Senadora tocantinense diz que partido tem que expulsar, primeiro, os corruptos para, só depois conversar com ela sobre ética
Da Redação
Ex-ministra da Agricultura do governo de Dilma Rousseff, o segundo mais corrupto da história do País – o primeiro foi o governo Lula – a senadora tocantinense Kátia Abreu esnoba e fala “de cima para baixo” sobre a cúpula nacional do PMDB, partido do qual faz parte e teve a sua expulsão requerida.
A situação do PMDB nacional não é mesmo confortável na situação que envolve a senadora. A legenda é a segunda mais corrupta do Brasil, atrás apenas do PT, que tem a maioria dos seus líderes ou na cadeia, usando tornozeleira eletrônica ou prestes a ir para lá, por conta das investigações múltiplas nas quais aparecem como réus e outros tantos condenados em primeira instância, em liberdade provisória, com seu maior líder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já condenado em primeira instância Lula a 19 anos em regime fechado em um processo pelo juiz Sérgio Moro, e respondendo a outros quatro processos como réu, além de várias outras denúncias em andamento investigativo, todas por crime de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, organização criminosa,enriquecimento ilícito,peculato.e tantos outros crimes.
Nesta última segunda-feira, 11, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou a cúpula do PMDB por formação de quadrilha, seguindo a linha adotada para classificar as cúpulas dos demais principais partidos políticos nacionais, que vêm envergonhando dia após dia, escândalo após escândalo, toda a nação.
PALCO PARA KÁTIA NO TOCANTINS
Essa situação vexatória do PMDB e dos principais partidos brasileiros, virou um palco perfeito para a senadora Kátia Abreu “sambar e sapatear” na cara dos principais dirigentes da legenda que a quer expulsa e colocar contra a parede seu diretório estadual.
A senadora vem colocando o dedo na ferida peemedebista cada vez que sua expulsão do partido é alentada. Ela se aproveita, sabiamente, do fato de vários membros do Conselho de Ética do partido – que emitiu parecer unânime pela sua expulsão – estarem com seus nomes chafurdando no mar de lama da corrupção, o que, como a própria senadora afirma, os deixa sem moral para expulsar ou apontar o dedo para quem quer que seja.
Agindo dessa forma, Kátia provoca um sangramento incontrolável no diretório do PMDB do Tocantins, que não pode, por hierarquia, expulsá-la – como deseja, mas, como ela é senadora, só o diretório nacional pode expulsá-la – e fica limitado a observar sua movimentação para, pelo menos, provocar uma prévia para a escolha do candidato do partido ao governo do Estado em 2018.
Kátia já afirmou em entrevista que é candidatíssima ao posto de candidata do PMDB do Tocantins ao governo do Estado no ano que vem e mais, que “já esperou e deu espaço para Siqueira e Marcelo serem candidatos e que, agora é a vez dela”. Para a senadora, que faz oposição interna ao governo de Marcelo Miranda, ela se apresenta como preparada e capaz de assumir o governo “caso seja a vontade do povo”.
DEMARCAÇÃO DE TERRITÓRIO
Em outras palavras, podem falar o que quiserem de Kátia Abreu, de perseguidora a traidora, passando por arrogante, mas o que ela está fazendo neste momento, nada mais é que demarcando o seu território e de uma maneira muito sábia, pois os adjetivos “medrosa” e “incompetente” nunca colaram em seu perfil ou em sua atuação política.
Ao mesmo tempo em que defende o seu lado, ela bombardeia os governos de Michel Temer e de Marcelo Miranda, pois sabe que, em um momento qualquer, entre hoje e o início do ano que vem, ela acabará, mesmo, expulsa do PMDB e, justamente por isso, tem que mostrar e deixar bem clara a sua força política.
Nesse meio tempo, sobra espaço para alavancar a reeleição de seu filho, Irajá, na Câmara Federal e acenar para Carlos Amastha, mesmo que com ironia, ao afirmar que é a favor de que estrangeiros não possam assumir cargos do Executivo e do Senado, mas que “não quer vencê-lo dessa forma em 2018”.
Kátia sabe que se Amastha fechar algum tipo de aliança com ela, joga por terra todo o seu discurso de que ele é “o novo” e custaria muito ao prefeito de Palmas abrir mão de toda uma estratégia de marketing qe afirma que os políticos tocantinenses são “vagabundos e corruptos”, para ter o apoio de uma senadora que, junto com seu filho e seu marido estão sendo acusados pelo STJ de terem se beneficiado de dinheiro sujo, como afirmam as investigações da Lava Jato. A não ser que ele mesmo, Amastha, queira se juntar aos que chama de “vagabundos e corruptos”.
Traduzindo, Kátia Abreu vem aproveitando da melhor forma seu pior momento. Tira onda e dá de goleada na comprometidíssima cúpula nacional do PMDB e ainda assegura seu posicionamento quanto ao seu futuro político.
Ou alguém tem dúvida disso??