Prêmio para Professor
Um professor queniano ganhou um prêmio de um milhão de dólares, neste domingo (24), por seu trabalho ensinando em uma escola administrada pelo governo que tem apenas um computador e acesso à internet de má qualidade. De uma aldeia remota, Peter Tabichi deu a maior parte de seus ganhos para os pobres. O anual Global Teacher Prize foi concedido a Peter Tabichi no opulento Atlantis Hotel, em Dubai, em uma cerimônia apresentada pelo ator Hugh Jackman. O prêmio é distribuído pela Fundação Varkey, cujo fundador, Sunny Varkey, criou a empresa GEMS Education, com fins lucrativos, que administra 55 escolas no Emirados Árabes Unidos, Egito e Catar. Ele ensina ciência para estudantes do ensino médio na aldeia semiárida de Pwani onde quase um terço das crianças são órfãs ou têm apenas um dos pais. Seca e fome são comuns. Tabichi disse que a escola não tem biblioteca nem laboratório e que planeja usar o dinheiro do prêmio para melhorar a instituição e alimentar os pobres. Tabichi disse que o mais distante que ele viajou antes disso foi para Uganda. A ida para Dubai também marcou sua primeira vez em um avião. "Eu me sinto ótimo. Não posso acreditar. Eu me sinto muito feliz por estar entre os melhores, sendo o melhor do mundo", disse ele à Associated Press após sua vitória. Apesar dos obstáculos que os alunos de Tabichi enfrentam, ele é creditado por ajudar muitos a permanecer na escola, qualificar para competições internacionais em ciência e engenharia e ir para a faculdade.
Bolsonaro
A revista francesa L’Obs desta semana traz uma reportagem de quatro páginas sobre o presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Com o título “o preocupante capitão Bolsonaro”, a reportagem faz um balanço dos primeiros meses do mandato do chefe de Estado e tenta traçar o seu perfil. “Presidente do maior país da América Latina há quase cem dias, o ex-militar saudosista da ditadura ataca gays negros e jornalistas e governa sem rumo com o seu clã”, lança a revista já na chamada do texto, assinado por Philippe Boulet-Gercourt, correspondente da revista nos Estados Unidos, por onde o líder brasileiro passou essa semana. Para o jornalista, Bolsonaro “continua sendo um mistério”. L’Obs explica que ao ser eleito por uma população com aspirações e motivações diferentes – que muitas vezes não votou nele, e sim contra o Partido dos Trabalhadores –, Bolsonaro tenta responder à todas as expectativas. Resultado: ele acabou formando uma equipe disparate, misturando economistas ultraliberais, como Paulo Guedes, tecnocratas, como Sergio Moro, e ideólogos, como Olavo de Carvalho. Além de seus filhos, dos militares e dos evangélicos, “que tiveram um papel crucial na eleição”, continua a texto, que qualifica a gestão atual de “bagunça, onde se atira para todo lado”. “O verdadeiro poder de Bolsonaro é seu clã”, avança a revista. “Mas a situação está mudando, principalmente após as acusações visando seu filho Flávio. “Com isso fica difícil continuar se proclamando ‘senhor certinho’, como ele fez durante a campanha”, afirma L’Obs.
Previdência
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados começa a analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência (PEC 6/19) nesta terça-feira (26), ao ouvir o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na quinta-feira (28), os deputados do colegiado vão debater o texto com juristas. Entre os convidados estão o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, a procuradora Elida Graziane Pinto, do Ministério Público de Contas de São Paulo, e o advogado Cezar Britto, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também é esperado o anúncio do nome do relator da reforma da Previdência dos trabalhadores civis pelo presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR). A indicação do relator estava prevista para quinta-feira, mas foi adiada a pedido de líderes partidários que querem esclarecimentos do governo sobre a reforma previdenciária dos militares e a reestruturação da carreira das Forças Armadas.
Empenho pela Previdência
O presidente Bolsonaro pediu que ministros busquem ‘pacificação’ e colocou Paulo Guedes na articulação política. Após fim de semana de bate-boca virtual com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de dar declarações contraditórias sobre a importância da reforma da Previdência, Jair Bolsonaro afirmou ontem que vai se empenhar para a aprovação da proposta na Câmara. Ele pediu que ministros busquem a “pacificação” com os deputados. Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro está disposto a se reunir com presidentes de partidos e lideranças no Congresso. “O presidente está aberto à interlocução com todos”, disse. Na mesma linha “pacificadora”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve tomar a frente nas articulações políticas. Junto com Bolsonaro, trabalhará para esclarecer a proposta para a sociedade e para os congressistas. Ontem, a prefeitos reunidos em Brasília, Guedes disse que a reforma vai evitar a interrupção do pagamento de salários ao funcionalismo público.
Manobra às declarações de Bolsonaro
Irritados com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), líderes do centrão discutem desenterrar a reforma da Previdência do governo Michel Temer e votá-la como afronta ao Planalto. Iniciativa é de parlamentares que apoiam as mudanças, mas estão descontentes com o tratamento dispensado ao Congresso. Deputados e presidentes de partidos ouvidos pela Folha disseram que a ideia surgiu em conversas informais na semana passada. Eles avaliam que o texto proposto pela gestão do ex-presidente era menos duro, mais palatável e com projeções de economia mais factíveis e transparentes. Com o aumento da temperatura na relação entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), eles viram na manobra uma forma de explicitar sua insatisfação com o governo. Em reunião com ministros, Bolsonaro disse que é hora de uma relação harmônica com o Legislativo. Líderes de diversos partidos farão hoje um ato para declarar apoio à reforma, mas com um veto às mudanças na aposentadoria rural e no pagamento de benefícios para idosos miseráveis. Os dois pontos, propostos pela equipe econômica, enfrentam resistência entre os parlamentares. (com Folha de São Paulo)
Alíquota cheia para só 1.142 servidores
O número de servidores ativos, aposentados e pensionistas que vão pagar alíquota máxima, de 22%, é de 1.142, segundo a proposta da reforma da Previdência. Isso representa 0,08% do total de 1,4 milhão de pessoas que estão na folha de pagamento da União. Os dados são do Ministério da Economia.
Temer deixa prisão com cotas bloqueadas
O ex-presidente Michel Temer deixou ontem, no início da noite, a Superintendência da Polícia Federal no Rio, depois de quatro dias de prisão. A soltura foi determinada pelo desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2). Temer foi preso na quinta-feira por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-ministro Wellington Moreira Franco e outros seis presos também foram libertados. A decisão não altera ordem de bloqueio de R$ 62,6 milhões de que Temer é alvo.
Projeto para socorrer partidos
Partidos articulam anistia para anular multas de até R$ 70 milhões, o primeiro passo foi dado. A Câmara dos Deputados pode votar nesta semana, em caráter de urgência, projeto de lei que prevê anistia de multas a partidos políticos que não aplicaram seus recursos de forma adequada e isenta diretórios punidos pela Receita Federal por não cumprirem determinações legais.
Avaliação de alfabetização é suspensa
O MEC suspendeu por dois anos prova para avaliar a alfabetização de alunos de 7 anos, prevista para outubro. A decisão, tomada sem o conhecimento do ministro, Ricardo Vélez Rodríguez, provocou nova crise na pasta. A secretária de Educação Básica, Tânia Almeida, se desligou ontem do MEC.
Doleiro com ligação a Odebrecht é encontrado morto
Antônio Claudio Albernaz Cordeiro, conhecido como Tonico, foi encontrado morto dentro da própria residência no início da tarde deste domingo, no bairro Vila Conceição, na zona Sul de Porto Alegre. Cordeiro foi preso duas vezes, uma em março de 2016 na 26ª fase da Operação Lava Jato, denominada Xepa. Na época a Polícia Federal informou que havia suspeitas de que Cordeiro fosse um dos operadores do esquema de corrupção da Petrobras. Ele negava as acusações e, em maio de 2018, com outros três irmãos em outro desdobramento da Operação Lava Jato, intitulada 'Câmbio, Desligo'. Após a prisão no ano passado, foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, podendo cumprir medidas cautelares diversas da prisão, como proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados. Sendo a “PM” ele cometeu suicídio.
Battisti admite 4 assassinatos
O italiano Cesare Battisti, que ficou 40 anos foragido e recebeu asilo político no Brasil, admitiu na Itália, onde está preso, que é responsável por 4 assassinatos cometidos nos anos 1970. Ele confessou ainda a prática de roubos. 'Quando matei foi uma guerra justa para mim', disse em depoimento. Até então, Battisti negava envolvimento em homicídios e se dizia perseguido. Procurador diz que, ao se declarar inocente, ele ganhou apoio da esquerda por onde passou, inclusive de Lula no Brasil.
Dodge quer juiz federal para crime eleitoral
Após o STF determinar que crimes ligados a caixa dois transitem na Justiça Eleitoral, decisão criticada por membros da Lava-Jato, a procuradora- geral da República, Raquel Dodge, pediu ao TSE que juízes federais possam atuar nessa outra jurisdição. Hoje, a Justiça Eleitoral dispõe apenas de magistrados estaduais. Tribunais dos estados já começaram a se posicionarem contra o entendimento da Procuradora Geral...pelo que parece eles querem mostrar trabalho