que quiserem, enquanto os vereadores, por terem seus cargos vinculados às legendas, não têm a mesma liberdade, correndo o risco de perder seus mandatos caso queiram migrar de partido. Os vereadores precisam se enquadrar nas motivações elencadas na Legislação Eleitoral para poder mudar, ou aguardar até a janela de abril de 2024.
ADEQUAÇÕES
A hora, portanto, é de os partidos zerarem seus ponteiros e avaliara as possibilidades de mudança, tanto de saída de prefeitos quanto a de entrada, o que deve acontecer em profusão, até abril de 2024, quando encerra-se o prazo para fazê-lo (até seis meses antes das eleições).
Muitos partidos integrantes de federações, irão impor aos seus candidatos situações politicamente impensáveis e que podem estimular, ainda mais o troca-troca de legendas. É por isso que os bastidores e os analistas políticos aguardam muita movimentação no tabuleiro da sucessão municipal de todos os municípios tocantinenses, principalmente na janela de abril de 2024.
Confira o atual quadro de prefeituras por partido, no Tocantins:
PSD 46
PP 35
União 23
MDB 14
Solidariedade 4
PT 4
Podemos 3
sem partido 3
Republicanos 2
PL 1
Avante 1
Cidadania 1
PSDB 1
PDT 1
PSC 0
PV 0
PSL 0
PROS 0
PSB 0
PTB 10
APESAR DOS PESARES...
É certo que o resultado das eleições municipais de 2024 dirá quem é quem nas eleições estaduais de 2026, por meio da representatividade política na Capital e nos outro oito maiores colégios eleitorais, onde o eleitorado espera que tudo ocorra dentro das quatro linhas da democracia, pois não aceitará disputas decididas no “tapetão”.
Apesar de ser muito importante para os partidos ter o máximo de prefeitos e vereadores eleitos em 2024 para os candidatos a governador, senador, deputado federal e deputado estadual.
Os únicos mais tranquilos nesse quesito são os candidatos a senador, uma vez que os eleitores poderão votar e dois deles. Eduardo Gomes já confirmou sua candidatura à reeleição. Irajá Abreu ainda não se manifestou e a outra candidatura que estará no páreo será a do governador, Wanderlei Barbosa, o mais forte candidato entre os que buscam o primeiro mandato de senador.
TEM QUE SER NO VOTO
Quem sentará à mesa de decisões sobre a formação das chapas majoritárias será que estiver melhor em termos de representatividade política nos principais colégios eleitorais do Tocantins. Além das vagas para o governo, senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, estarão em jogo a continuidade do momento de bonança que o Tocantins vive e a possibilidade de iniciar uma nova era administrativa junto às prefeituras, que devem, junto com as Câmaras Municipais, ser a base de apoio para o governo eleito ou estar, em peso, na oposição.
É por isso que os candidatos ao Senado e ao Governo do Estado devem ter uma ótima infraestrutura política e financeira – esta, vinda exclusivamente do Fundo Partidário Eleitoral. Os que apoiarem as candidaturas certas a prefeito e a vereador, estarão pavimentando não só seu futuro político pessoal, mas um caminho de facilidade em suas atuações políticas, caso tenham sucesso em suas postulações pessoais.
Ou seja, tudo dependerá de muito trabalho e inteligência política.
Saber articular e se posicionar em 2024, significa largar na frente e garantir 2026 como o início de um novo e próspero período de atuação política.
Quem errar menos e souber fazer a “leitura” dos desejos da população, larga na frente.
Bem na frente!