ESTADOS E MUNICÍPIOS E A DERROCADA FINANCEIRA

Posted On Segunda, 10 Outubro 2016 09:22
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Os estados e municípios brasileiros chegaram ao fundo do poço financeiro.  Pelo menos 22 estados já estão “arrastando a língua no chão”.  Uns por herdarem a famosa “herança maldita”, com dívidas com fornecedores, funcionalismo, precatórios não resgatados e outras mazelas resultantes da má gestão.

 

Por Edson Rodrigues

 

Mas todos sofrem de um mal comum, chamado Governo Federal, que arrecada muito, mas distribui pouco às suas unidades federativas que, por conseguinte, não conseguem repassar recursos suficientes aos municípios. O Congresso Nacional também aprovou muitos incentivos fiscais à indústrias e produtores de grãos, assim como muitas leis que obrigam estados e municípios a cumprirem um série de deveres, sem que estes tragam qualquer retorno ao povo.

Juntando-se isso tudo aos muitos prefeitos que administraram seus municípios sem nenhum planejamento e outros que o fizeram baseados na política da corrupção e tem-se como resultado milhares e milhares de municípios quebrados.  Com a crise econômica, política e institucional que assolou o país, o apanhado geral dessa situação é que poucos serão os municípios que irão sobreviver a tamanha quebradeira e um número muito pequeno deles irá conseguir prosperar no cenário de austeridade que se horizonta.

SEM SOCORRO

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles já afirmou que não há espeço para socorro financeiro aos estados e, consequentemente, aos municípios.  Segundo o ministro, o governo federal não tem condições de olhar caso a caso, sendo bem claro que não há verba, em hipótese alguma para qualquer tipo de ajuda, nem emergencial que seja.

O maior exemplo disso é o estado do Rio de Janeiro que pode, a qualquer momento, sofrer uma intervenção por parte do governo federal, numa atitude admitida até pelo próprio governo do estado, que, inclusive, solicitou essa intervenção antes dos Jogos Olímpicos.  Mas, ao invés da intervenção, o governo Temer achou por bem enviar tropas federais e dar suporte ao Estado durante a realização das Olimpíadas, para evitar que a imagem do Rio de Janeiro, maior atrativo turístico do Brasil no exterior, fosse manchada, acarretando um efeito posterior de grandes proporções negativas para todo o trade turístico brasileiro.

TOCANTINS

O governador Marcelo Miranda chega ao Tocantins nesta segunda-feira, vindo de um fórum de governadores, realizado em Natal, RN, trazendo na bagagem um remédio amargo, impopular, mas necessário para tentar restabelecer a governabilidade do Estado, que lhe devolve o total controle da máquina estatal e, acima de tudo, a autoridade de chefe de estado, que requer principalmente respeito por parte de seus subordinados, que, ultimamente, parecem não estar tão preocupados com a hierarquia.

Não temos dúvida de que o governador não havia tomado providências quanto à essa questão antes por conta do período eleitoral, pois poderia ser mal compreendido.  Mas, agora, chegou a hora de mostrar que foi eleito por milhões de votos e detém o poder de direcionar as ações que irão recolocar o Tocantins no rumo da ordem e do progresso.

AOS ELEITOS

Àqueles que irão tomar posse em primeiro de janeiro de 2017, seja como vereadores, seja como prefeitos