Saladão a vista
Por Edson Rodrigues
O jogo sucessório já é conversa preferida nos bastidores dos diversos partidos políticos do Estado. E pelo visto a ‘briga’ pela sucessão municipal não será pequena. Dois novos partidos estão saindo da fôrma e todos intimamente ligados e alimentados pelo Palácio do Planalto. Além do partido da rede da Ex-Senadora Marina Silva, nenhum outro terá verba do fundo partidário, nem horário gratuito de TV. Porém, nas eleições municipais que se avizinham esses mesmos partidos, sem horário em rádio e televisão, poderão coligar com partidos monitorados pela base do Palácio do Planalto.
NO TOCANTINS
Não resta dúvidas que já existe um esquema devidamente arquitetado por um gabinete ministerial em Brasília, que irá entrar em ação após as eleições das mesas diretoras da Câmara e do Senado, que ocorrerão no primeiro dia útil de fevereiro. Rumores dão conta de que os alvos serão lideranças políticas. Ex-prefeitos, ex-vereadores, ex-deputados e diversos prefeitos terão os cofres do Governo Federal abertos. Claro que para isso, os ‘novos companheiros’ deverão fazer parte da base politica da presidente Dilma Rouseff.
Muitas surpresas para os próximos dois meses devem movimentar o ‘caldeirão’ da política do nosso Estado. Com um orçamento ‘virgem’ em todos os ministérios, FPM em queda e o Estado com as finanças no vermelho, é sabido que o jogo de sedução à Prefeitos será pesado. A grande maioria dos prefeitos não conseguiram, se quer, pagar o 13º salário dos servidores. Investimentos zero e muitas dívidas é um cenário comum a muitos. Trocando em miúdos, o descontentamento da sociedade em cada município com seus prefeitos é estrondoso e muitos desses, governam sem planejamento, com péssimos auxiliares que só corroem a folha de pagamento.
Com o aumento do piso salarial do magistério ( R$ 1.917,78), a ‘coisa’ ficou feia. E, se as eleições municipais fossem hoje, no máximo 35% dos atuais prefeitos teriam chances de disputar uma reeleição com possibilidades reais de vitória. Então já pensando em 2016 e, se não houver um milagre que melhore as finanças, a ‘coisa’ vai ficar mais feia. O país passa por uma recessão; as vendas de carros, motos e maquinários caíram; as montadoras estão demitindo automaticamente; em fevereiro os repasses de FPM e FPE correm o risco de queda, já que não havendo venda nas indústrias não há impostos recolhidos. Esse é o Quadro Geral que os senhores Prefeitos terão que enfrentar. Nesse sentido, a falta de um bom secretariado que elabore bons projetos para buscar e conseguir recursos em Brasília e outro gargalo das administrações municipais, que em sua maioria são formadas por compadres, amigos e parentes dos Prefeitos. Isso é uma realidade no Estado.
Essa conversa que o governo da Presidente Dilma só olha para prefeitos de sua base é mentira. Um dos melhores governadores do Brasil é o goiano Marconi Perillo (PSDB) e ele já conseguiu muitos milhões do governo petista para sua administração. Outro exemplo é o prefeito de Santa Rosa, Ailton Araújo (PSDB) que também está em dia com suas contas e também já conseguiu uma boa parceria com o Governo Federal do PT, nesta nova gestão.
Voltando à Sucessão
Será árdua e bem disputada. Nos 10 maiores colégios eleitorais é onde a disputa será maior. Nestes municípios: Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso, Colinas, Formoso do Araguaia, Dianópolis, Taguatinga e Miracema, deverá haver três ou mais candidatos além, claro da candidatura de alguns dos atuais prefeitos. Dessa forma, o ‘saladão’ está se formando e será degustado por todos nós nestes próximos.
Quem viver verá.