Em pronunciamento na TV, Bolsonaro promete vacina para toda a população até o fim do ano (vídeo)

Posted On Quinta, 03 Junho 2021 06:50
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Governo distribuiu mais de 100 milhões de vacinas contra covid-19. Brasil é o 4° país com o maior n° absoluto de vacinados

 

Com G1

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (2), durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que todos os brasileiros que quiserem serão vacinados até o fim do ano contra a Covid-19 — durante o pronunciamento, houve panelaços em todo o país.

 

Até agora, passado cerca de um ano e meio do início da pandemia, o ritmo de vacinação é lento no Brasil. Até esta terça-feira, 10,6% dos brasileiros (22,6 milhões de pessoas) tinham recebido duas doses de vacina, necessárias para assegurar a imunização.

 

"O Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta. Neste ano, todos os brasileiros que assim o desejarem serão vacinados, vacinas essas que foram aprovadas pela Anvisa", afirmou.

 

Ele disse que, nesta quarta, o governo atingiu a marca de 100 milhões de doses de vacinas distribuídas a estados e municípios.

 

Na sequência do pronunciamento, Bolsonaro mencionou o acordo de transferência de tecnologia entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a AstraZeneca para produção de vacinas.

 

Segundo o presidente, o acordo permitirá ao Brasil entrar na "elite" de países que produzem vacina.

 

A Fiocruz já informou que a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima dos imunizantes, começará neste mês e que as primeiras doses 100% nacionais serão entregues em outubro.

 

"Ontem, assinamos acordo de transferência de tecnologia, para produção de vacinas no Brasil, entre AstraZeneca e Fiocruz. Com isso, passamos a integrar a elite de apenas cinco países que produzem vacinas contra a Covid no mundo", declarou Bolsonaro.

 

Bolsonaro, que sempre atacou as medidas restritivas necessárias para controle da pandemia, disse no pronunciamento que o governo federal "não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas".

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e as entidades médicas preconizam, desde o ano passado, medidas para evitar a disseminação do coronavírus, entre as quais o isolamento social.

 

"O nosso governo joga dentro das quatro linhas da Constituição, considera o direto de ir e vir, o direito ao trabalho e o livre exercício de cultos religiosos inegociáveis", acrescentou.

 

Copa América

Bolsonaro também mencinou no pronunciamento a realização da Copa América de futebol no Brasil.

 

A escolha do Brasil como sede tem sido criticada por especialistas em saúde pública em razão do atual cenário da pandemia no país.

 

Segundo o consórcio de veículos de imprensa, o Brasil soma quase 468 mil mortes or Covid; 92,1 mil casos foram confirmados nas últimas 24 horas, o maior número desde março.

 

"Seguindo o mesmo protocolo da Copa Libertadores e eliminatórias da Copa do Mundo, aceitamos a realização, no Brasil, da Copa América", declarou Bolsonaro no pronunciamento.

 

Economia

Bolsonaro também dedicou parte do pronunciamento à economia.

 

Mencionou o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia; a sanção da lei que tornou permanente o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); e a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.

 

Embora no pronunciamento Bolsonaro tenha dito que o crescimento do PIB projetado para 2021 seja "superior a 4%", o Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia, divulgado no último dia 18, estima crescimento de 3,5%. Segundo o Relatório Focus, do Banco Central, a previsão do mercado financeiro é de alta de 3,9%.

 

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