A DISPUTA PELAS DUAS VAGAS NO SENADO FEDERAL EM 2026

Posted On Domingo, 06 Abril 2025 05:00
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Para os jornalistas a maneira mais fácil de simplificar para os eleitores um processo sucessório é fazer uma metáfora, uma comparação, com um jogo de futebol, onde os partidos seriam os times, os candidatos – políticos – os jogadores, a vitória na eleição, vencer o campeonato  e os eleitores, o árbitro – mas sem direito ao VAR.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Assim como nos times de futebol que para serem competitivos em um campeonato, é fundamental ter um bom elenco de jogadores – de preferência, os melhores do País em cada posição – , uma boa administração financeira, jurídica e um bom técnico – líder – para estar entre os favoritos para vencer o campeonato e com apoio da “torcida”.

 

E uma eleição para o Senado Federal transforma o campeonato em um dos mais difíceis, tipo a Liga dos Campeões da Europa, a famosa Champion League.

 

Ou seja, fundo eleitoral (dinheiro), não ganha jogo nem vence eleição. É preciso de muito mais componentes para ter estrutura suficiente para convencer um eleitorado que está cada dia mais desconfiado e municiado de informações. Dessa forma, qualquer candidatura ao Senado sem grupo político, sem infraestrutura partidária, sem história nem patrimônio político ou serviços prestados à população tocantinense, estará fadada ao fracasso ou dependente de um componente que não se pode contar com ele para nada, que é a sorte. Sorte, em política, simplesmente não existe!

 

Uma eleição majoritária no Tocantins exige muito mais que a simples vontade de ter o cargo ou achar que tem a simpatia do eleitor.  Simpático por simpático, o povo tocantinense o é por tradição. Exige patrimônio político, que nada mais é que uma carreira política com serviços comprovadamente prestados ao Estado, e ser conhecido e reconhecido pela população.

 

SERVIÇO PRESTADO VAI DECIDIR VAGA AO SENADO

Vale ressaltar que as duas vagas em disputa para o Senado em 2026 não permitirão que candidatos aventureiros ou amadores se criem. A eleição para senador exige, acima de tudo, profissionalismo dos candidatos e das equipes de campanha, em todas as áreas, que o postulante tenha grupo político consolidado e não montado sobre “palafitas”, precisa ter uma frente partidária em sua base e, muito importante, precisa estar de bem com a mídia. E isso só acontece quando o candidato tem serviços prestados e comprovados ao povo e ao Estado do Tocantins. Essa é a principal bandeira de qualquer candidatura ao Senado Federal.

 

 

Os nomes mais cotados no Tocantins para disputar as duas vagas que serão abertas pelo fim dos mandatos de Irajá Abreu, presidente estadual do PSD e Eduardo Gomes, atual vice-presidente do Senado e presidente do PL tocantinense, são os dois próprios senadores já no cargo e os deputados federais Alexandre Guimarães, presidente da Comissão Provisória do MDB no Estado, Carlos Gaguim, presidente metropolitano do União Brasil em Palmas, e Vicentinho Júnior, presidente do Progressistas no Tocantins.

 

 

Tanto Eduardo Gomes quanto Irajá Abreu, guardando as devidas proporções, têm o respeito e o reconhecimento de prefeitos de cidades do interior do Estado, a quem têm conseguido, via governo federal, milhões em recursos de emendas impositivas e emendas de bancada.

 

Nesse quesito, aliás, Eduardo Gomes se destacou dentre todos os senadores que o Tocantins já teve, e, antes mesmo do fim do seu primeiro mandato, já é o recordista em envio de recursos federais para os municípios tocantinenses.

 

E, se levarmos em consideração a distribuição dos recursos de emendas impositivas aos Senadores, o trabalho desempenhado por Eduardo Gomes fica ainda mais surpreendente.

 

Os 81 senadores têm direito ao mesmo valor de emendas à sua disposição. Neste ano são 69 milhões de reais em emendas individuais e mais 48 milhões de reais por parlamentar, destinados às emendas de bancada. Mas esses valores podem ser aumentados de acordo com o bom trabalho, o respeito, à vontade de fazer acontecer e à capacidade de diálogo de cada senador, que pode conseguir recursos diretamente junto aos ministérios. Com a força política de Líder do Governo no Congresso no governo de Jair Bolsonaro, o senador Eduardo Gomes, destinou ao Tocantins em seis anos de mandato, mais de 2 bilhões de reais, já transformados em obras e ações nos 139 municípios do estado.

 

Senadores Eduardo Gomes, Dorinha Seabra, Irajá Abreu e os possíveis e candidatos, Carlos Guaquim, Vicentinho Junior e Alexandre Guimarães, esses deputados federais

 

Agora, mesmo com um governo diretamente antagonista a gestão de Jair Bolsonaro, Eduardo Gomes foi eleito primeiro vice-presidente do Senado Federal com apoio dos parlamentares de esquerda e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e já presidiu o Congresso Nacional por oito dias, durante viagem do presidente da Casa, Davi Alcolumbre a convite de Lula, e presidiu a sessão  mais importante da Casa Alta este ano, que aprovou o Orçamento Federal para 2025.

 

Eduardo Gomes continua sendo o principal político do Tocantins, alcançando cargos até então inimagináveis para políticos  vindos do Estado mais novo da federação, assim como o principal articulador e anfitrião de reuniões, audiências e visitas de políticos tocantinenses, principalmente de prefeitos, nos ministérios e gabinetes mais importantes de Brasília.

 

Deixando bem claro que não podemos subestimar, jamais, a candidatura à reeleição de Irajá Abreu, que reúne um número considerável de prefeitos eleitos n o ano passado, além de ser o presidente estadual do PSD, uma legenda com uma numerosa bancada no Congresso Nacional, cargos e ministérios no governo Lula 3.

 

0 mesmo vale para Carlos Gaguim, que já foi governador do Estado, é um bom articulador, inteligente e destemido,

 

Cada um desses três candidatos ao Senado tem o seu próprio legado político consolidado, chancelado por suas fichas de serviços relevantes prestados ao Tocantins

 

SITUAÇÃO DIFERENTE

 

Já os pré-candidatos a deputado federal têm uma outra realidade em relação aos quesitos que precisam reunir para conseguir êxito. Os deputados estaduais que concorrem à reeleição, já sabem o caminho das pedras.  Os que pleiteiam a Câmara Federal, precisam de um bom marketing político de convencimento, infraestrutura partidária básica e dinheiro.  Muito dinheiro próprio e do Fundo Eleitoral para ter segurança e competitividade.

 

As eleições majoritárias e proporcionais têm vida própria, apesar de ser ealizadas de forma concomitante e envolver candidatos dos mesmos grupos políticos que trabalham com a famosa “dobradinha”

 

COM A PALAVRA, O ELEITOR

 

Com a eleição para os principais cargos políticos do Estado se aproximando – e, principalmente, se antecipando, como está acontecendo com a movimentação intensa de partidos e pré-candidatos – os eleitores tocantinenses precisam ficar extremamente atentos aos projetos e bandeiras de cada candidatura.

 

Além das características já citadas acima, projetos e bandeiras dos candidatos precisam ser coerentes com suas linhas de atuação na política, além dos eleitores pesquisarem para avaliar aqueles que realmente estão honrando os votos recebidos, defendendo e representando a quem o elegeu, se eles são ficha-limpa e têm companheiros de chapas majoritária e proporcional com nomes capazes de dar a competitividade necessária para as candidaturas do grupo político que representam.

 

 

É importante, também, avaliar as candidaturas ao senado que reúnem o maior número de apoios de deputados estaduais e federais candidatos à reeleição e, como já dissemos, grupos políticos fortes, com estrutura partidária, um bom fundo eleitoral e um bom tempo no Horário Eleitoral Obrigatório de Rádio e TV, e se são pessoas capazes de debater e agregar os segmentos estudantil, do agronegócio  e empresarial.

 

Ou seja, não serão os candidatos amadores, aventureiros ou paraquedistas que conseguirão reunir todos os requisitos aqui apresentados.

 

O principal fundamento para qualquer candidatura colocada para a avaliação popular para as eleições de outubro de 2026 são o patrimônio político e o reconhecimento dos eleitores.

 

O jogo de futebol, como comparamos as eleições de 2026 no início desta análise, ainda não começou.  Os times estão na fase de contratações e de montagem do esquema tático distinto  para enfrentar cada um dos seus adversários no “campeonato”, pois cada um deles tem seus pontos fracos e fortes.

 

O momento é de montagem do “elenco”, escolha do “técnico” e definição do “esquema tático”.

 

A única certeza, é que esse campeonato só terá “clássicos”, E com “torcidas” apaixonadas...

 

Boa sorte a todos!

 

 

 

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