A AMEAÇA DA FOME E A IMPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO DA SITUAÇÃO

Posted On Segunda, 08 Novembro 2021 05:43
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Dados sobre o preço da cesta básica em várias capitais brasileiras, divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) esta semana, desnudaram a realidade catastrófica que assola o país. Há locais, como em Brasília, em que os itens tiveram mais de 31% de aumento nos últimos 12 meses.

 

Por Edson Rodrigues

 

 

O órgão, que é referência na aferição de indicadores econômicos, pesquisou a inflação sobre a cesta básica em 17 capitais e em todas elas o valor subiu em índices sem precedentes.

 

Como mencionado anteriormente, a capital federal registrou aumento de 31,65% no acumulando dos últimos 12 meses, enquanto São Paulo, a maior cidade do país, apresentou 16,13% no mesmo período. Campo Grande (MS), Curitiba (PR) e Vitória (ES) foram outras cidades, de diferentes regiões, que anotaram elevadíssima inflação na cesta, com 25,62%, 22,79% e 21,37% respectivamente.

 

Em valores absolutos, a cesta básica mais cara do país é a de Florianópolis (SC), que sai por R$ 700,69. Exatamente um ano atrás, o preço era de R$ 530,42 na capital catarinense. Se tomado como ponto de partida o valor de lá, o salário mínimo brasileiro deveria ser de R$ 5.866,50, informa o Dieese.

 

Insegurança alimentar explode

 

Um levantamento divulgado há menos de um mês pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN) revelou que, no período analisado pelos pesquisadores, entre os dias 5 e 24 de dezembro de 2020, apenas 44,8% dos lares brasileiros tinham moradores e moradoras em situação de segurança alimentar, ou seja, 55,2% das residências enfrentavam insegurança alimentar, que representa um assustador aumento de 54% desde 2018 (36,7%).

 

A situação retratada pela Rede PENSSAN era ainda mais grave na regiões Nordeste (70%) e Norte (60%), onde a maior parte da população não consegue garantir alimentação adequada diariamente. Como os dados são relativos a um período de 11 meses atrás, com os indicadores atuais de inflação e desemprego ainda mais gritantes, é de se supor que os números sobre insegurança alimentar tenham se agravado por todo o Brasil.

 

Ossos, restos, carcaças… Tudo vira “alimento”

 

Quem entrava em açougues ou supermercados, desde a década de 80, via um cartaz que dizia “temos osso e pelanca para cachorro”. Por mais que a venda desse tipo de “resíduo” de carne bovina sempre estivesse ali, para ser dado ou vendido a preços irrisórios, uma nova prática, bem atual, vem assustando os cidadãos nos últimos tempos: a venda de produtos que seriam praticamente destinados ao lixo, vistos como resto, para a alimentação humana.

 

 

 

O buraco econômico e social fez proliferar por todo território nacional os anúncios que oferecem ossos, carcaças de frango, pés de galinha e pelanca para “reforçar” a dieta de seres humanos que viram seus empregos, renda e dignidade serem implodidos.

 

Até o macarrão instantâneo, popularmente chamado de “miojo”, teve um salto nas vendas, segundo a indústria que o produz. O que antes era visto como uma extravagância ou imprudência alimentar de adolescentes, hoje figura como gênero base para manter de pé famílias inteiras que driblam a fome para seguirem vivas.

 

Um supermercado de Belém, no Pará, está vendendo restos de peixe (vísceras, espinhas e cabeças) a R$ 3,90 o quilo. O “produto” é apenas mais um no rol de sobras e resíduos de baixíssima qualidade que vêm dominando as prateleiras do comércio de alimentos em todo país por conta do empobrecimento em marcha acelerada da população.

 

 

Numa rodovia que corta o estado do Mato Grosso, próximo ao município de Várzea Grande, o que chama a atenção é a placa ofertando pelanca a R$ 0,99. A imagem embrulha o estômago porque nos leva a pensar em como alguém consumiria tal coisa.

 

Tudo isso provocado pelos efeitos da pandemia sobre a economia munidal.

 

TOCANTINS

 

Os dados nacionais apontam que estamos caminhando a passos lagos para uma situação catastrófica, com uma onda de famintos espalhada pelo Brasil, caso não haja decisões governamentais para evitar que milhões de famílias caminhem para a extrema pobreza.

 

 

Caso contrário, estaremos vivendo um clima parecido com o da Venezuela, com saques nos supermercados, aumento nos casos de furtos e mortes provocadas pela fome.

 

A fome encoraja qualquer pai de família, desempregado, vendo seus filhos passar por necessidades a fazer qualquer coisa, inclusive matar.

 

O governador em exercício, Wanderlei Barbosa, filho de família humilde, cresceu vendo seus pais desenvolverem um intenso e importante trabalho social, talvez o maior e melhor já visto em Palmas, tocado por seu pai, Fenelon Barbosa e por sua mãe, a saudosa Dona Maria Rosa, com distribuição de cestas básicas, kits de construção, casas populares e possibilitando a aquisição de terrenos com preços populares.

 

 

Sua personalidade e seu perfil de homem do povo, o levaram a garantir a continuidade dos projetos e programas sociais desenvolvidos pela secretaria do Trabalho e Ação Social do Estado, capitaneada com competência pelo secretário José Messias e sua equipe, que vem fazendo do Tocantins exemplo para todo o Brasil.

 

Cabe a Wanderlei, agora, ante o recrudescimento da situação, garantir mais recursos no Orçamento de 2022, a ser votado nos próximos dias na Assembleia Legislativa – e os próprios deputados estaduais, também – para manter a excelência dos serviços prestados pelo Estado tocantinense na área social, e manter a distribuição de cestas básicas e kits de higiene pessoal para os 139 municípios, por meio de emendas impositivas, atentando para a possibilidade de desvalorização da moeda brasileira em até 30%, o que pode significar um aporte maior de recursos.

 

Que nossos deputados estaduais e o governador em exercício, Wanderlei Barbosa sejam capazes de firmar um pacto de bondade para com o povo tocantinense, turbinando o combate à fome e à miséria, dando suporte para que as ações sociais que vêm sendo desenvolvidas com louvor não sofram paralisações nem descontinuidade.

 

AÇÕES POSITIVAS QUE NÃO PODEM PARAR OU SE INTERROMPIDOS

 

Os principais programas e ações com resultados positivos e  que não podem sofrer interrupções nem paralisações são os seguintes:

 

- Entrega Cesta Básica pela Setas - Apoio do Estado no contexto da pandemia (Setas)

Cestas básicas entregues as famílias impactadas pela pandemia da COVID-19, nos CRAS, Escolas, Associações, Entidades Religiosas, Assentamentos,  Comunidades Indígenas e Quilombolas. Entregas em parceria com a SEDUC, Polícia Militar, Bombeiros, SECIJU, ADETUC, Industria e Comercio, Ruraltins e SEMARH.

 

No total foram entregues pelo Governo do Tocantins 1,6 milhões em kits de alimentação escolar e cestas básicas.

 

- PROGRAMA TOCANDO EM FRENTE

 

VALE-GÁS   R$ 10.000.0000,00

 

A iniciativa faz parte do programa Tocando em Frente, lançado pelo Governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, no início do mês de julho deste ano. O programa consiste no fornecimento de recarga do botijão de gás de cozinha (GLP 13 kg) e vai beneficiar mais de 28 mil famílias tocantinenses em situação de vulnerabilidade, por 3 meses a partir de outubro/2021, com renda per capita de até R$ 178,00, que foram impactadas com a pandemia do novo Coronavírus.

 

JOVEM TRABALHADOR   R$ 107.739.173,00

 

Governo do Tocantins sanciona lei que institui o #TOMaisJovem, projeto que faz parte do programa #TOcandoEmFrente e vai inserir mais de 5 mil jovens, de 16 a 21 anos, no mercado de trabalho onde vão desempenhar atividades laborais nos órgãos que compõem a Administração Direta e Indireta da Gestão Estadual. O projeto é direcionado aos jovens que estejam cursando ou tenham cursado todo o ensino fundamental, médio ou de nível técnico na rede pública de ensino, municipal ou estadual, ou como bolsistas da rede privada.

 

O contrato de trabalho será de até 14 meses, oportunizando o primeiro emprego formal remunerado, além de qualificação profissional e atendimento psicossocial e psicopedagógico aos jovens trabalhadores atendidos. O limite de idade não se aplica ao jovem com deficiência.

 

O valor dos contratos está previsto em R$ 491,05 + Vale transporte, para uma carga horária de 4 horas/dia, com duração de 14 meses.

 

- Criança Feliz:

O Criança Feliz atende gestantes e crianças, de até seis anos, incluídas no Cadastro Único, e crianças de até 6 seis anos  beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A SETAS capacita os técnicos da gestão municipal para execução do Programa.  Adesão de 59 municípios PCF,  foram realizadas mais de 53.700 mil visitas realizadas 2019 a 2021, acompanhando 8.472 beneficiários pela equipe municipal, destes 85% são Crianças de 0-36 meses.

 

- Cartão do Idoso:

 

Em 2021 foram entregues 3.303 – Gratuidade em transporte rodoviário intermunicipais de passageiros às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que residem no Estado e têm renda de até dois salários mínimos.

 

- Casa de Apoio Vera Lucia:

 

Em 2021 – Mais de 10 mil usuários foram atendidos na Casa de Apoio e 16.136  refeições entre almoço e jantar, agosto/21.

 

- Segurança Alimentar:

Entrega de 19 caminhões baú refrigerados para auxiliar na execução do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA – Compra Direta, no valor de  R$ 3.389.000,00, por meio do Ministério da Cidadania.

 

- Política do Trabalho

 

Janeiro a agosto de 2021:

 

50.803 Pessoas atendidas pelo SINE

 

873 Trabalhadores colocados no mercado de trabalho

 

3.924 Vagas Captadas

 

9.194 Trabalhadores encaminhados ao mercado de trabalho

 

O SINE do Tocantins é 5º do Brasil e 1º da Região Norte na colocação no mercado de trabalho, proporcionalmente ao total de habitante do Estado.

 

- Benefícios Eventuais

 

O repasse do recurso destinado ao cofinanciamento dos benefícios eventuais será utilizado pelos municípios para atender as famílias em situação de vulnerabilidade social com auxílio funeral, auxílio natalidade, auxílio por vulnerabilidade temporária e calamidade pública devido ao período de calamidade pública em decorrência da pandemia da COVID19.  Repasse de R$ 11.734.200,00 (onze milhões, setecentos e trinta e quatro mil e duzentos reais) referentes aos anos de 2020, 2021,2022, para cumprir as normativas referentes ao cofinanciamento dos benefícios eventuais, destinados aos 139 municípios do Estado.

 

O povo confia em vocês!