Vivemos tempos difíceis para o jornalismo independente. O Observatório Político de O Paralelo 13 tem acompanhado com preocupação o crescimento de um ambiente tóxico nas redes sociais e nos bastidores da política tocantinense
Por Edson Rodrigues
Acusações genéricas, memes maliciosos e vídeos anônimos têm se espalhado com o objetivo claro de intimidar, confundir e silenciar vozes, tudo sem autoria declarada, sem provas, apenas no intuito de gerar medo e instabilidade.
Recentemente, o jornalista Cleber Toledo tornou-se alvo dessa atmosfera hostil. Segundo relatos, ele e sua família estariam sofrendo ameaçados de forma velada. Cleber é um excelente profissional, conhecido pela sua brilhante trajetória no jornalismo e na imprensa do estado.
Diante desta grave situação, o Observatório Político de O Paralelo 13 faz um apelo direto e solicita ao nobre amigo que não se cale, procure os órgãos de segurança competentes como a Polícia Civil e Federal. Aponte nomes. Dê os passos necessários para que este caso deixe o campo da percepção e entre no da apuração. É o que espera, assim como nós, muitos colegas jornalistas.
Não se pode recuar. É preciso acionar os mecanismos institucionais e dar à sociedade o direito de saber o que está por trás dessas investidas.
O Sindicato dos Jornalistas do Tocantins já se manifestou, mas optou por uma nota genérica, sem menções específicas. Agora é hora de ir além da solidariedade. É preciso agir com responsabilidade e para isso é fundamental ações concretas.
Nós, do Paralelo13, com 37 anos de atuação, sabemos o peso que uma acusação tem. E sabemos também o valor da responsabilidade com a informação. Por isso, reafirmamos nosso compromisso em acompanhar e divulgar, com o devido rigor jornalístico, quaisquer ocorrências ou investigações que venham a ser formalmente iniciadas.
O silêncio, neste momento, não resguarda: expõe. Dá margem à impunidade, legitima o anonimato covarde e enfraquece quem está na linha de frente da informação.
Não se trata de alimentar um espetáculo, mas de tratar com seriedade o que é, de fato, grave. Se há ameaças, que sejam formalmente registradas. Se há autores, que sejam identificados e responsabilizados. Esperamos que o amigo Cleber Toledo procure, já nesta segunda-feira, 31, uma delegacia da Polícia Civil e na Polícia Federal para oficializar os fatos. Só assim será possível que a imprensa acompanhe o caso com responsabilidade e cobre das autoridades que atuem com a agilidade e o rigor que a situação exige. O Tocantins precisa de respostas e o jornalismo precisa estar à altura de sua missão.