Convenio de mais de R$ 300 milhões vai possibilitar a recuperação da malha viária do Tocantins
Com investimento de R$ 314 milhões, o Tocantins vai recuperar 1.144,94 km de estradas, contemplando diversas regiões do Estado, por meio de quatro regionais do Dertins. Financiamento 100% do Banco Mundial, por meio do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável (PDRIS), na modalidade do tipo Contratos de Reabilitação e Manutenção de Estradas Pavimentadas (Crema).
O Estado possui, atualmente, 13.000 km de rodovias, segundo a Secretaria de Estado da Infraestrutura. Destes, apenas seis mil quilômetros são rodovias pavimentadas, o que representa 46% de todas as estradas do Tocantins. O restante, sete mil quilômetros, ainda não recebeu o benefício da pavimentação, o que significa que mais da metade (54%), das rodovias do Estado são de terra e, a maioria, em situações precárias que não oferecem segurança aos usuários e ainda dificulta o escoamento da produção de grãos que é um dos alicerces da economia regional.
Dos seis Estados com os quais o Tocantins faz limite, apenas quatro possui estradas de acesso com estrutura de pavimentação, totalizando 1.018 km dos quais a maior extensão se limita com o Pará (606 km), seguido do Maranhão (com 227 km), Goiás (148 km), Bahia (37 km) e Mato Grosso (0 km).
De acordo com a Secretaria da Infraestrutura, mais de26 mi (R$ 26.071.220,08) foram investidos neste ano em pavimentação e recuperação de estradas no Tocantins, beneficiando todas as regiões, especialmente onde o volume de tráfego é mais intenso, devido à produção agrícola.
Em entrevista exclusiva ao Paralelo 13, o secretário Sérgio Leão falou da importância da manutenção de rodovias que é, frequentemente, de difícil percepção. “É diferente do que ocorre quando da construção de uma estrada, os benefícios da manutenção não resultam em um produto novo, visível, tangível. No entanto, a manutenção não deixa de se constituir também em um investimento direto, cuja rentabilidade é perfeitamente mensurável sob a forma de economia de combustíveis e lubrificantes; melhoria das condições de circulação dos veículos com a consequente redução de fretes; aumento do nível de segurança dos usuários, entre outros fatores”.
Sobre o convenio feito com banco mundial, o recurso será destinado, principalmente, para restauração de pavimentos, drenagem, sinalização, obras complementares, recuperação de erosão, estabilização de taludes e manutenção de rotina, conforme tabela.
Nosso ponto de Vista – Privatizar é preciso
Mesmo com menos da metade de sua malha viária pavimentada, o Tocantins possui uma estrutura de estradas pavimentadas com qualidade superior a muitos Estados desenvolvidos. Para manter essas estradas em condições de trafegabilidade o Estado precisa investir e isso gera custo relativamente alto aos cofres públicos e o retorno é abaixo, se comparado a outros investimentos. Dessa forma, nós entendemos que já está na hora de se pensar em privatização dessas estradas, sobretudo as que faz limite com outras unidades da federação.
Boa parte das rodovias brasileiras já estão cedidas à iniciativa privada. De acordo com pesquisa anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT), a iniciativa privada é responsável pelas melhores estradas brasileiras, devido a responsabilidade pelo trecho de rodovia privatizada. A empresa privada passa a ter obrigação de promover melhorias e realizar manutenção das pistas, desonerando os cofres públicos.
Na maioria das vezes, o reflexo desse serviço é visto na cobrança do pedágio, mesmo assim, entendemos que o custo-benefício agrada àqueles que ariscam suas vidas nas estradas. Destacamos aqui algumas vantagens que a privatização das rodovias oferece: A primeira é que o governo pode transferir verbas para outras áreas de investimentos e a segunda é, sem dúvidas, a melhoria das estradas, já que a iniciativa privada precisa conservar as pistas em bons estados.