NOVAS REVELAÇÕES COMPLICAM AINDA MAIS MICHEL TEMER E AÉCIO NEVES COM REVELAÇÃO DE NOVOS CRIMES

Posted On Sábado, 20 Mai 2017 06:58
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A cada rodada de liberação dos áudios pela Justiça a podridão aumenta, com relatos de crimes dentro de crimes e a inclusão de novos nomes. Kátia e Irajá Abreu são os tocantinenses da vez

 

Por Edson Rodrigues

 

O Brasil continua acompanhando com indignação e nojo o quanto o meio político nacional é podre e amoral. Em associação com as grandes empresas – por enquanto Odebrecht e JBS – grupos políticos vêm prevaricando há anos para manter à sua disposição as tetas do dinheiro público e roubar à vontade a Saúde, a Educação e a Segurança Pública, enfim, o progresso do País e a qualidade de vida da população.

 

Novamente repetimos que, desde as lideranças políticas sem cargo até o presidente da República, passando por vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais e senadores, todas as categorias políticas têm a maioria dos seus membros envolvidos em crimes que vão “da galinha ao bilhão”, pois de relógios á somas vultosas depositadas em contas em paraísos fiscais, tudo é aceito pelos larápios travestidos de homens públicos para o benefício próprio.

 

A delação de Joesley Batista, presidente do grupo JBS, maior conglomerado empresarial de produtos de origem animal do mundo, é a mais enigmática de todas, pois o empresário não está preso delatando.  Ele vem circulando livremente, fazendo as negociatas que enojam a nação, munido de microfones e câmeras ocultas, providenciadas pela Polícia Federal.  Ou seja, Joesley não trabalha com acusações, ele trabalha com provas.  E seu “trabalho” está pulverizando a credibilidade da classe política brasileira.

 

Ao fim da delação de Joesley Batista, aqueles políticos que não tiverem seus nomes citados podem fazer festa e se colocar como “mártires da moral e da ética”, pois os tentáculos da corrupção estão mostrando-se implacáveis, onipresentes e onipotentes, e não será prudente esperar muitos participantes nessa festa pós-delação.

 

TEMER E KASSAB LADRÕES

Segundo as delações do diretor da JBS, Roberto Saud, que ocorrem paralelamente às do presidente da empresa, o presidente Michel Temer teria recebido R$ 15 milhões do Partido dos Trabalhadores para financiar sua campanha à Vice-Presidência, em 2014, mas decidiu "guardar" R$ 1 milhão para “uso pessoal”.

De acordo com Saud, além de Temer, Gilberto Kassab, que deixou o governo Dilma em abril de 2016 e passou a apoiar o impeachment da petista, e hoje é ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, também usou dinheiro de caixa 2 de campanha em proveito próprio.

 

"Eu já vi o cara pegar o dinheiro da campanha e gastar na campanha. Agora, ganhar um dinheiro do PT e guardar pra ele no bolso dele, eu acho muito difícil. Aí, ele e o Kassab fizeram isso. Só o Temer e o Kassab guardaram o dinheiro pra eles usarem de outra forma", afirmou ele.

 

O R$ 1 milhão restante, que Saud afirma ter ficado com Temer, foi, segundo ele, entregue na sede da Argeplan Arquitetura e Engenharia, na Vila Madalena, em São Paulo. A empresa pertence a João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, e já foi alvo de investigações da Operação Lava Jato.

 

Segundo Saud, "o Michel Temer fez uma coisa até deselegante. Porque nessa eleição só vi dois caras roubar deles mesmos. Um foi o Kassab, o outro o Temer. O Temer me deu um papelzinho, e falou: 'Ó, Ricardo, tem um milhão, que quero que você entregue em dinheiro nesse endereço aqui'. O Temer falou isso. Na porta do escritório dele, na calçada. Só eu e ele na rua. Na Praça Panamericana."

 

AÇÃO CONTRA A LAVA JATO

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato. A afirmação consta da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin que determinou a abertura de inquérito para investigar Temer, Aécio e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.

 

O inquérito está relacionado ao acordo de delação de executivos do frigorífico JBS. A decisão foi divulgada nesta sexta (19).

 

"Além disso, verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.

 

"Desta forma, vislumbra-se também a possível prática do crime de obstrução à Justiça", completa o procurador-geral da República.

 

No pedido para investigar Temer e Aécio, a procuradoria afirma que o senador teria "organizado uma forma de impedir que as investigações [da Lava Jato] avançassem por meio da indicação de delegados que conduziriam os inquéritos, direcionando as distribuições."

 

GILMAR MENDES

Com ordens judiciais emitidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na Operação Patmos, a Polícia Federal interceptou pelo menos uma conversa telefônica entre o presidente Michel Temer e seu ex-assessor e homem de confiança, o atual deputado federal Rodrigo Loures (PMDB-PR) –flagrado recebendo R$ 500 mil

Na conversa, Temer fala com Loures sobre uma expectativa que o deputado federal tinha a respeito de novas regras para o setor de portos. Outra ligação interceptada ocorreu entre o ministro do STF, Gilmar Mendes, e o senador Aécio Neves (PSDB). Segundo o relatório policial sobre essa conversa, ocorrida no dia 26 de abril, Aécio "pediu ao ministro [Mendes] para que telefonasse para o senador Flexa Ribeiro.

 

Nesse diálogo, o senador investigado [Aécio] pede que o magistrado converse com Flexa Ribeiro para que este siga a orientação de voto proposta por Aécio". A referência é à votação do projeto que tratava de "abuso de autoridade" em discussão no Congresso Nacional.

 

Os documentos revelam que os aparelhos telefônicos de Aécio e de Loures estavam sob interceptação judicial –ou seja, os grampos não ocorreram nos telefones de Gilmar Mendes e de Michel Temer. Relatórios sobre essas ligações constam de documentos liberados por ordem do ministro do STF, Edson Fachin.

 

KATIA ABREU

Segundo Roberto Saud, a "conta da propina"  para a campanha de Dilma Rousseff em 2014 tinha R$ 300 milhões. No início do vídeo, ele explica que, em meados daquele ano, Guido Mantega teria solicitado a Joesley Batista, dono da JBS, que sacasse R$ 35 milhões para entregar a senadores do PMDB para garantir o apoio de todo o partido à reeleição de Dilma.

 

Perguntado por um procurador para nomear os senadores, o delator respondeu: "Eduardo Braga, Vital do Rêgo, Jader Barbalho, Eunicio Oliveira, Renan Calheiros, e tinha um milhão pra Kátia Abreu, mas esse um milhão a Kátia nunca recebeu, ficou pra eles lá."

 

Saud diz que esse grupo "estava jogando para fazer o Jucá presidente do PMDB nacional, Eunício presidente do Senado, Vital do Rêgo no TCU, Renan líder da bancada."

"O PT agiu rápido e mandou que a gente pegasse dinheiro da propina deles, dos R$ 300 milhões que estavam disponíveis na campanha”, contou Saud. Para a operação, de acordo com o delator teriam sido utilizados R$ 35 milhões.

 

"Eduardo Braga, Vital do Rego, Jader Barbalho, Eunício Oliveira, Renan Calheiros e tinha R$ 1 milhão para a Kátia Abreu, mas esse R$ 1 milhão a Kátia nunca recebeu. Ficou tudo para eles lá”, contou o executivo na delação.

 

Saud conta que era chamado pelo grupo para dar orientação. "Eu ia e 'oh faz isso hoje, faz aquilo e tal'. Tudo é propina, tudo dissimulado em forma de doação oficial, notas fiscais e dinheiro vivo”, ressaltou o executivo.

 

Em 2014, contudo, Kátia ocupava a presidência da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e já estava bem próxima da então presidente Dilma Rousseff, de quem se tornaria ministra da Agricultura a partir de 2015.

 

Não houve na época nenhum indício de que a senadora teria se rebelado e ameaçado apoiar Aécio.

 

IRAJÁ ABREU

O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra o deputado Irajá Abreu (PSD), filho da senadora Kátia Abreu (PMDB). A investigação é baseada na delação dos executivos da Odebrecht, dentro da Operação Lava Jato.

Conforme o jornal O Globo, a suspeita é de que Irajá tenha recorrido ao caixa dois na campanha de 2014. Ele teria recebido R$ 100 mil da empresa.

 

O nome do parlamentar já tinha aparecido quando a deleção dos executivos da Odebrecht foi liberada pelo ministro Fachin. Contudo, o pedido foi devolvido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para nova análise.

Possivelmente, a PGR insistiu no pedido e foi aceito agora por Fachin.

 

Investigação contra A senadora Kátia Abreu e o marido dela, Moisés Pinto Gomes, já tinha sido autorizado pelo ministro do STF no início de abril. A parlamentar é acusado pelos executivos da Odebrecht de ter pego R$ 500 mil via caixa 2, em duas parcelas de R$ 250 mil.

 

TRISTE CONCLUSÃO

O povo brasileiro já chegou à triste conclusão de que sua democracia chafurda na lama da corrupção generalizada, fruto da frouxidão moral dos políticos, da ganância e da falta de princípios dos que ousaram intitular-se de “representantes” dos cidadãos.  Infelizmente – mas, sem deixar de lhes imputar sua grandíssima culpa – até os empresários e empreendedores entraram de cabeça no sistema da corrupção, comprando vantagens e perdões por meio de Leis e emendas parlamentares.

 

A pessoa que, hoje, veste a faixa presidencial – que não merece mais o adjetivo de “presidente da República” – mesmo diante das provas (repetimos, provas, não, acusações), tenta resistir no cargo jogando com todas as fichas que apenas o cargo lhe proporciona.  As reformas a que se havia proposto em realizar e que iriam retomar o crescimento econômico, já ficaram longe no horizonte longínquo e não se tem certeza de suas conclusões.

 

A Justiça, como afirmou o Procurador-Geral da república, Rodrigo Janot, vê, nesta etapa que se desenrola, um ponto doloroso, que é a revelação de que também entre seus membros há pessoas com as mãos sujas, vazando informações e municiando políticos sobre os próximos passos.  Mais que isso, vê um dos seus próceres, Gilmar Mendes, participando de conversas telefônicas mal intencionadas.

Quem poderá prever o futuro deste País?  Só Deus.

 

E é Nele que devemos nos agarrar para que a justiça e a moral prevaleçam para que nossa Nação tenha salvação.

Que Deus nos ajude!!!

Última modificação em Sábado, 20 Mai 2017 07:36