Segundo o delegado da Polícia Federal, Fabrício Braga, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, do Amapá, são cinco mandados de prisão para o Tocantins: "um do Tocantins foi preso aqui no Amapá, em Laranjal do Jarí, um de Riachinho que foi preso em Palmas [Lipe], um preso em Augustinópolis e dois que estão foragidos, que são um de Araguaína e outro de Palmas".
A Polícia Federal realizou simultaneamente no Tocantins, e nos estado do Amapá, Minas Gerais, Pará e no Distrito Federal. A operação denominada Citrus, que teve o apoio do Ministério Público Federal, teve como finalidade combater esquema criminoso de desvio de recursos públicos na Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Ao todo 120 policiais federais deram cumprimento a 12 mandados de prisão temporárias, 7 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão nos 5 estados, aqui no Tocantins o alvo foi à sede da Funasa na Capital. Ao todo cálculos apontam um desvio de mais de R$ 45 milhões, esses recursos tinham por finalidade a construção de sistemas água e esgotos.
Foi preso o ex-prefeito de Riachinho, Eurípedes Lourenço de Melo, o "Lipe", que é sobrinho do Coordenador Regional da Funasa no Tocantins, Onofre Marques de Melo, afastado do cargo, foi levado coercitivamente para prestar esclarecimento à sede da Policia Federal. Onofre assumiu o cargo no Estado em dezembro de 2011 e o deputado federal Júnior Coimbra (PMDB) foi o responsável pela indicação.
Onofre que foi deputado Estadual e presidente do Itertins, já teve o pedido de seus bens bloqueados pela Justiça em outro processo que corre na Justiça do Tocantins a época ele foi acusado de fazer irregularmente titulação de terras em Campos Lindos.
As investigações foram iniciadas há cinco meses. Entre os responsáveis pelas execuções fraudulentas das obras estão políticos dos 5 estados, empresários da construção civil, engenheiros e servidores públicos. Os acusados responderão pelos crimes de peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha. A operação contou com o apoio do Ministério Público Federal.
No ano de 2009 a PF realizou uma outra operação na mesma Funasa e cumpriu 37 mandados de busca. Acusado de participação no esquema, o coordenador regional da Funasa no Tocantins na época, João dos Reis Ribeiro Barros, foi afastado por determinação da 2ª Vara Federal do Estado, que determinou as prisões dos engenheiros Francisco de Paula Vítor Moreira e Lázaro Harley Assis, o MPF denunciou à Justiça outras 12 pessoas, entre elas três servidores da Secretaria de Infraestrutura do Estado e outros dois funcionários da Funasa no Tocantins e recolhimento de documentos.
Entre as irregularidades encontradas pela CGU estão sobrepreços e indícios de fraude em licitação. Conforme a PF, os funcionários da Funasa recebiam propina e usavam empresas de fachada para mascarar participação em obras de esgoto e abastecimento de água. Fraude idêntica como as que levaram a Operação Citrus.