Rodrigo Janot sobre denúncia contra Rocha Loures: "Mala diz tudo". 'Enquanto houver bambu, lá vai flecha', disse Janot, que deixa o cargo em setembro. Procurador-geral negou ser inimigo de sua sucessora, Raquel Dodge
Com Agèncias
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deixou a superintendência da Polícia Federal em Brasília na manhã deste sábado (01) após ter sido solto ontem por decisão do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, falou sobre a soltura do ex-deputado.
"A mala diz tudo", disse, referindo-se ao vídeo feito pela Polícia Federal que mostra o ex-parlamentar deixando uma pizzaria em São Paulo com uma mala com dinheiro. "Houve a decretação da prisão cautelar de uma autoridade que estava no curso de cometimento de crime", afirmou Janot na palestra “Desafios no combate à corrupção: a Operação Lava Jato” no 12° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).
O procurador explicou que "Faz parte do processo, tanto o deferimento quanto a revogação. Cada um de nós tem seu entendimento jurídico sobre as questões. O que eu posso dizer é que o MP tem a mão mais pesada que os outros atores de Justiça", acrescentou. Janot disse que vê a soltura de Loures "com tranquilidade, sem nenhum problema".
O ministro Luiz Edson Fachin mandou soltar Rocha Loures, mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Mas a PF informou que não tinha o equipamento e que somente podia liberar o ex-deputado após receber a tornozeleira, cedida pelo estado de Goiás.