Por Rogério de Oliveira
A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Especializada na Repressão a Crimes Praticados contra Concessionárias de Serviços Públicos (Derfae), deflagrou, na tarde da última quinta-feira, 16, uma operação de repressão a compra e venda de baterias furtadas de empresas de telecomunicação. A ação, que teve o apoio da Diretoria de Inteligência da SSP, resultou na autuação de quatro pessoas suspeitas pela prática do crime de receptação desse tipo de equipamento.
Conforme o delegado Elírio Putton Júnior, responsável pelo caso, o eletricista Omar Soares Benigno estaria vendendo baterias furtadas de estações de transmissão de empresas de telefonia. Por meio das investigações, os agentes da Derfae descobriram que ele já trabalhou como instalador de equipamentos terceirizado para empresas de telecomunicação o que facilita sua atuação nesse mercado clandestino.
Além disso, os agentes descobriram que havia uma ligação clandestina na residência do suspeito, através do qual ele realizava furto de energia elétrica. Os policiais civis também encontraram substância entorpecente na casa de Omar, que também foi autuado por posse de drogas.
Também foram identificadas três pessoas que adquiriram baterias de Omar, para uso em equipamentos de som automotivos, as quais também foram autuadas por receptação culposa. A investigação realizada contou com apoio da Diretoria de Inteligência da SSP, atuando em um amplo monitoramento da rede de comércio paralelo desse tipo de equipamento.
Foram apreendidas ao todo seis baterias de grande autonomia, de uso exclusivo para empresas de telecomunicação. Uma estimativa provisória é de que o valor total das baterias recuperadas pela polícia civil gira em torno R$ 10.000,00.
Ainda segundo o delegado, trata-se de um crime grave. “Esse tipo de crime afeta diretamente a população, pois com a retirada das baterias nas estações, as antenas instaladas deixam de irradiar o sinal, causando interrupção do serviço de telefonia móvel, voz e dados para milhares de pessoas”, ressaltou.
Omar foi indiciado pelos crimes de Receptação Qualificada, Furto de Energia e Posse de Drogas. Após os procedimentos cabíveis, o indivíduo foi encaminhado à carceragem da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário. Se condenado, Omar pode pegar uma pena de até 12 anos de reclusão.