Uma equipe composta por 10 estudantes participou de uma imersão tecnológica em São Paulo. Lá, eles receberam medalhas de prata da Olimpíada Brasileira de Tecnologia e foram destaque na categoria “Soluções urbanas”

Por Josélia de Lima

A equipe Logic Legends, formada por estudantes do Colégio Estadual Desembargador Virgílio de Melo Franco, de Paranã, que conquistou medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT), também ganhou destaque na categoria “Soluções Urbanas”, durante a Semana Avançada de Tecnologia, promovida pelo Instituto Alpha Lumen. Com o apoio do Governo do Tocantins, por meio do Programa de Fortalecimento da Educação (PROFE), desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação, a escola conseguiu levar 10 estudantes para participarem da programação da semana de tecnologia, realizada em São José dos Campos, SP.

Os estudantes foram selecionados para a semana de imersão tecnológica por causa do bom desempenho na Olimpíada Brasileira de Tecnologia. Participaram do evento os estudantes Ana Luiza Torres Magalhães, Joel Junior Ramos Rodrigues, João Pedro Figueredo da Cunha e Maria Luíza Valeriano Chaves, integrantes da equipe Logic Legends. E os alunos Ana Gabryella Costa Sales, Marcivânio Izídio de Souza, Nícolas Moura Lopes de Almeida, Raiane Arcanjo da Cunha, Antônio Barbosa da Silva Neto e Neliane Santos Moreira, da equipe denominada Blackout-1.

Os jovens foram acompanhados pelos professores Waldisney Almeida, que leciona Física e Matemática, e Katia Viviany da Silva Cardoso Sousa, de História, e que coordena a Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

Experiência para a vida

A estudante Maria Luiza, 18 anos, foi uma das alunas que voltou encantada com tudo o que viu e viveu e está animada para elaborar o seu projeto para a vida profissional. “Foi uma experiência maravilhosa, tivemos contato com novas culturas e formas de aprendizagens. Fomos cercados por pessoas de diversos estados nesses oito dias de atividades. E a imersão tecnologia nos apresentou, de uma forma mais ampla, o universo da inteligência artificial e outras tecnologias”, comentou.

O professor Waldisney ressaltou as aprendizagens e os significados de ter alunos participando de um evento tão significativo. “Os estudantes tiveram a oportunidade de apresentarem seus trabalhos na mostra de projetos, depois visitamos o Museu Interativo de Ciências, o Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), a Universidade do Vale do Paraíba (Univap) e participamos da imersão promovida pelo Instituto Alpha Lumen. Participamos desse evento pelo segundo ano e agora levamos duas equipes. Participar de um evento como esse, expande a mente para conquistas superiores, na vida pessoal e profissional”, explicou.

Waldisney destacou também as oportunidades de troca de experiências. “Temos contato com professores de vários estados brasileiros. Eu fiquei muito feliz com o destaque que o nosso projeto alcançou. É uma competição com o nível muito alto e esse reconhecimento tem um valor muito especial para todos nós”, afirmou.

Propostas da olimpíada

O desafio proposto pela olimpíada foi que os estudantes elaborassem um protótipo de um aplicativo que trouxesse soluções para algum problema social na comunidade. A equipe de prata está desenvolvendo um aplicativo “Renovação Óssea” para auxiliar no recolhimento de ossos de animais, que são descartados de forma incorreta no município de Paranã. A ideia inicial é transformar os ossos numa farinha, que será utilizada como fertilizante.

A outra equipe está aprimorando o aplicativo “Engaja quilombo”, que pretende ser um instrumento de valorização da cultura quilombola e de divulgação de suas atividades e de denúncias nos casos que forem necessários.

A olimpíada

A Olimpíada Brasileira de Tecnologia se destaca por sua proposta única de estimular a criatividade, a resolução de problemas e o desenvolvimento de soluções tecnológicas que apresentam impacto social.

Neste ano, a imersão tecnológica contou com a participação de 600 estudantes, de 90 times, representando 17 estados brasileiros.

A Olimpíada é uma realização do Instituto Alpha Lumen, com apoio ao talento do Massachusetts Institute of Technology Brasil, em parceria com o Steam para a Educação Tecnológica.