O Mês de agosto será o divisor de águas para o Tocantins. Ou se tomam providências ou a economia do Estado vai se tornar um morto vivo, ou um vivo morto, sendo que, nas duas hipóteses, não haverá saída para crise que vem no horizonte.
Informações de fontes internas do governo do Estado dão conta de que um enxugamento na máquina administrativa, com a extinção e fusão de secretarias e a demissão urgente de grande parte dos temporários e comissionados, são a única saída para que o governo chegue ao mês de novembro com condições de arcara com os custos da folha de pagamento.
A economia do Tocantins tem como mola mestra o Fundo de Participação dos Estados, que está em queda livre, mês a mês. Nossas indústrias, infelizmente, são em número insuficiente para gerar receitas que tenham algum peso econômico. Produzir grãos, graças à Lei Kandir, não significa fazer caixa e, caso os ajustes não sejam feitos, o Tocantins entrará em colapso financeiro.
O governo brasileiro passa por uma turbulência que beira o incontrolável e esperar por liberação de recursos da União para reverter quadros econômicos desfavoráveis, é ficar enxugando gelo, pois a possibilidade de conseguir alguma coisa é praticamente nula.
A ATITUDE QUE FALTA
Para tomar as medidas necessárias para evitar o pior, Marcelo Miranda deve, primeiro, fazer um pronunciamento e explicar para a população tocantinense os perigos que rondam nosso Estado e que um esforço de todos será crucial para escapar da bancarrota.
Por mais amargas que sejam, as medidas são urgentes e têm que ser adotadas. Não só as mais óbvias, já citadas acima, como também algumas que parecem absurdas, mas não são.
Não estamos falando de dívidas com bancos ou reforma de secretariado, mas de medidas que efetivamente salvem o Tocantins do precipício.
O maior exemplo disso é o enorme número de carros oficiais, aqueles que circulam, ou deveriam circular, para cumprir tarefas dos órgãos a que são vinculados, que fazem uma vai e vem infindável, nos fins de semana, da capital para cidades turísticas do Estado, como Porto Nacional, Miracema, Gurupi, Paraíso, repletos de aspones e seus familiares, com finalidades de lazer e divertimento.
Esse é o maior tapa na cara da sociedade tocantinense em tempos de aperto.
Enquanto esse pessoal gasta o que o estado não tem, categorias necessárias ao bom funcionamento da máquina pública, como Saúde, Educação e Segurança Pública ensaiam greves por direitos adquiridos não estarem sendo cumpridos pelo Executivo estadual, justamente por falta de recursos!
E as nomeações? Basta qualquer cidadão acessar o Diário Oficial para ver que enquanto os cofres estaduais clamam por recursos, o dinheiro se esvai em contratações e mais contratações, com salários absurdos para quem não vai produzir nada.
Parece que o governo está vesgo, enxergando a saída pelo lado errado.
Não será contratando e dando salários para companheiros, que o Tocantins fará a economia se movimentar.
A atitude que deve ser tomada é exatamente oposta a essa. É demitir, exonerar, cortar mordomias e gastar com critérios.
Caso contrário, agosto será mesmo o mês do cachorro louco no Tocantins!
Quem viver (e conseguir chegar até novembro), verá!