Moraes mantém Valdemar Costa Neto preso e converte detenção em preventiva

Posted On Sábado, 10 Fevereiro 2024 06:36
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Ministro do STF, Alexandre de Moraes, e presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ministro do STF, Alexandre de Moraes, e presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O presidente do PL, partido de Bolsonaro, foi detido por porte ilegal de arma em operação da PF

 

 

Por Ricardo Lélis

 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes converteu a prisão do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto de flagrante para preventiva nesta sexta-feira, 9 de fevereiro.

 

O gestor e os ex-assessores da Presidência da República, Filipe Martins e Marcelo Câmara, e o militar Rafael Martins permanecem detidos após audiências de custódia realizadas

 

Os quatro foram detidos preventivamente na quinta-feira (8) durante a operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e anulação das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

O presidente do PL chegou a comparar o ministro do Supremo Tribunal Federal com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

 

“Apesar de estar submetido a uma prisão ilegal, desprovida dos requisitos básicos para a imposição da prisão preventiva, e após uma audiência de custódia realizada em desconformidade com os prazos estabelecidos pela legislação, o Sr. Filipe Garcia Martins Pereira continua privado de sua liberdade”, disseram os advogados de Martins em nota.

 

A defesa de Marcelo Câmara disse que vai pedir a soltura dele após análise dos atos. Já o advogado de Valdemar Costa Neto não quis se manifestar.

 

O ex-assessor Filipe Martins teria entregue a minuta do golpe ao ex-presidente, e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.

 

Diferente dos outros presos da quinta-feira, Valdemar Costa Neto não era um dos alvos de prisão preventiva na operação da quinta, mas foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo durante as buscas.

 

Ele tinha, também, uma pepita de ouro que, segundo a primeira perícia da PF, tem origem em garimpo.

 

A defesa de Costa Neto afirmou que posse da pedra não configura delito, segundo a própria jurisprudência.

 

Além disso, em nota, também apontou que a arma é registrada, tem uso permitido, pertence a um parente próximo e foi esquecida há vários anos no apartamento dele.