Promotora da Saúde acompanhou o evento. Audiencia aconteceu nesta quinta-feira, 28
Por Daianne Fernandes
O Ministério Público Estadual (MPE) acompanhou nesta quinta-feira, 28, a audiência pública para prestação de contas do segundo quadrimestre de 2017, das ações da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). A solenidade foi realizada na Câmara Municipal de Palmas.
Na apresentação (relatório em anexo) o Secretário de Saúde, Nésio Fernandes, destacou os avanços na ampliação dos serviços prestados na Capital, como a inauguração do Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD III) e do primeiro Ambulatório de Atenção à Saúde de Palmas (Amas), que oferecerá atendimento especializado em Neurólise, Eletroneumiografia, Dermato-Sanitária para pacientes em tratamento da hanseníase.
A promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery parabenizou a equipe da Semus e todos os profissionais que atuam na comunidade, destacando que a Capital vem avançado na gestão do SUS, e que os atendimentos da Saúde devem ser feitos de acordo com a necessidade do paciente, contudo questionou se de fato a Capital está com cobertura de 100% das equipes de saúde da família.
A promotora ainda pontuou que não basta a ampliação de serviços de saúde, a qualidade também é determinante para a recuperação da saúde e redução do risco de doenças e agravos. Citou como exemplo, o atendimento das gestantes, onde requisitou auditoria nos processos de trabalho, em procedimento para averiguar a qualidade do pré-natal ofertado em Palmas, que tramita na 27ª Promotoria de Justiça da Capital.
Maria Roseli ainda frisou que para conseguir a devida qualidade, é necessário o comprometimento e eficiência de todos os servidores que atuam nas Estratégias de Saúde da Família e os ligados à Gestão. “O dever do Estado de garantir saúde, implica também dizer que estamos falando de todos os agentes públicos que atuam no âmbito do SUS”, disse.
Vereadores e demais participantes fizeram diversos questionamentos ao secretário da pasta sobre a falta de materiais, remédios e profissionais nas Unidades de Saúde da Família (USF), dentre outro.
O secretário de Saúde reconheceu que o sistema de saúde municipal ainda pode melhorar e criticou a terceirização do SUS. Disse que espera ter até 50% do atendimento em Palmas, realizado pelo poder público, principalmente para que os exames e diagnósticos de doenças possam ser realizados com mais agilidade.
“O Ministério da Saúde não reconhecia nossa cobertura antes porque 14% das equipes não estavam credenciadas, uma vez que é o Município que financia esses profissionais e não o governo federal. Mas no ano passado nós conseguimos ter esse reconhecimento dos 100% de cobertura”, falou.