César Halum explicou sobre o trabalho que vem desempenhando em Brasília em prol da sociedade brasileira. “Atualmente o nosso trabalho se reflete de forma muito positiva, principalmente este ano porque anteriormente a bancada tocantinense estava tendo um comportamento muito ligado as políticas locais, em que cada deputado e senador estavam trabalhando individualmente. Diante desta postura tínhamos ações isoladas nos Ministérios”.
Da Redação Segundo o deputado, para resolver este impasse, e o senador Vicentinho Alves (PR) tem esse crédito, por ter se tornado o coordenador da bancada, os deputados, independente de sigla política uniram-se para defender os interesses sociais. As questões partidárias, conforme Halum serão cuidadas apenas em dela em 2018, quando será definido quem são os candidatos e quais eles apoiarão, mas o objetivo atual é resolver os graves problemas do Estado e desta forma a bancada tem se comportado.
Já para a segurança pública, será destinado R$ 84 milhões que serão tripartidos para as polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros. O dinheiro será gasto com compra de veículos, armamentos, munições, inclusão de vídeos monitoramentos nas três principais cidades, e manutenção da frota. “Hoje o assaltante está livre e confiante. Possui um carro bom, conhece das ferramentas tecnológicas. Portanto precisamos fortalecer a segurança do Estado. O monitoramento nos principais pontos e nas entradas e saídas das cidades inibirão diversas ações, uma vez que o ladrão será identificado com agilidade. Esse é um trabalho que só estamos conseguindo porque são ações conjuntas e assim que temos que continuar, pois precisamos prestar contas à sociedade. E o povo quando nos elegeu não quis saber de que lado estávamos, mas se tínhamos condições de auxiliá-los e contribuir com o desenvolvimento”, concluiu.
O Paralelo 13 - Estamos no terceiro ano de mandato do governador Marcelo Miranda (PMDB), como o senhor tem avaliado essa gestão?
César Halum - Acredito que o governador está começando a reagir. Marcelo Perdeu uma grande oportunidade quando assumiu em 2015, que foi de fazer reformas urgentes e necessárias para o momento. O Tocantins de dez anos para cá vive uma situação de populismo, e isso é ruim, pois parte dos recursos que deveriam ser para investimentos acabam sendo destinados a folha de pagamento. “Chegamos ao ponto que temos funcionários públicos no Tocantins que ganham R$ 30 mil por mês, e a grande massa de servidores ganham R$1 mil por mês. A distância entre o piso e o teto é muito grande, e a máquina administrativa não suporta isso, já que é um Estado novo, com arrecadação pequena. Estamos diante de uma herança maldita no qual Marcelo deveria ter se imposto assim que assumiu, mas eu o conheço e sei que tem um coração muito bom, que evita desagradar às pessoas, que acredita que desamparar um pai de família é um problema social. E é, mas nós precisamos de condições para investir, porque investimento gera obras, e empregos. A população não precisa trabalhar simplesmente no setor público, existem diversas alternativas”, relatou o deputado federal.
César Halum frisou ainda que como tem acompanhado, o governo conseguiu estabilizar as contas e começou a investir no setor de obras. Estamos vendo estradas sendo recapeadas. Marcelo conseguiu concluir as ações do Programa Água Para Todos, que segundo ele, foi considerado um desastre do governo passado e que as instalações de cisternas e a construção de represas combateu a seca, principalmente no Sudeste. “Mais dinheiro esta chegando de investidores internacionais para continuar obras estruturantes no Estado. Diante desta perspectiva e de acompanharmos a situação sabemos que o Tocantins está se reerguendo e conseguindo investir. Eu torço sinceramente para que Marcelo Miranda tome decisões acertadas, pois o Estado depende disto”. Acredito ainda que a humanidade de Marcelo tem seu lado positivo, precisamos de bem mais que um arrecadador, um gestor que tenha bom coração. Mas devemos pensar como um todo, e mais que empregos precisamos oferecer assistência social, médica, educação e diversos outros benefícios que são de responsabilidade pública. Precisamos criar mecanismos para atrair investidores. O País passa por uma crise, todos conhecem a atual realidade econômica e ainda assim o que se vê no Estado são servidores ameaçando iniciar greves.
“O Estado não pode ficar preso em folha. Sei que é difícil, já fiquei desempregado, mas hoje é comum ver-se protestos enquanto as pessoas estão de barriga cheia, precisamos olhar para aqueles que de fato não tem. O Tocantins está andando, e hoje nós da bancada federal temos contribuído neste processo que será positivo para todos”, reforçou o deputado. O Paralelo 13 - O que o senhor achou da atitude do deputado estadual Mauro Carlesse sobre a reabertura do processo de impeachment de Marcelo Miranda?
César Halum - Primeiro é importante salientar que o processo já havia sido arquivado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, Osires Damaso (PSC), por não haver provas consistentes para dar prosseguimento à ação. A atitude do presidente Mauro Carlesse (PHS), eu vi como uma infelicidade e inexperiência. “Conheço o Carlesse, é meu amigo, está no seu primeiro mandato como deputado estadual e já teve a oportunidade de chegar a presidência da Casa. Ele precisa se aconselhar melhor, e uma atitude de pressionar o governo é com projetos, conteúdos, argumentos, e não como uma forma que se assemelhou a uma chantagem ou algo do tipo. Mas sei que ele é uma pessoa boa, depois vai refletir e perceber que este ato em nada ajuda os tocantinenses. Foi como disse, falta de bons conselhos, de uma assessoria que lhe pudesse dar uma sustentação e argumentação melhor”. O Paralelo 13 - Atualmente o senhor preside o PRB Estadual. O que tem feito para fortalecer o partido e que ele seja mais que uma sigla no Tocantins?
César Halum - O Partido Republicano Brasileiro passa por um processo de transformação, de estágio. Antes era um partido pequeno, e hoje trata-se de um partido em crescimento, e para que esse crescimento ocorra de forma natural e consolidada, por meio de projetos de trabalhos ideológicos e não simplesmente fisiológicos, porque hoje a política tocantinense tomou este rumo do troca troca que enfraquece as lideranças e fez com que os políticos perdesse credibilidade com a população no decorrer dos anos.
As equipes do PRB buscaram revelar novos talentos com a política, e foi isso que fizemos nas eleições municipais, no qual sete prefeitos foram eleitos pela sigla, e destes apenas um reeleito, que é o Ivan de Aguiarnópolis, mas são expressões novas como o Júlio Oliveira que pela primeira vez se lançou em Augustinópolis, o Adriano Rabelo em Colinas, o seu Nelsinho em Lagoa da Confusão, o Kinca Nunes em Araguaçu, o Paulo Hernandes em Bom Jesus do Tocantins, então conseguimos grandes revelações de Norte a Sul do Estado. Temos ainda o caso do Cléo em Monte Santo que já havia sido eleito no passado, mas desta vez conquistou quase 80% dos votos válidos no município.
“Então o PRB mostra uma filosofia nova e assim vamos tentar trabalhar para conseguir mudar este Estado. O resultado positivo é reflexo do trabalho de fortalecimento do partido. O PRB é feito por pessoas de coragem que se propuseram a concorrer e a enfrentar famílias e grupos já instalados no poder. Essa coragem é o que mostra que somos pessoas de valor”, destaca. O Paralelo 13 - Em Brasília, a bancada tem acompanhado de perto o processo de Julgamento do processo do presidente Michel Temer pelo TSE. Sobre essa questão qual a postura do deputado tocantinense?
César Halum - Vejo que o presidente Temer (PMDB) está fazendo um grande trabalho, o problema é que a crise política no Brasil atualmente dificulta todas as ações de governo, o governo precisa dar aos investidores, aos nossos credores, e a população confiança de que vai fazer com que a economia se estabilize. Mas como processo de impeachment o grupo que esteve durante todos estes anos no poder não ficou tão contente, e agora o trabalho deles é atrapalhar quem está tentando arrumar a casa. “Michel Temer as vezes está fazendo um ajuste fiscal aqui que a Dilma queria fazer, e que não teve credibilidade, mas isso é o correto a se fazer pois o governo não pode gastar mais do que arrecada, mas agora porque eles na estão no governo são contra todas as medidas adotadas.Manipulam a população com informações mentirosas, colocam o povo contra os parlamentares, dificultam as ações, e ainda assim a taxa de inflação começou a cair, os juros foram reduzidos, isso significa que a recuperação da economia não é um anseio distante. A exemplo disto são os combustíveis que tiveram várias quedas no valor, e isso a população é quem é beneficiada. Mas precisamos ainda lembrar que atualmente contamos com 12 bilhões de desempregados e a população precisa trabalhar para aumentar o poder de compra e o ritmo de crescimento. Não podemos defender a teoria do quanto pior, melhor”, frisou.
Esse julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a meu ver é inconsistente. Ainda não definiram se julgam a chapa Dilma (PT) e Temer (PMDB) ou se separam-nas. “Cometeram o crime, devem ser punidos, não discuto isso, mas a Justiça tem que punir na hora da eleição, deixam passar muito tempo e faltando um ano para terminar o governo estamos com outro processo. Espero que o TSE tome uma decisão que seja melhor para o Brasil, que pensem no país um pouquinho, pois não podemos aceitar a troca de presidente a cada seis meses”.
César Halum salientou que ele acredita que o Temer está no caminho certo da administração. “Esta enfrentando muitas dificuldades em decorrência da crise política, e sem forças para auditar a dívida e fazer reformas. Hoje o maior problema do País concentra-se na dividia pública. Em 2015 foram gastos 43% da arrecadação para pagar dívidas, e enquanto isso investido 4% na saúde e 3,9% na educação. Com segurança pública o montante foi irrisório e não ultrapassou os 0,5%. Estamos pagando o que nós não devemos. E o governo precisa estar fortalecido para adotar as medidas necessárias. Essa travessia é longa, mas hoje somos um dos maiores países do mundo, temos diversas riquezas e com planejamento será possível atravessarmos a crise e voltar para os trilhos”.
Desavença pública
Questionado sobre uma possível desavença com a senadora Kátia Abreu, no qual ela trouxe a conhecimento público de que o atual deputado não tem moral para criticá-la pois responde a processos, Halum respondeu que sobre o fato já teve a oportunidade de gravar um vídeo explicando quais são os processos, e que ele nada tem contra isso.
“O processo que está no Tribunal de Contas do Estado (TCE) é um processo originado de quando eu era presidente da Assembleia e assinei um convênio com o Banco do Brasil para que as contas fossem organizadas pelo banco. Esse convênio, na mesma data foi assinado pelo TCE, Tribunal de Justiça (TJ) e Governo do Estado. Este processo passou pelo Tribunal de Contas, os outros três já foram julgados e considerados legais e a Assembléia ficou com essa pendência. Depois de percebermos que o processo está parado nós constituímos um advogado para que ele solicite a isonomia das decisões, isto é um tratamento igualitário.Confio no tratamento isonômico do TCE de que agi correto, junto com outros poderes”, reforçou o deputado federal.
César Halum frisou ainda que em 2011 foi realizada uma denúncia contra ele, provavelmente por resquícios de processo eleitoral em 2010, que está sendo investigado, portanto como até agora não tornou-se processo, é uma investigação, no qual no momento correto irão chamá-lo para fazer a defesa e será feito. “Agora quem tem que se preocupar é quem tem condenação então as vezes quem está acusando tem condenação e o meu, nem processo virou ainda”, disse.
Sobre a forma política e as divergências ideológicas entre Kátia Abreu e Halum o deputado frisou que cada um tem um estilo de fazer política, e que o dela não coincide com o dele. Eu tenho dificuldade de acompanhar, isso é natural, tem pessoas que gostam e não gostam. Assim como há pessoas que gostam do Halum, outras não. Estou fazendo meu trabalho de forma responsável, correta, mas evidente que a política é dinâmica e não estática, logo se me acusarem de algo eu sou obrigado a responder e explicar para a população. “Eu estou na vida pública há muitos anos, comecei como vereador em Araguaína, nunca tive padrinhos para me eleger, sempre fui eleito pelo povo. Tenho família pequena, nunca tive um governador para me ajudar, um parente, um pai para me dá mandato, sempre o que eu consegui até aqui foi resultado do meu trabalho e respaldo popular”, concluiu.