Ao mostrar posicionamento duro aos deputados, governador Mauro Carlesse aponta para um futuro livre das rédeas de entidades classistas
Por Edson Rodrigues
Precisou de apenas uma hora para que, em reunião a portas fechadas, o governador Mauro Carlesse mostrasse aos deputados estaduais que o Tocantins não conseguiria sobreviver – econômica e institucionalmente – se abrisse mão da sua independência administrativa e aceitasse ser refém de uma classe de servidores.
Colocado o “preto no branco”, os deputados estaduais do Tocantins aprovaram na noite desta quarta-feira (27) projetos polêmicos relacionados a Polícia Civil no estado. O primeiro é o novo estatuto da PC, que determina procedimentos a serem adotados e punições aos delegados e agentes que desrespeitarem estas regras durante investigações.
O segundo foi o projeto de lei que autoriza o governo a transferir policiais de delegacia sem precisar apresentar critérios técnicos.
O estatuto foi aprovado com 19 votos a favor e três contra. Foram contrários os deputados Júnior Geo (PROS), Luana Ribeiro (PR) e Cláudia Lelis (PV).
Já o texto que trata das transferência teve 20 votos sim; uma abstenção, de Luana Ribeiro; e um voto não, de Júnior Geo.
PULSO FORTE
O resultado das votações mostra, claramente, que nem mesmo a oposição quis contestar as explanações de Carlesse e concordou que a atitude de pulso forte era a mais coerente para a realidade do Estado, que precisa se preparar para um futuro de dificuldades e muita assertividade em suas ações, tendo em vista a recente vitória do Sisepe em relação a aumentos inconsequentes concedidos por governos anteriores.
Se o futuro não se apresenta fácil, só com pulso forte se conseguirá manter a coesão e a necessidade de aprovação de medidas que, mesmo que impopulares, serão as que criarão condições para o Tocantins passar incólume por qualquer crise que venha a se apresentar.
Os sindicalistas têm todo o direito de se manifestar, mas é dever do governo criar condições para que o Tocantins avance e seu povo não sofra.
Oremos!