NA EXPECTATIVA DE UMA OPERAÇÃO DA PF NA ALETO CANDIDATOS A PREFEITO DE VARIAS REGIÕES DO ESTADO ESTÃO EVITANDO GRAVAR VÍDEOS DE CAMPANHA COM DEPUTADOS ESTADUAIS

Posted On Terça, 03 Setembro 2024 06:51
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A sensação de insegurança política chegou de vez à sucessão municipal. O que antes era uma prática comum nas eleições, candidatos gravarem vídeos e declarações de apoio dos seus “padrinhos” ou colegas de partido em cargos eletivos, principalmente na Assembleia Legislativa, agora evitam ter em suas campanhas qualquer tipo de associação com os deputados estaduais  tocantinenses

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Tudo isso é reflexo das operações da Polícia Federal que aconteceram em Palmas no fim de agosto, atingindo os Poderes Executivo e Judiciário, deixando a certeza de, pelo menos, mais uma operação, desta vez no Poder Legislativo estadual.

 

Parece que uma nuvem negra paira sobre a sede da Assembleia Legislativa, e a “visita” dos agentes da Polícia Federal parece cada dia mais próxima.

 

Os candidatos a prefeito querem evitar o ditado bíblico do “diga-me com quem andas que te direi quem és” e o problema é que ninguém sabe quais serão os deputados “agraciados” com as visitas.

 

RECOLHENDO MATERIAL

 

 

 

Mas, para infelicidade geral, muitos candidatos a prefeito já haviam gravado vídeos com seus deputados e posta nas redes sociais.  Agora, estão fazendo o trabalho contrário, apagando esses vídeos, antes que o pior aconteça.

 

Depois das operações da Polícia Federal, nenhum candidato a prefeito ousou convidar um deputado estadual para fazer uma caminhada ou participar de algum ato de campanha. E, mesmo se tentassem convidar, poucos são os deputados estaduais que estão atendendo seus telefones celulares. Alguns até já mudaram de número, segundo os bastidores.

 

URGENTE

 

Essa situação vivida pelos candidatos a prefeito é semelhante à que tomou conta das conversas de bares, esquinas e famílias tocantinenses. A incerteza quanto à idoneidade dos deputados estaduais. Quais serão investigados e quais terão a certificação de sua índole.

 

Por isso, faz-se necessário que a operação na Casa de Leis ocorra o mais breve possível. Esse, inclusive, é o desejo dos deputados que sabem que não têm nada a temer, e que se faça a separação do joio do trigo.

 

É necessário, também, que a Justiça Federal dê celeridade nos processos, para que os eleitores não saiam prejudicados nesta sucessão municipal que se aproxima. Muitos escolhem seus candidatos pelos apoios que ele tem. Sem a certeza dos parlamentares que serão investigados, a insegurança do eleitor aumenta.

 

PELA JUSTIÇA E PELA ÉTICA

 

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 teve acesso a um processo investigativo de mais de quatro mil páginas, que aponta o envolvimento de parlamentares tocantinenses em atos nocivos ao erário público.

 

As linhas da investigação citam nome por nome a cada ato suspeito e, podemos garantir, é muita falta de vergonha e de espírito humano. São atos absurdos e inacreditáveis, mas ainda estão em segredo de Justiça.

 

Pelo emaranhado de atos suspeitos, acreditamos que apenas uma operação não será capaz de fazer a faxina necessária na política tocantinense, e identificar, provar a culpa e punir os corruptos.

 

Isso será um bem imensurável para o Tocantins, para os políticos de boa índole que não podem ser colocados no mesmo balaio dos desonestos e desalmados.  A quebra dos sigilos telefônico e bancário dos parlamentares e empresários suspeitos vai trazer revelações mais que cabeludas. Coisas que jamais passaram pela mente dos tocantinenses que pudessem ser praticadas por pessoas públicas.

 

E isso é só a ponta do iceberg. Quando começarem a ser investigadas as famosas “emendas para shows”, aquelas de 500 a 700 mil reais, muita coisa também virá à tona.

 

O Ministério Público, o Gaeco e, lógico, a Polícia Federal, precisam passar um “pente fino” nessas emendas. Correm nos bastidores notícias de candidatos de cidades do interior que “nadaram” nos milhões dessas emendas.

 

A Polícia Federal já tem solicitado informações sobre essa modalidade de desvio de recursos, e aqui está a contribuição de O Paralelo 13. As suspeitas de “rachadinhas” nessas emendas para shows são inúmeras, e é preciso que se revele o que é fato e o que é fake News, para sanar, de vez, as dúvidas da população, da classe política e da imprensa.

 

Se houver culpados, que sejam rigorosamente punidos.

 

Aos inocentes, o reconhecimento popular.

 

E que os candidatos a prefeito possam voltar a gravar seus vídeos com seus deputados estaduais...