PSDB afirma que Lula usou pronunciamento para espalhar dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador
Com Estadão
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou por meio de nota divulgada neste domingo, 28, que irá à Justiça contra o pronunciamento feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na TV e no rádio, sobre projetos do governo e responsabilidade fiscal.
Na nota, Perillo afirma que "neste domingo, 28 de julho, o presidente usou desse expediente para fazer propaganda da divisão do país da qual ele é um dos protagonistas e espalhar dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador neste ano".
Segundo o presidente do PSDB, o partido irá à Justiça contra o governo federal "por uso indevido da convocação da rede nacional de rádio e TV". "Quando o presidente da República convoca rede nacional de rádio e TV nós esperamos alguma informação relevante", afirmou a nota.
Ao Terra, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que o pronunciamento foi uma prestação de contas do governo. "Após sermos informados, o governo analisará a ação", destacou a Secom.
Em seu pronunciamento, o presidente voltou a falar que não abrirá mão da responsabilidade fiscal. "Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho", disse Lula. "É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais", completou.
Lula usou o pronunciamento de sete minutos para fazer um balanço dos resultados do 1 ano e meio de governo. Ele também listou dentre as conquistas no atual mandato a aprovação da reforma tributária, que agora passa por uma etapa de regulamentação no Congresso Nacional. "Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne", afirmou.
No discurso, o chefe do Executivo ainda falou que assumiu a presidência de "um país em ruínas" e que sua gestão está atuando na "reconstrução". Entre as ações, ele destacou o reajuste do salário mínimo acima da inflação, o controle da inflação, a volta do Farmácia Popular. O presidente ainda disse que o Brasil voltou a priorizar a proteção do meio ambiente e destacou o Plano Safra, nas palavras dele, "o maior da história para financiar a agricultura".
"Apostavam que o crescimento do PIB não passaria de 0,8%, mas crescemos quase 3% no ano passado, e vamos continuar crescendo", afirmou.