O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que o projeto que trata da reoneração da folha de pagamento deve ser votado já nesta semana.
O texto é a última das propostas apresentadas pelo governo dentro do pacote para equilibrar as contas públicas. Juntamente com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), Jucá participou nesta segunda-feira (10) da elaboração de uma agenda suprapartidária de interesse nacional, que reuniu os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; e de Minas e Energia, Eduardo Braga. A ideia é que o Congresso Nacional contribua com o governo na busca de soluções que apontem para a retomada do crescimento e o aumento da segurança jurídica.
Jucá lembrou que, desde o início do ano, a posição do Senado tem sido de fazer o ajuste rapidamente e dizer que é preciso ir além.
— Queremos virar essa página. Começar a tratar efetivamente da construção e do crescimento.
Segundo ele, a agenda da retomada da atividade econômica é a que interessa mais ao povo brasileiro e prioriza medidas para melhorar o ambiente econômico, contribuindo com a criação e a manutenção de empregos.
— Nós não podemos entrar no ano depressivos. Temos que virar a página e sair desse problema que o Brasil vive hoje.
Diálogo
Jucá destacou a importância do diálogo entre os partidos para que se defina um caminho que garanta a segurança jurídica, a volta da credibilidade do governo e a previsibilidade da economia, de modo a criar as condições para a retomada dos investimentos.
O senador espera que esse conjunto de propostas seja apresentado ainda em agosto.
— Temos uma série de medidas que estão sendo discutidas, que no momento oportuno serão apresentadas. O Senado está capitaneando esse processo de animação econômica — afirmou.
Jucá destacou que o governo está buscando “construir pontes”, mas que é preciso ver os termos para essa construção.
— O Congresso tem que colocar aquilo que defende. A partir daí, procurar convergência. Acho que, no momento grave que o país está vivendo, temos que tentar construir essa convergência para superar a dificuldade econômica. Se conseguirmos, será uma vitória da política — analisou, ao informar que participaria, na noite desta segunda-feira, de um jantar com a presidente Dilma Rousseff.
O parlamentar avalia que a dificuldade política vivida pelo país também é resultado da falta de uma agenda econômica.
— Na hora que não tem uma agenda que norteie os esforços, termina havendo processos divergentes, que cada um puxa para um lado.
Segundo ele, o entendimento político deve ser baseado em propostas para o país.
—Não estamos falando do apoio ou não ao governo. A questão não é partidária. A questão é de sobrevivência e de construção de uma nação. Se não tivermos isso, nós vamos estar falhando com a população brasileira, que vai cobrar a conta de cada um.
Agência Senado