Com críticas a Moro, grupo com cerca de 250 advogados, chamado Prerrogativas, tem se organizado para tentar dificultar carreira do ex-ministro
Com Agência Brasil
Após Sergio Moro pedir demissão do governo , em abril deste ano, um grupo com cerca de 250 advogados chamado Prerrogativas tem se organizado para tentar dificultar a carreira do ex-juiz e ex-ministro , segundo o jornal Folha de S. Paulo.
O grupo Prerrogativas nasceu em 2014, se articula por meio do WhatsApp e, segundo seus membros, tem diversidade ideológica e política, com integrantes petistas, tucanos e de centro – com exceção de bolsonaristas. Eles se uniram contra o avanço do autoritarismo, algo que associam a um legado da Lava Jato e da atuação de Moro.
O grupo de advogados entraram com duas ações na Comissão de Ética Pública da Presidência da República pedindo que a conduta do de Sergio Moro fosse analisada.
Eles acusam o ex-minitro de não cumprir o Código de Ética do Servidor por não informar, antes de deixar o governo, as supostas irregularidades que alegou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu – a suposta interferência na Polícia Federal – de negociar favores a Bolsonaro pela vaga no Supremo e por pedir pensão para sua família, quando não tinha direito a isso.
A Comissão determinou que Sergio Moro ficasse seis meses sem realizar atividade remunerada, mas não decidiu sobre as ações do grupo.
O grupo de advogados também analisa pedir para a Ordem dos Advogados do Brasil ( OAB ) que Moro não possa mais advogar, mais ainda não houve consenso quanto a isso.
“Enquanto vigora a discussão se ele preenche ou não as condições para advogar, o papel combativo do Prerrogativas é manter essa postura de cobrar da sociedade um olhar lúcido para o histórico do Sergio Moro enquanto juiz e enquanto ministro da Justiça”, disse ao jornal a advogada Dora Cavalcanti, que teve como clientes executivos da Odebrecht durante a Lava Jato.