ENTREVISTA COLETIVA: LAUREZ ASSUME PSD, CANDIDATURA AO GOVERNO E SE DIZ “ABERTO A PROPOSTAS”

Posted On Quarta, 27 Agosto 2025 13:38
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O vice-governador Laurez Moreira convocou entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, ocasião em que concedeu duas perguntas a cada veículo de comunicação presente.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

As perguntas foram precedidas por um vídeo que elencou as principais realizações de Laurez como prefeito de Gurupi, e por um pronunciamento rápido em que o vice-governador afirmou que há tempos vem se preparando para ser candidato ao governo e que resolveu mudar de partido ante “a grandeza do PSD no cenário nacional, que tem em Gilberto Kassab (presidente nacional da legenda) um dos maiores nomes da política atual”.

 

Laurez aproveitou para lembrar que, embora esteja assumindo o comando do PSD, o PDT continua com ele na corrida eleitoral de 2026.

 

TRAIÇÕES E COMPROMISSO COM PSD NACIONAL

 

Senador Irajá Abreu e Marlon Reis, peças da chapa de Laurez Moreira 

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 questionou o vice-governador sobre o fato de que em 2018 Irajá Abreu ter, abertamente, usado o ex-juiz federal Marlon Reis, colocando-o como candidato ao governo pelo PSD, para ele, Irajá, conseguir se eleger senador. E que em 2022 ele ofereceu o posto de candidato ao governo ao ex-deputado federal Osires Damaso, mas acabou tomando de Osires a candidatura para sair, ele próprio, Irajá, candidato a governador, acabando com as chances de a sua própria mãe ser reeleita senadora. Dessa forma, nosso Observatório Político quis saber de Laurez se seria seguro mudar, justamente para o PSD, com esse histórico de Irajá.

 

Gilberto Kassab presidente nacional do PSD 

 

Laurez respondeu que o primeiro convite que recebeu para ir para o PSD veio do irmão do senador Irajá, Iratã Abreu. E, em seguida, houve o contato do próprio Giloberto Kassab, presidente nacional da legenda, que lhe deu total aval e garantia para que assumisse o partido no Tocantins.

 

“Quando eu assumo um partido no Tocantins, a orientação é a minha. Estou recebendo a incumbência de dirigir o PSD com a liberdade de fazer composição com quem eu quiser. O Kassab, hoje, é um dos homens mais influentes da política nacional. O Kassab é o braço direito do Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo, filiado ao Republicanos), que hoje é um dos fortes candidatos, a presidente da república. Por outro lado, o partido tem duas pré-candidaturas, muito fortes que são a do Ratinho Júnior (governador do Paraná), e do Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul), que dia 30, estará se filiando ao PSD. Meu compromisso é com o PSD nacional”, afirmou.

 

Com essa resposta, Laurez esclareceu, também, que um hipotético apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua candidatura ao governo está, praticamente, descartado, mostrando que o PT tocantinense, novamente, vem sozinho nas eleições para o governo do Estado.

 

RELACIONAMENTO COM O GOVERNADOR

 

 

Mais enfático, o Observatório Político de O Paralelo 13 citou as palavras do próprio governador Wanderlei Barbosa, de que Laurez teria conspirado, enquanto vice-governador, junto com a ex-senadora Kátia Abreu e o senador Irajá Abreu, contra o  seu mandato de governador, e quis saber se a filiação de Laurez Moreira justamente ao PSD de Irajá Abreu confirma o que disse o governador ou é apenas uma coincidência.

 

Laurez respondeu que “todo político tocantinense, hoje, gostaria de estar ao lado de Laurez Moreira. Eu tenho densidade política, capital político, não só o senador Irajá como qualquer outro senador. Certamente essa afirmação do governador foi apenas uma justificativa para que ele pudesse apoiar outro candidato. Jamais faria alguma coisa contra o governador com quem me elegi, não tenho tempo para perder com fofoca”, finalizou.

 

Laurez afirmou ainda que torce para que Wanderlei Barbosa termine o seu mandato como governador e que está aberto a fazer coligações e conversar com “todas as pessoas que queiram discutir projetos para o Tocantins”, quando perguntado sobre seu relacionamento com o governador Wanderlei Barbosa daqui pra frente.

 

“Quero ser governador por oito anos e, para isso, o Wanderlei tem que terminar seu segundo mandato”, finalizou em tom irônico.

 

 

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