Acordo estabelece adequações entre 13,3% e 31,2% e foi recusado por docentes de universidades federais
Por Lis Cappi
Uma proposta do governo Lula (PT) para o reajuste de professores de universidades e institutos federais foi mal recebida por docentes na reunião desta segunda-feira (27). A adequação, para os anos de 2025 e 2026, foi aceita apenas por educadores do ensino técnico, tecnológico e institutos federais.
O acordo firmado prevê reajuste de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, com reestruturação da progressão de níveis de carreira. Também foi definida uma adequação que permite um reajuste maior no início da carreira.
A proposta ainda estabelece que cada classe e nível tenha fatores diferenciados - de forma que não seja mais unificado. A variação será entre 13,3% e 31%.
A proposta foi aceita pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), mas recusada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
O Secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação, José Lopez Feijóo, afirmou que o governo tem tentado as negociações dentro dos limites orçamentários. "Temos buscado construir a melhor proposta possível", afirmou em nota do ministério. O Andes, por sua vez, afirmou que irá apresentar uma contraproposta para seguir com a negociação junto ao governo.