Ausência de auxiliares e dirigentes de órgãos estaduais na solenidade deixa claro quem trabalha pelo bem do Tocantins
Por Edson Rodrigues
Parece ironia, mas foi justamente em Porto Nacional que o governador Marcelo Miranda conseguiu ver, de forma clara, que há infiéis e pessoas desinteressadas em sua equipe de governo.
No último dia 22, foi realizada a solenidade de inauguração do Centro de Convenções Vicente de Paula Oliveira – Comandante Vicentão, que contou com a presença do senador Vicentinho Alves e do deputado federal Vicentinho Jr., filho e neto do homenageado com o nome do local, estava presente o ministro do Turismo, Max Beltrão, titular da pasta que pode trazer muitos recursos para alavancar o mercado turístico tocantinense. Um evento importante e, principalmente, suprapartidário, pois trazia ao Estado um ministro novo que conheceu de perto todo o potencial que o Tocantins tem e relação ao trade turístico.
A obra é fruto de recursos de emendas impositivas, liberados pelo senador e pelo deputado Federal diretamente para o município.
Pois bem. Da parte do governo do Estado, estavam presentes o governador Marcelo Miranda, a vice-governadora, Claudia Lelis, prefeitos de nove municípios, autoridades e lideranças políticas da região e, adivinhem, mais ninguém!
De forma impressionante e incompreensível, nenhum aliado, correligionário, auxiliar ou representante de órgãos estaduais no município foram prestigiar o ato tão importante para os interesses de Porto Nacional e do Tocantins.
O convite feito ao governador para participar do evento foi feito pelo senador Vicentinho, pelo deputado federal Vicentinho Jr. e pelo prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia. Estiveram presentes ao evento diversos ex-prefeitos da cidade, como Tereza Martins, Otoniel Andrade e Jurimar Macedo, que souberam relevar as diferenças partidárias e prestigiar a importância da obra para a cidade.
AÇÃO E REAÇÃO
A pergunta que não quer calar é: onde, por favor, estavam os deputados da “base aliada” do governo do Estado e 100% dos dirigentes dos órgãos públicos de Porto Nacional, seus afilhados e indicados que gozam de cargos no Executivo Estadual?
Essas pessoas vestiram a carapuça de sanguessugas ao marcarem suas ausências em um evento de tamanha importância. Mais que isso, confirmara o que todo mundo já sabia, que são os boatos e as maledicências que espalham pela cidade, sem o pudor de pedir anonimato, dando conta de que “o governo Marcelo Miranda está com os dias contados”, as provocações aos aliados fiéis de Marcelo Miranda.
Isso só prova que os principais órgãos públicos de Porto Nacional estão nas mãos de opositores ao governo do estado, travestidos de aliados e, o pior, indicados por deputados estaduais que dizem ser da “base governista”.
Os mesmos deputados estaduais que ignoraram a inauguração.
Mas, o recado foi claro, ao vivo e à cores. A ação foi percebida. E toda ação impele a uma reação. Se o governo do Estado já indicava que iria fazer mudanças em sua equipe, o advento ocorrido em porto nacional foi a gota d’água que faltava para transbordar o “copo” da paciência e da humanidade do governador.
Basta saber, agora, se a reação acontecerá durante ou depois da viagem que Marcelo Miranda fará ao exterior. Ressaltando que, ao que tudo indica, esses mesmos deputados estão articulando surpresas desagradáveis para Marcelo Miranda durante a sua viagem para o exterior em busca de recursos, da mesma maneira covarde com que vêm agindo, protegidos pela distância e das sombras.
Como dissemos, toda ação resulta em uma reação.
A César o que é de César....
PLANALTO DEMITE ALIADOS DE 'TRAIDORES' PARA CONTER REBELIÃO NO CONGRESSO
Depois de uma ameaça de rebelião em sua base no Congresso, o Palácio do Planalto começou a demitir mais de uma centena de aliados de deputados que votaram a favor da denúncia contra Michel Temer.
Nas últimas semanas, foram demitidos aliados de parlamentares que votaram pelo prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente, em 2 de agosto.
Os cargos serão entregues a deputados que ajudaram a rejeitar a abertura de processo contra Temer e se comprometerem a manter essa posição quando uma segunda acusação formal da PGR (Procuradoria-Geral da República) for enviada à Câmara.
O número de demissões deve chegar a cerca de 140, segundo articuladores do governo. Estão sendo punidos parlamentares de todos os partidos em que houve traições.
O Planalto já começou a recolher novas indicações para esses postos, e boa parte dos nomes entregues ainda está em análise pela Casa Civil.
Dezenas de exonerações ocorreram na última semana, em direções regionais de órgãos como Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e ANM (Agência Nacional de Mineração).