Por Edson Rodrigues
A Fundação Rádio Difusão Educativa (Redesat) é um elefante branco, com bons funcionários na área de publicidade, jornalismo e técnicos com cursos nas áreas em que atuam e longa vida de trabalho, mas sem comando, sem compromisso com o próprio governador. Sem nenhuma finalidade que alcance qualquer benfeitoria a social.
A Redesat como é conhecida, trata-se de um grupo de comunicação do Governo do Tocantins, com a função de divulgar os acontecimentos do Estado. A empresa é composta por rádio e televisão. No rádio a programação é veiculada pela FM 96,1. Já na televisão, Opera no canal 13 VHF e é afiliada à TV Brasil. Seu dever é trabalhar programas voltados para a cultura e educação do Estado. O que não ocorre.
Em 2015, a Assembleia Legislativa encaminhou um projeto de Lei no qual solicitava que o órgão tornasse independente. No entanto, em junho o governador Marcelo Miranda colocou-a como parte integrante da secretaria de comunicação do Estado. Já em setembro, por meio de uma lei complementar a estrutura da Redesat foi modificada. Passou a fazer parte da Secretaria de Educação. Neste mesmo período 22 novos cargos comissionados foram destinados à direção de chefia, e assessoramento.
No início deste ano, o Jornal do Tocantins veiculou uma matéria no qual destacava que um dos desafios do governo era conter gastos. O material trouxe ainda a informação de que comparado com 2015, ocorreu um aumento de recursos na folha de 19 secretarias e autarquias. No topo está a Redesat com um aumento de 644,69%. “A previsão de despesa saltou de R$ 3,9 milhões em 2015 para R$ 29,2 milhões esse ano”, segundo dados do JTO.
Segundo relatos de funcionários da Redesat, alguns que estão na instituição desde a criação do Estado, e até pessoas do segundo escalão, há uma falta de diálogo por parte dos dirigentes da empresa. Conforme relatos de pessoas que trabalham na instituição, a gestão atual demonstra indícios de um comportamento ditatorial. Com quase dois anos a frente da entidade, representantes do primeiro escalão jamais reuniram-se com os profissionais para apresentar programas voltados para o fortalecimento da empresa.
Hoje com um baixíssimo índice de audiência, com alcance em poucos municípios do Estado e com jornais considerados desinteressantes, com abordagem retrógrada, em Palmas, por exemplo, a cada mil aparelhos,a média é que um esteja conectado na emissora, infelizmente não há motivos concretos para que a instituição continue a existir.
A previsão de gastos com a empresa? R$29,2 milhões em 2016. Valor pago com dinheiro público que poderia ser investido em várias outras áreas como na saúde, que hoje falta materiais de higienização, material cirúrgico e medicamentos. Na educação com capacitação professores, ampliação do número de escolas públicas. Na segurança com viaturas e profissionais aptos a desenvolver as funções. Com o alto índice de drogas, é importante o policiamento preventivo na porta das escolas, e até mesmo em praças da capital, como de outros municípios.
Uma saída para o governo do Tocantins seria terceirizar a Redesat a um baixo custo, absorver o quadro de funcionários efetivos em outras funções da comunicação e por fim a este elefante branco mal dirigido que como gafanhoto destrói os recursos pagos pelo contribuinte, são milhões por ano, escorregando pelo ralo da irresponsabilidade com o erário público.