Ou se põe fim ao boicote da cúpula estadual do PT, sob o comando do deputado estadual Zé Roberto, à candidatura a governador de Paulo Sardinha Mourão, ou não restará outro caminho senão Mourão renunciar à sua candidatura.

Por Edson Rodrigues

Essa afirmação foi feita ao Observatório Político de O Paralelo 13 por um petista “cinco estrelas”, que foi mais além: “o deputado Zé Roberto não tem interesse nenhum no bom desempenho da candidatura de Paulo Mourão, pois não ‘engole’, em hipótese nenhuma, uma candidatura própria do seu partido, quando ele faz parte da base aliada do governador Wanderlei Barbosa, lembrando que, antes, ele e a deputada Amália Santana, eram aliados de Mauro Carlesse”.

A verdadeira mensagem por trás desse posicionamento do deputado Zé Roberto, segundo nossa fonte, é que o deputado estadual Zé Roberto é um “aliado de carteirinha” da senadora Kátia Abreu e a candidatura de Paulo Mourão, mesmo sendo um companheiro de partido, atrapalha esse posicionamento.

Deputado Estadual José Roberto  

Ainda segundo nossa fonte, há o agravante de Zé Roberto ser candidato a deputado federal, e o único deputado federal eleito pelo PT em 34 anos de emancipação é Célio Moura, que faz questão de prestigiar, justamente, a candidatura de Paulo Mourão ao governo.

Isso faz com que existam dois PTs no Tocantins, o que defende as candidaturas de Lula para presidente e de Paulo Mourão para o governo e o outro, que quer Wanderlei Barbosa governador e Kátia Abreu senadora reeleitos.

Deputado Federal Célio Moura 

Segundo esse grão-mestre petista, é preciso que a cúpula nacional do partido resolva, de vez, essa questão, possivelmente com uma intervenção no comando estadual da legenda, sob o risco de um petista histórico, como Paulo Mourão, desistir da sua pré-candidatura.

HISTÓRICO

Quando o ex-prefeito de Porto Nacional, já pré-candidato ao governo pelo PT, percebeu a falta de apoio por parte do presidente estadual da legenda, deputado Zé Roberto, ele foi ao Rio de Janeiro, onde se encontrou com a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann e com o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, onde foi informado que o Tocantins seria um dos poucos estados brasileiros em que o PT teria uma candidatura própria ao governo, que ele, mourão, seria o candidato e, mais, que o controle das verbas de campanha ficaria com a cúpula nacional, que também coordenaria sua candidatura.

Ex-presidente Lula Paulo Mourão e a presidente do PT deputada Gleisi  Hoffmann

Isso foi o bastante para a cúpula estadual criar um desconforto quanto à postulação de Paulo Mourão ao governo do Estado, e essa situação foi relatada com exclusividade pelo Observatório Político de O Paralelo 13.

Diante desse impasse, percebe-se que o PT caminha, novamente, para um suicídio político coletivo, em que, dificilmente, conseguirá eleger ou reeleger seus candidatos, mesmo com o seu candidato a presidência da República ostentando índices mais que favoráveis, podendo vencer as eleições presidenciais ainda no primeiro turno.

Mais uma vez, as desavenças internas do PT do Tocantins podem inviabilizar vitórias.

O tempo dirá!