Na decisão, o juiz Silvio Gemaque ressaltou que o caso já se prolongava por longo tempo sem qualquer conclusão e absoluta ausência de provas
Por Jornal Nacional e G1
A Justiça Federal arquivou, por falta de provas, uma investigação contra Fernando Haddad iniciada na época em que ele foi candidato a prefeito de São Paulo, em 2012.
A decisão atende ao pedido de arquivamento feito em 2023 pela Procuradoria-Geral da República e por procuradores de primeira instância. Essas manifestações destacavam que o inquérito já durava quase uma década sem indícios mínimos para abrir uma ação penal e nem mesmo para continuar a investigação.
O inquérito da Polícia Federal começou em 2015 e apurava suspeitas de lavagem de dinheiro em pagamentos a uma empresa de propaganda dos publicitários João Santana e Mônica Moura.
O Ministério Público Federal considerou que a delação do casal, feita em 2017 com a Lava Jato, também não demonstrou as supostas irregularidades na campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo em 2012.
Em um dos trechos da manifestação, os procuradores dizem que as falas dos colaboradores e os documentos apresentados foram insuficientes comprovar as suspeitas iniciais.
Na decisão, o juiz Silvio Gemaque ressaltou que o caso já se prolongava por longo tempo sem qualquer conclusão e absoluta ausência de provas. Por isso, concordou com o pedido de arquivamento do inquérito feito pelo Ministério Público Federal.
Em nota, os advogados de Fernando Haddad dizem que "o arquivamento faz justiça após longos anos de espera" e que, mais uma vez, demonstrou-se a inexistência de quaisquer irregularidades na campanha de 2012.