Marcos Pereira desiste de candidatura à sucessão de Lira para abrir caminho a colega de partido

Posted On Quarta, 04 Setembro 2024 14:40
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 Líder da bancada dele na Câmara, Hugo Motta (PB) Líder da bancada dele na Câmara, Hugo Motta (PB)

Com essa decisão, o jogo ganhou novos contornos e conversas que vararam esta madrugada na residência oficial da Câmara

 

 

Com Correio Braziliense

 

 

A cinco meses da eleição para presidente da Câmara, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, desistiu da disputa em prol do líder da bancada dele na Câmara, Hugo Motta (PB). Com essa decisão, o jogo ganhou novos contornos e conversas que vararam esta madrugada na residência oficial da Câmara. Ali, o presidente Arthur Lira tenta buscar uma candidatura única dos partidos de centro e convencer o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, e o líder do PSD, Antonio Brito, ambos da Bahia, a rumarem para um nome de consenso a fim de manter o bloco unido.

 

Só tem um problema: o tempo que falta para a eleição é um complicador para que todos fechem em torno de um nome agora. Afinal, todos consideram que têm chances.

 

A retirada da candidatura foi fruto de conversas internas do Republicanos, com a participação do ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho. Silvinho, como os parlamentares o chamam é considerado jeitoso, equilibrado e articulador nato, ajudou Pereira a ver que um nome do Nordeste e ligado a Lira, como é o caso de Hugo Motta, teria muito mais chances de obter um consenso.

 

E era melhor o partido ter um nome de consenso do que partir para uma campanha com o centro totalmente rachado. Agora, Motta caminhará para tentar se tornar o nome de consenso e poderá jogar em campo aberto para testar suas reais chances.

 

Ninguém vai sair, porém, para ficar ao relento. Já há quem diga que Pereira poderá ser indicado a um cargo no Tribunal de Contas da União, ao passo que alguns postulantes podem assumir um Ministério, uma vez que Lula pode reformar a equipe para tentar formatar maioria no Parlamento para os dois últimos anos de governo e, por tabela, uma campanha reeleitoral. Nesse sentido, o presidente não quer deixar ninguém ao relento.