O Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins – Igeprev é um Fundo de garantia para os servidores do Estado, uma vez que ele é responsável pelo pagamento das aposentadorias dos funcionários efetivos, ou pensionistas. São aproximadamente 20 anos, ou mais de trabalho, no qual são recolhidos os tributos para a aposentadoria, tratamento de saúde dos funcionários e de seus dependentes. Tudo para que o cidadão que contribuiu com o seu trabalho, e também pagamento de tributos, possa gozar de uma velhice tranquila. No entanto, um novo plano desviou da rota do maior e mais importante patrimônio de milhares de homens e mulheres que fazem parte do funcionalismo público do Estado do Tocantins.
Por Edson Rodrigues
A partir de agora, O Paralelo 13, traz uma publicação exclusiva, no qual os representantes sociais não podem omitir-se diante de tal informação. De acordo com o que foi apurado pela nossa equipe, após informações obtidas por uma fonte no qual a identidade será preservada, no dia 15 de agosto de 2014, R$16 milhões decolaram da conta do Igeprev.
Dinheiro este que teria sido investido em Brasília, na construção de salas para aluguel, onde a Odebrecht seria a empreiteira. O investimento no prédio que estaria sendo construído, a passos lentos, diga-se de passagem, entre Brasília e Taguatinga, ocorreu exatamente há 18 dias da eleição para Governo do Estado.
Na época todos os Institutos de Pesquisa de opinião do Estado, quanto do País, indicavam como certa a vitória do então candidato Marcelo Miranda em primeiro turno.
Nossa equipe busca ainda a confirmação de um investimento no valor de R$ 40 milhões feito pelo Instituto em uma compra de um casarão no Rio de Janeiro.
Enquanto os servidores públicos do Estado, buscam uma ação imediata com as progressões de cargos e salários, esquecem-se que em longo prazo podem deparar com problemas no quesito aposentadoria. Muitos dos Investimentos feitos pela ex-gestão com recursos dos servidores podem não ser recuperados, outros já foram considerados perdidos.
Obedientes ao “xerife”
O que maisnos deixa estarrecidos é o silêncio e às vezes o despreparo para o debate de algumas autoridades constituídas do Estado do Tocantins. Exemplo: foi só o “xerife” e deputado Eduardo Siqueira Campos, que foi presidente do Conselho Deliberativo do Igeprev, usar a tribuna da Assembleia Legislativa para dizer que, a partir daquele momento, iria buscar respaldo jurídicoe interpelar na Justiça, todos, independente da posição política ou profissional que ventilasse alguma ligação sua com os fatos de desvio de recurso do instituto de seguridade do servidor publico tocantinense, largamente denunciados pela mídia nacional e por alguns corajosos veículos de comunicação do Estado do Tocantins, como o Paralelo 13.
Após este pronunciamento o silêncio ficou ainda mais ensurdecedor. Deputados, líderes classistas, sindicatos, alguns “valentões” que fazem parte do governo e grande parte dos veículos de comunicação do Estado, (os mesmos de sempre), calaram-se, e até o momento não apresentaram as tão propaladas provas que diziam ser bombas com poder de destruir carreiras ilibadas.
Já está passado da hora de instituições como Assembleia Legislativa, Ministério Público OAB, Defensoria Pública, dentre outras instituições representativas, unirem-se em forças e, dentro do regramento jurídico, traçar planos de trabalho para a implementação de uma intransigente defesa dos interesses dos servidores público do Tocantins, que estão correndo sérios riscos de, a partir de 2020, não poderem mais contar com sua aposentadoria, dada a catastrófica situação em que se encontra as fianças do Igeprev após a instalação de um danoso esquema de corrupção dentro da desta instituição de seguridade social do Estado.
A decisão acertada de Miranda
Foram poucas as ações de Marcelo Miranda, consideradas certeiras para a sociedade tocantinense neste primeiro momento do seu governo. No entanto, a escolha do residente do Igeprev foi uma delas. Jacques Silva é visto como um cidadão de índole, comprometido com a seriedade e disposto a recuperar ou reerguer a pasta, tirando a deste lamaçal de incertezas.
Em seu currículo possui cargos e funções importantes como Senador da República, auditor do TCU – Tribunal de Contas da União e Secretário de Estado, tanto em Goiás quanto no Tocantins.
Mesmo com um prestígio invejável, para que sua gestão seja de sucesso, Silva precisa de respaldo dos Poderes. Precisa ainda contar com o apoio dos servidores públicos, e de representantes classistas.
Jacques trava uma grande batalha com pessoas poderosas em vários cantos do País, no Intuito de recuperar os investimentos e por meio de ações judiciárias confiscar os recursos do Órgão o qual ele representa.
O momento requerpor parte do nosso Poder Legislativo comando pelo competente deputado OsiresDamaso, a criação de uma comissão apartidária para acompanhar esse todo este processo do desenrolar dos fatos sobre o dinheiro da sociedade tocantinense.