Em nenhum momento da história política do Tocantins um governador esteve no poder tão forte quanto está o “curraleiro” Wanderlei Barbosa, juntamente com seu vice, Laurez Moreira, neste início de segundo mandato

Por Edson Rodrigues

Porém, nem tudo são flores, e todo cuidado é pouco.  o Observatório Político de O Paralelo 13 é testemunha de todos os governos, via voto, provisórios ou interventores, que passaram pelo Palácio Araguaia, e todos eles, assim como ocorre no atual governo, sempre tiveram a figura dos “amigos”, um grupo formado por “ratos, gatos e puxa-sacos” que tem sua amizade vinculada ao poder, não ao governante.

Essas figuras fazem parte de todos os governos, sejam municipais, estaduais ou federais, e têm sua origem desde o reinado de Dom João VI, primeiro rei do Brasil, e se instalaram como sanguessugas de todos os tipos de governo que o Brasil já teve.

Há alguns governantes que gostam da bajulação desse grupo de parasitas, mas que só despertam para os malefícios quando um deles – ou grupos deles – passa dos limites e perde a compostura.  Levando-se em conta que é de praxe que eles não tenham nenhum compromisso com o governo do qual dizem fazer parte, todo cuidado com esse tipo de contaminação é pouco.

Wanderlei e Laurez são políticos vacinados contra essa contaminação, mas sabem que não podem descuidar, pois essas figuras, muitas vezes, só se deixam revelar depois do mal que causaram.

CONFORTO

O governo de Wanderlei Barbosa e de Laurez Moreira vive uma situação confortável, com o apoio da maioria dos deputados estaduais, da maioria dos deputados federais e dois – Eduardo Gomes e Dorinha Seabra – dos três senadores, uma ótima convivência com o Poder Judiciário, dinheiro em caixa, mais de um bilhão em empréstimos para entrar nos cofres públicos, emendas impositivas trazendo mais recursos do governo federal, nada a ser investigado, pagamento de servidores, prestadores de serviço e fornecedores rigorosamente em dia, rodovias em bom estado de conservação, recursos para a Saúde e para a Educação sendo transferidos como manda a Lei, assim como os recursos dos municípios, sem contar com o Orçamento a ser aberto em fevereiro.

Logo, não tem porque este governo dar ouvidos aos bajuladores e “amigos”, se surgirem com propostas e facilidades controversas.

LONGE DO PERIGO

Senadora Professora Dorinha Seabra

Outros governos já estiveram bem perto dessa tranquilidade, mas acabaram prejudicados pelo “despertar tardio” em relação aos bajuladores, amigos e puxa-sacos.  Já outros governos pecaram por trazer “paraquedistas” - pessoas sem nenhuma raiz ou identificação com o Tocantins – como secretários ou em funções de ordenadores de despesas, e acabaram vítimas dessa “mão de obra qualificada”, que quando não cometeram atos não republicanos, pediram demissão por telefone, dentre outras atitudes deploráveis.

Houve exceções, que foram importantíssimas para o Tocantins, como Dr. Renato Assunção, mas foram poucas em relação às decepções.

E é exatamente neste ponto que Wanderlei Barbosa e Laurez Moreira precisam ficar atentos, pois, a partir de agora, começam as movimentações para prestigiar os partidos e grupos políticos que os apoiaram e ajudaram na reeleição, com indicações para cargos.

Senador Eduardo Gomes

Em hipótese nenhuma a gestão de Wanderlei Barbosa pode ser associada a casos de corrupção, escândalos ou atos não republicanos. O patrimônio moral e político de sua família, que tem seu pai como primeiro prefeito de Palmas, sua mãe, uma primeira-dama atuante e conhecida como a “mãe dos pobres”, o próprio Wanderlei, que já foi vereador, presidente da Câmara Municipal de Palmas e deputado estadual, assim como seu irmão, Marilon Barbosa, teve a sua irmã, Berenice Barbosa, como secretária da Educação e seu próprio filho, Léo Barbosa, vereador e, agora, reeleito deputado estadual, todos com todas as suas contas aprovadas pelo TCE, TCU e Câmara Municipal.  Ou seja, é muita responsabilidade para manter a “ficha” da família ilibada, como sempre foi.

Uma família que vem prestando serviços de relevância à Palmas e ao Tocantins, em mais de 30 anos de vida pública. Wanderlei Barbosa, reeleito com votação recorde, precisa zelar por esse patrimônio político e pessoal, seu e de sua família.

Todo cuidado é pouco.

Desejamos muito boa sorte!