STF tem culpa por ameaça de trans bater em aluna em banheiro na UNB (vídeo)

Posted On Segunda, 19 Dezembro 2022 06:02
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Aluna trans foi questionada por usar banheiro feminino e reagiu ameaçando meter mão na cara de colega. Aluna trans foi questionada por usar banheiro feminino e reagiu ameaçando meter mão na cara de colega. Foto: Reprodução Twitter Redação

Supremo não julga caso, e aluna quase apanha na cara, ao questionar dividir banheiro com alguém biologicamente do sexo masculino

 

Com Diário do Poder

 

Ainda repercute o caso de ameaça de agressão física sofrido por uma aluna da Universidade de Brasília (UNB) que reagiu contra a presença de uma trans no banheiro feminino do Restaurante Universitário, na última terça-feira (13). O debate sobre transexuais usarem banheiros públicos de acordo com a identidade de gênero está no Supremo Tribunal Federal (STF) há sete anos.

 

A vítima tratou como “cara” a aluna trans ao demonstrar insegurança com a presença de alguém biologicamente do sexo masculino. E foi ameaçada: “Eu não são sou um cara. Não tem nada que me impeça de meter a mão na sua cara. Você me respeite!”, disse a mulher trans, aos gritos, partindo para cima da aluna, na saída do banheiro.

 

O momento da reação violenta foi filmado pela própria vítima. E há imagens da jovem saindo escoltada do local, enquanto a aluna trans grita com ela.

Os ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, votaram para que mulheres trans tenham direito a usar o banheiro feminino e que homens trans utilizem o masculino. E o ministro Luiz Fux pediu mais tempo para analisar o caso, que não tem previsão de voltar à pauta, desde 2015.

 

Para a oficial de Igualdade e Direitos Para Todos do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), Ariadne Ribeiro, é fundamental garantir a segurança de pessoas transexuais em ambientes coletivos.

 

“Essa confusão, essa falta de conhecimento da sociedade sobre as questões trans, fazem que questionamentos impeçam direitos fundamentais. Imagina qual é a angústia de um ser humano que fica impossibilitado de ir ao banheiro simplesmente por causa desse tipo de violência, de agressão. É importante que elas saibam que o banheiro masculino para mulheres trans é exatamente violento como elas imaginam que seria se tivesse um homem no banheiro delas”, afirmou Ariadne Ribeiro, ao G1.