Patrimônio de Aécio Neves triplica após eleições de 2014

Posted On Terça, 13 Março 2018 15:57
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Aécio Neves (PSDB) vendeu cotas de estação de rádio para irmã por valor quase dez vezes superior ao que havia declarado um ano antes Aécio Neves (PSDB) vendeu cotas de estação de rádio para irmã por valor quase dez vezes superior ao que havia declarado um ano antes

Patrimônio de Aécio Neves triplica após eleições de 2014 Por iG São Paulo | 13/03/2018 15:09
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Na eventualidade de não ser reeleito ao senado, Aécio, que conta atualmente com foro privilegiado e só pode ser julgado pelo STF, pode ver seus processos serem encaminhados para juízes da primeira instância

 

Com Agência Br. e Folha de S.Paulo 

 

Na eventualidade de não ser reeleito ao senado, Aécio, que conta atualmente com foro privilegiado e só pode ser julgado pelo STF, pode ver seus processos serem encaminhados para juízes da primeira instância

Se politicamente Aécio Neves (PSDB) sofreu, nos últimos quatro anos, uma queda vertiginosa, economicamente o senador mineiro tem se saído bem. Documentos da Receita Federal obtidos após a quebra do sigilo bancário do senador mineiro, investigado por haver pedido por telefone R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista , apontam que de 2014 para cá o patrimônio declarado do tucano triplicou – saltando de R$2,5 milhões quando de sua derrota para Dilma Rousseff (PT) para R$ 8 milhões em 2016. As informações são do jornal Folha de S.Paulo. A evolução patrimonial de Aécio é fruto de uma transação realizada entre ele e sua irmã, Andrea Neves . Em 2016, ele repassou à Andrea, seu braço direito na condução política em Minas Gerais, cotas da emissora de rádio Arco Íris, afiliada da Jovem Pan em Belo Horizonte, por R$ 6,6 milhões – um ano antes, em 2015, ele havia declarado ao fisco que as ações valiam R$700 mil.

Os advogados do senador afirmam que a transação seguiu todos os procedimentos legais e que os valores envolvidos se justificam pois a rádio Arco Íris é a quinta mais ouvida na grande BH.

Em maio de 2017, Andrea chegou a ser presa preventivamente no âmbito da operação Patmos, um desdobramento da Lava Jato que busca averiguar, entre outras coisas, as relações do político mineiro com a JBS. Ela foi solta um mês depois.

Investigado pelo Supremo Tribunal Federal, Aécio chegou, inclusive, por curto período de tempo, a ser afastado do senado pela corte – a decisão, contudo, foi suspensa pelos pares do tucano no Congresso.

Planos para 2018 Desprestigiado dentro do próprio PSDB, Aécio, que governou Minas Gerais por dois mandatos consecutivos e elegeu seu sucessor, Antônio Anastasia, deve se candidatar ao senado neste ano. Serão duas vagas para Minas, e a cúpula do partido no estado avaliar que ele ainda tem lastro para se reeleger. Leia também: Janot usa Twitter para criticar “convescotes” de Temer e Cármen Lúcia

Perguntado sobre os nove inquéritos que tramitam contra ele no Supremo, o tucano afirmou que não será condenado "em hipótese alguma", afinal, segundo o próprio, não pesa sobre ele nenhuma conduta ilícita. Por isso mesmo, não teme que as denúncias o retirem das eleições de 2018.

Mas na eventualidade de não ser reeleito ao senado, Aécio, que conta atualmente com foro privilegiado e só pode ser julgado pelo STF, pode ver seus processos serem encaminhados para juízes da primeira instância.

Isso representaria um revés para o político mineiro, já que o ritmo dos processos costuma ser mais ágil na primeira instância do que no Supremo – onde, muitas vezes, acusações caducam por prescrição.