Para Temer, não houve "concretização" dos fatos pelos quais Bolsonaro está sendo acusado

Posted On Sexta, 09 Fevereiro 2024 15:04
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Penso que não há razão para prisão de Bolsonaro com fatos que vieram à luz até agora, diz Temer à CNN

 

 

Com Gazeta do povo e CNN

 

 

O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), afirmou que não existe razão para que o também ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja preso.

 

“Pelo menos pelos fatos que vieram à luz até agora, penso que não há razão para prisão. Há sempre a perspectiva de, mas a perspectiva de depende de uma concretização de determinados fatos. E esses, caso concretizarem, sei-lo-ão adiante”, declarou Temer.

 

A fala do ex-presidente aconteceu na quinta-feira (8), durante uma entrevista à CNN.

 

Na manhã da quinta-feira (8), a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação com foco em aliados do ex-presidente, como parte de uma investigação sobre uma suposta organização criminosa que teria trabalhado para promover um golpe de Estado e ameçar o Estado Democrático de Direito após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

 

Segundo a PF, as apurações indicam que o grupo investigado se dividiu em diferentes núcleos para disseminar a ideia de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, com o objetivo de facilitar e legitimar uma intervenção militar, utilizando estratégias de "milícia digital".

 

Dentre os alvos das buscas, estão figuras como o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

 

A operação resultou na prisão de várias pessoas, incluindo Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, Marcelo Câmara, coronel do Exército envolvido em outras investigações relacionadas a Bolsonaro, Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército, e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.

 

No total, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, incluindo proibição de contato com outros investigados, restrição de saída do país com entrega dos passaportes em 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.