Equipe do governo federal bateu o martelo sobre orientações de Henrique Meirelles e vão cobrar sacrifício dos estados
Por Edson Rodrigues
A equipe econômica do governo federal, comandada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles chegou a um denominador comum e fechou questão sobre a obrigatoriedade dos estados em cumprir com a sorientações de não conceder aumentos ao funcionalismo e cortar todos os gastos desnecessários ou supérfluos, para que o governo Temer seja avalista em convênios e empréstimos nacionais e internacionais.
Caberá a cada estado da federação definir quais são os gastos a serem cortados e, após a aprovação da PEC do Teto de Gastos, as orientações devem continuar a ser cumpridas exatamente como a equipe econômica comandada por Meirelles orientou. Caso esteja com os ditames da equipe econômica em dia, com as tarefas cumpridas, deverão receber acesso às linhas de crédito disponíveis, tanto com agentes financiadores nacionais quanto internacionais, com o devido aval do governo federal.
RIO DE JANEIRO
O governador em exercício do estado do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles já tomou a decisão de extinguir oito secretarias. Mergulhado em uma grave crise econômica, o corte integra uma lista de medidas de contenção de gastos previstas para os próximos dias. No fim da semana passada, Francisco Dornelles (PP) já havia suspendido pagamentos a fornecedores e prestadores de serviço pelo período de um mês.
Conforme o apurado, um esboço elaborado por integrantes do governo prevê a extinção da secretaria de Administração Penitenciária, que passará a funcionar dentro da secretaria de Segurança Pública. Já as pastas de Cultura e de Ciência e Tecnologia serão aglutinadas na Educação. Turismo passará a funcionar dentro da secretaria de Esportes, Lazer e Juventude.
No plano em estudo pelo governo, a secretaria de Saúde irá incorporar a Defesa Civil e parte da Assistência Social, que também será extinta. Haverá ainda a fusão da Casa Civil com a secretaria de Governo. Um integrante do governo diz que a previsão inicial era de que fossem mantidas apenas oito das atuais 20 secretarias. O número subiu para doze devido à dificuldade de extinguir cargos comissionados.
DISTRITO FEDERAL
Já no Distrito Federal a equipe econômica do governo encontra-se debruçada sobre os números da economia, amolando a tesoura para fazer os cortes necessários. Funcionários comissionados e terceirizados serão os primeiros a serem cortados. Haverá, também extinção de secretarias e fusão de órgãos afins para o corte de custos. Os membros da equipe de governo sabem que esses serão requisitos básicos para poderem recuperar a economia e poder sonhar com a “saída do buraco”.
TOCANTINS
O governador Marcelo Miranda chegou ao Tocantins, vindo de Brasília onde esteve participando de diversas reuniões com outros governadores e membros do primeiro escalão do governo federal, principalmente técnicos da área econômica.
A equipe de governo do Tocantins, enquanto isso, permaneceu reunida no Palácio Araguaia nas últimas 72 horas, discutindo, analisando e recebendo informações e orientações da equipe que estava em Brasília, para chegar às diretrizes das mudanças que terão que tomar, pois, no mais tardar, na sexta-feira estará implementando as medidas necessárias para se enquadrar nos ditames do ministério da Fazenda.
O governador Marcelo Miranda está convencido que não há mais como adiar as medidas a serem tomadas. Segundo uma fonte palaciana, Marcelo Miranda está mais que convencido pela equipe econômica do governo Michel Temer sobre a necessidade de uma ação saneadora imediata para estancar a sangria econômica e para que o governo federal possa dar a sua cota de contribuição na recuperação econômica do Tocantins.
MUDANÇAS, DEMISSÕES E NOVOS AUXILIARES: UM NOVO GOVERNO
Acreditamos que haverá um profundo choque de gestão e mudanças radicais no governo de Marcelo Miranda, para que o Estado possa voltar a investir na Saúde, na Educação, na Segurança Pública, nas obras de infraestrutura e nas demais áreas que estão carentes de recursos.
Segundo especialistas ouvidos por O Paralelo 13, serão necessárias de 10 a 12 mil demissões de funcionários comissionados, contratos especiais ou terceirizados, assim como diretores e coordenadores improdutivos, os chamados “gafanhotos”, que estão no cargo apenas como peças de decoração.
A maioria dos “chefes” de 2º e 3º escalões também devem entrar no rol das mudanças, pois são milhares deles atuando em municípios e em órgãos regionais, que em nada contribuem para o desenvolvimento do Estado, muito menos cumprem com suas funções.
Essa é a nova ordem no governo do Tocantins. Caso contrário, o Estado perderá não só a chance de ter o aval do governo federal, como também a de sair da crise econômica nacional mais forte que entrou.
Fé em deus e pé na tábua!!!