Siqueira Campos vai renunciar mandato no início do ano para disputar Senado

Posted On Quinta, 21 Novembro 2013 09:54
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O governador Siqueira Campos está decidido a renunciar ao mandato de governador no inicio do ano que vem e ser candidato ao Senado, segundo nos revelou uma fonte com trânsito livre no Palácio Araguaia e que goza de prestígio e confiança no clã siqueirista.

A fonte também nos revelou que o ex-senador Eduardo Siqueira Campos, atual secretário Institucional, não será candidato a governador. Isto seria uma decisão pessoal do próprio Eduardo sentenciou a fonte, que nos confidenciou: “Eduardo será candidato a deputado estadual, com vistas à presidência da Assembleia Legislativa”.
No último dia 15, o governador Siqueira Campos, o secretário Eduardo e mais duas pessoas, que a fonte não quis revelar os nomes, reuniram-se das 7 horas da manhã até às 11 horas e 45 minutos. Nesta reunião discutiram a antecipação da renúncia do governador Siqueira Campos, que segundo a fonte poderá acontecer em breve. Discutiram, também, a reforma na equipe de governo e a chegada de dois grandes reforços políticos para o grupo. Segundo, a fonte, a ideia é que, quando for feito o anúncio, ele seja uma grande surpresa na política tocantinense.
Enquanto isso, todos os passos dados por Siqueira e Eduardo, são discutidos, antes e conjuntamente com o presidente da Assembleia Legislativa, Sandoval Cardoso, que deverá assumir interinamente o Estado e que deverá ser confirmado a permanecer no cargo até 31 de dezembro de 2014, pela maioria dos 24 deputados estaduais.
A fonte disse ainda que o desejo do governador Siqueira Campos é de que seu sucessor comece a governar com o orçamento intacto, por isso a sua decisão de antecipar sua renuncia será anunciada antes de sua saída. Siqueira fará um giro em todo o Estado, comunicando aos companheiros e à sociedade do seu desejo de ser Senador da República, onde, do alto de sua experiência como vereador, cinco vezes de deputado federal, sendo um deles constituinte, e quatro mandatos de governador, espera contribuir para o crescimento do Estado do Tocantins e do Brasil de forma efetiva e eficaz, direcionando recursos e ações federais como nenhum senador jamais o fez em toda a história tocantinense.
O caldeirão sucessório começa a ferver e, se confirmada a antecipação da renuncia do mandato de governador, a sucessão estadual entra definitivamente em campo, dando tempo ao eleitor para conhecer as propostas dos partidos, das coligações e dos candidatos, quem realmente será candidato a governador, quantos serão e quais serão os candidatos a vice-governador.

Em busca de apoio

É sabido que o processo sucessório passa por diversas etapas, e que, para consolidar uma candidatura viável, competitiva, com respaldo nas bases, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, lideranças políticas e partidos, é necessária uma imensa infraestrutura e, principalmente, dinheiro, muito dinheiro, além de deixar clara a principal bandeira, o plano de governo, ter bons candidatos a deputado estadual e federal, senador e vice-governador, ter uma base em quase todos os municípios, e, atualmente, não estar respondendo a nenhum processo. A oposição ficou desorientada com ida da maioria dos prefeitos para a base governista, principalmente o partido Solidariedade, que recebeu adesões de deputados federal e estadual, vereadores e centenas de lideranças de diversos partidos da oposição.
Um líder e dirigente de um partido de oposição nos fez uma colocação sobre o estrago que o secretário Institucional, Eduardo Siqueira Campos fez aos partidos de oposição na Assembleia Legislativa, nas prefeituras administradas por partidos de oposição, e que migraram para o novo partido Solidariedade, que tem como presidente, o presidente da Assembleia Legislativa o deputado Sandoval Cardoso. Foram para a nova sigla 50 prefeitos, vários deputados estaduais, um deputado federal – Eduardo Gomes – e um senador – Vicentinho Alves.
Esse líder nos relatou que acredita que o governo jamais terá condições de cumprir todas as promessas que fez aos prefeitos adesistas, mas, foi taxativo: “se der conta de cumprir, para tudo”. Ainda segundo ele “o Estado está quebrado, não tem dinheiro em caixa e o secretário Eduardo Siqueira Campos “está blefando”.

O tempo é o senhor do futuro.

Oposição

A Oposição ao Palácio Araguaia patina desde o nascedouro. O PMDB, de Jr. Coimbra, Marcelo Miranda, Carlos Gaguim e da senadora Kátia Abreu, virou rival da Rede Globo no horário das oito da noite e vem protagonizando – e agonizando - uma novela de muitos e muitos capítulos. O ruim para o partido é que é uma novela aonde os personagens vão sendo eliminados um a um – já se foram quatro deputados estaduais, vários prefeitos, vereadores e lideranças do interior - e, caso haja intervenção, a novela pode terminar apenas com os principais atores, sem um fundamental elenco de apoio.
A sorte é que o PMDB é uma legenda forte, de tradição e, atualmente, conta com o apoio da Presidente Dilma e tem como provável candidata ao senado ou ao governo a senadora Kátia Abreu. Kátia, aliás, tem um trunfo na manga que pode tirar o PMDB do papel de mero coadjuvante e transforma-lo, de novo, em protagonista, que é a provável coligação com o PP, que resultaria em uma chapa trazendo o competente e respeitado Roberto Pires, presidente da FIETO, como candidato ao governo do Estado e a senadora como candidata à reeleição.

O PT, do ex-presidente Donizeth Nogueira, anunciou que terá um candidato próprio ao governo, mas terá que se contentar apenas com sua minguada força regional, pois não tem prestígio algum junto ao governo federal, pois nunca conseguiu eleger nenhum representante estadual para o Congresso Nacional e corre sério risco de ser devidamente enquadrado pela cúpula nacional – que forçaria uma coligação e eliminaria a candidatura própria - durante as convenções..
O PROS, do senador Ataíde, que se uniu no Congresso Nacional com o PP, formando a terceira maior bancada na Câmara dos deputados, declarou total apoio a reeleição da presidente Dilma, dando ao senador a escolha para construir uma candidatura própria ou uma união com o PP tocantinense, engrossando o time do empresário Roberto Pires.
O PR, PRTB e o PTN do senador João Ribeiro, que estava animadíssimo com a notícia da total recuperação de sua saúde, estão com reuniões regionais agendadas, promoetendo um grande encontro em Palmas, com lideranças das 3 legendas.
Esses planos sofreram um baque quando o senador teve que ser levado às presas, em uma UTI aérea, até São Paulo. Segundo uma fonte, o traslado de emergência foi devido a uma forte gripe somada a um pequeno problema respiratório, pois a imunidade do senador está muito abalada devido ao tratamento de uma doença rara contraída por ele.
João Ribeiro tem um nome consolidado, serviços prestados ao Estado e a vários municípios, foi membro do conselho político do ex-presidente Lula, sua filha, a deputada Luana Ribeiro, foi candidata à prefeita em Palmas com o apoio do ex-governador Marcelo Miranda e do prefeito da época, Raul Filho, e ficou em terceiro lugar, bem abaixo da expectativa de votos.
Agora, os parceiros aguardam para saber o caminho a seguir. Provavelmente, só ano que vem se Deus permitir, já que a recuperação do senador dá indícios de que será lenta.

Certeza única
Mas, de uma coisa pode-se ter certeza: a oposição ao Palácio Araguaia terá candidatos fortes ao governo do Estado e ao Senado. A parada vai ser dura, a oposição terá dois, no máximo três candidatos e, segundo pesquisas, haverá, sim, um segundo turno, independente do candidato do Palácio Araguaia.
A eleição será disputada a milímetro a milímetro e, quem errar menos, daqui pra frente, terá mais chances de vitória.
Um sonho da oposição seria a elegibilidade do ex-governador Marcelo Miranda, que está na expectativa de que até 12 de dezembro o STJ, devolva a Marcelo o mandato de senador, que o povo tocantinense lhe outorgou. Segundo os analistas de plantão, este sonho tem 90% de chances de tornar-se realidade até 20 de fevereiro – ou a qualquer momento.