Quem não tiver uma ótima estrutura política e uma equipe profissional de marketing e de comunicação para “botar a campanha na rua” como deve, corre o risco de ficar de fora

Por Edson Rodrigues

A partir de agora o jogo sucessório está legalmente iniciado para os candidatos majoritários e proporcionais, mas, principalmente no tocante aos candidatos a governador e senador inda há fatos matemáticos que podem influenciar na composição do tabuleiro sucessório.

Os principais colégios eleitorais do Estado – Palmas, com 198.215 eleitores, Araguaína, com 112.913, Gurupi, com 58.211, Porto Nacional, com cerca de 43 mil eleitores e Paraíso do Tocantins, com quase 35 mil eleitores – irão definir quais candidatos irão para o segundo turno, na disputa pelo governo e o eleito para o senado, pois, juntas, essas cidades detêm mais de 50% dos eleitores aptos a votar em dois de outubro.

Cidade de Palmas

Há, ainda, os colégios eleitorais que têm um número significativo de eleitores, distribuídos nas regiões central, sudeste sul e norte do Estado, com capacidade de influenciar – positiva ou negativamente – na somatória de votos, via candidaturas proporcionais, que serão alinhados aos candidatos a governador e senador.

O Horário Obrigatório de Rádio e TV começa neste dia 16 e, nos próximos 15 dias começarão a influenciar no processo de decisão dos votos do eleitorado e a aparecer nas pesquisas sérias e isentas, que irão demonstrar a tendência que os primeiros dias de campanha vão despertar.

ELEITOR DE ELITE

Lembrando que quem optar por xingamentos, denuncismo e promessas inconsistentes já estará, automaticamente descartado pelo eleitorado, que hoje, pode-se dizer, com tamanho acesso à informação e com o sentimento de mudança já detectado, tornou-se um eleitor de elite, aberto apenas a projetos e programas de governo e planos de ação palpáveis e realizáveis, cansada de tantos escândalos de corrupção e envergonhada com a quantidade de operações da Polícia Federal em território tocantinense – sem contar que outras ainda podem ocorrer antes das eleições.

Qualquer operação da PF no Tocantins tem que ser muito bem analisada, pois há pressões para que se utilizem politicamente essas ações, conforme alertou um delegado responsável pelo inquérito que apura as irregularidades supostamente praticadas pelo ex-ministro da educação, Milton Ribeiro, e os pastores que compuseram sua equipe, de que foi pedida a prisão da cúpula da PF por estar interferindo nas investigações.

QUALQUER ERRO SERÁ FATAL

A imprensa nacional e local têm que ficar atentas ás próximas operações da PF, para identificar qualquer possibilidade de uso político do ato.

É bem verdade que não podemos colocar todas as operações em um mesmo “balaio” de ter viés político, pois qualquer uma que apresente provas robustas e incontestáveis, já descarta a possibilidade de uso político.

Portanto, caros (e)leitores, o processo eleitoral já está em andamento, de forma oficial.  Todos devemos estar atentos às possíveis canalhices e “cortinas de fumaça”, muito praticadas em eleições anteriores, mas que, desta vez, espera-se, primeiro, que não sejam utilizadas neste pleito e, segundo, que quem ousar tentar coloca-las em prática, seja logo identificado e alijado do processo eleitoral.

O momento é de colocar a militância nas ruas, no corpo a corpo, pois qualquer detalhe pode fazer a diferença para a vitória ou para a derrota, e qualquer erro pode ser fatal.

Apesar de as oposições estarem divididas, o segundo turno para governador será inevitável e, justamente por isso, a campanha não pode ser agressiva, pois os dois candidatos que ganharem a primeira batalha precisarão de reforços para garantir a vitória na “guerra”.

Portanto, que venha uma campanha de alto nível.

Assim esperamos!