SUCESSÃO ESTADUAL: CHAPA GOVERNISTA SERÁ DE CONSENSO. OPOSIÇÃO FOCA EM LAUREZ

Posted On Segunda, 10 Março 2025 07:08
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Como já está virando moda nas eleições no Brasil, ao que tudo indica a sucessão estadual em 2026 terá, mesmo, apenas duas arquibancadas. Uma formada pelo grupo palaciano, coordenada pelo governador Wanderlei Barbosa, e outra oposicionista, liderada pelo vice-governador Laurez Moreira. A polarização política parece que está dando as caras no Tocantins novamente.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Em primeiro lugar é necessário lembrar que sem infraestrutura político-partidária e, principalmente, financeira, não há condições de uma chapa de quem quer que seja, de sobreviver à campanha e conseguir vencer a eleições de outubro do ano que vem. Isso é fato.

 

GRUPO PALACIANO

 

 

O governador Wanderlei Barbosa tem garantido aos seus companheiros e aliados que pretendem fazer parte da chapa majoritária em 2026, que a definição dos nomes sairá de um consenso dentro do próprio grupo político, e após ouvir as bases. Isso inclui os líderes políticos, os presidentes de partidos, prefeitos, vereadores deputados federais e estaduais, e os dois senadores. E essa decisão passará, também, pelo crivo das vozes das ruas, do povo, por meio de pesquisas de opinião pública.

 

Wanderlei Barbosa vem ressaltando dentro do grupo político que cada um precisa fazer o seu papel individual em busca da construção de uma candidatura, pois as eleições municipais mostraram que não basta ter aliados fortes, como o próprio Wanderlei Barbosa. As candidaturas precisam ter conceito, conteúdo e, principalmente, serem viáveis e competitivas.

 

Os nomes no grupo palaciano que se propõem a ser candidatos a governador são os da senadora Dorinha Seabra e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Amélio Cayres. Para as duas vagas no Senado o único nome garantido é o do senador Eduardo Gomes que concorrerá à reeleição por mérito próprio e pela qualidade dos serviços que tem prestado ao povo tocantinense. A outra vaga está, no momento, sendo disputada pelos deputados federais Carlos Gaguim e Alexandre Guimarães.

 

Cabe ressaltar que o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira solicitou ao governador Wanderlei Barbosa, presidente estadual da sigla no Tocantins, a inclusão de um nome do Republicanos na chapa majoritária.

 

Com esse novo fator, há a possibilidade de uma negociação da executiva nacional do Republicanos com o governador Wanderlei Barbosa, para que Amélio Cayres seja candidato a  deputado federal e Alexandre Guimarães passando a ser um dos candidatos ao Senado. Lembrando sempre  que em Política não existe a palavra “impossível”.

 

A hipótese de Alexandre Guimarães participar da chapa majoritária do grupo palaciano, pode significar a entrada de um partido grande no Congresso Nacional – MDB – e mais fundo partidário, maior tempo no Horário Eleitoral Obrigatório de Rádio e TV e um maior número de candidatos a  deputados federal e estadual, engrossando a quantidade final de votos.

 

OPOSIÇÃO

 

 

A oposição, como sempre aconteceu na história política do Tocantins, ainda não está unida, mas a campanha para governador que já está nas ruas é a do vice-governador Laurez Moreira e, ao que tudo indica, parece ser a única candidatura viável.

 

As oposições ao Palácio Araguaia estão se movimentando, articulando entre si, buscando se agrupar. Dificilmente Laurez Moreira terá qualquer declaração pública de apoio político à sua candidatura a governador de nenhum prefeito dos 27 maiores colégios eleitorais do Tocantins, pois seria um risco muito grande, já no primeiro ano de gestão para os prefeitos, se posicionarem contrários ao Palácio Araguaia.

 

Diante desse quadro só resta ao vice-governador, já que não terá seu nome associado a qualquer obra desta gestão, continuar a dar seus pulos em busca de adesões políticas de peso, pois precisa mostrar aos seus apoiadores, que sua candidatura está crescendo e terá chances de chegar viva em agosto de 2026.

 

 

Para isso Laurez vai precisar de uma agenda positiva, com a presença de lideranças  políticas com pré-candidaturas majoritárias para 2026, e não esquecer de começar, o mais breve possível, as pré-candidaturas a deputado federal e estadual, pois essa demonstração de capacidade política por parte do vice-governador vem sendo esperada e observada pela imprensa, pelos formadores de opinião e pelos próprio pré-candidatos oposicionistas.

 

Laurez ainda precisa cuida de conseguir infraestrutura de campanha o mais breve possível, pois sem ação não há como empolgar a militância.

 

A pré-candidatura de Laurez é viável e legítima e, até agora, não sofreu nenhum revés contundente e, pelo fato de estar havendo essa polarização na disputa pelo governo do Estado nas eleições de 2026, nenhuma das duas candidaturas pode ser subestimada já que, para haver um ganhador, haverá um perdedor.

 

CANDIDATURA SEM A MÁQUINA DO PODER GOVERNAMENTAL

 

 

A já reiterada afirmação do governador Wanderlei Barbosa de que não vai renunciar para concorrer ao Senado, naturalmente o coloca como principal coordenador da chapa majoritária do grupo palaciano.

 

Desta forma, Laurez Moreira terá que construir sua própria infraestrutura junto com os partidos de oposição que tem detentores de mandatos na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, prefeitos e vereadores que pretendem ser candidatos nas eleições de outubro de 2026.

 

Outro fator a ser levado em consideração por partidos, grupos políticos e pré-candidatos, são as movimentações das cúpulas nacionais dos partidos, que negociam freneticamente fusões e federações partidárias que valerão já para as eleições de 2026.

 

Alguns Personagens da politica para 2026 

 

Desta forma a composição das estruturas partidárias do grupo palaciano e das oposições pode ser definida em Brasília, sem a participação de nenhuma liderança política tocantinense, já que  as decisões das cúpulas são tomadas sem ouvir as bases e sem considerar as adequações políticas regionais.

 

As fusões e formação de federações estão sendo debatidas há muito tempo pelas lideranças nacionais dos partidos que, inclusive, deram prazo semelhante para as definições: este mês de março. Ou seja, tudo pode virar de ponta cabeça na composição político-partidária no Tocantins.

 

Ou não.

 

WANDERLEI EM BRASÍLIA

 

Enquanto as definições sobre as eleições majoritárias de 2026 correm soltas no Tocantins, o governador Wanderlei Barbosa, apesar de atento e ativo nas articulações políticas, estará em Brasília nesta segunda-feira, com a agenda lotada de encontro e reuniões com ministros e técnicos do governo federal, além de ter agendado um encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A intenção de Wanderlei Barbosa é captar mais recursos federais para uma extensa agenda positiva de investimentos em diversas áreas de sua gestão, atendendo às reivindicações dos municípios. Juntando esses recursos que busca em Brasília às emendas de bancada e individuais dos parlamentares tocantinenses, para que todos os 139 municípios sejam contemplados.

 

Politicamente, o govenador deve concluir a maioria das obras às quais esses recursos serão destinados, já no ano de 2026. Como ele não será candidato a nenhum cargo eletivo, a entrega dessas obras beneficiará diretamente as candidaturas majoritárias e proporcionas da base palaciana.

 

Trabalhando com inteligência e sem picuinhas, Wanderlei mantém sua popularidade em alta e deixa um futuro promissor para a sua vida política.

 

Quem planta, colhe.