Por Luciano Moreira (interino)
Enquanto em Palmas os bastidores políticos só falam da tentativa do deputado federal Alexandre Guimarães de persuadir o vereador Alex Mascarenhas a não votar em Marilon Barbosa, fato impossibilitaria a vitória do irmão do governador Wanderlei Barbosa para a presidência da Câmara Municipal, em Araguaína o presidente estadual do MDB já está com fama de traíra.
Vereadores José do Lago Folha Filho (PSDB) e Marilon Barbosa (Republicanos) que foi eleito presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Palmas para o biênio 2025–2026, por 12 × 11 votos
Segundo os principais aliados do prefeito Wagner Rodrigues, partiu, também, do deputado federal Alexandre Guimarães, a articulação para que o vereador Marco Duarte, apoiado pelo prefeito reeleito, acabasse derrotado para a presidência da Câmara Municipal.
Até 48 horas antes do pleito, a reeleição de Marco Duarte (foto) era tida como certa, como chapa única, e com total apoio do prefeito Wagner Rodrigues. Mas, uma articulação política de que vinha sendo urdida em absoluto sigilo mudou o cenário na Câmara no último momento.
A articulação para isso estava bem definida antes mesmo das eleições municipais do ano passado, como o competente jornalista Cleber Toledo publicou a época. Contudo, uma movimentação iniciada cerca de 30 dias antes da posse, mudou tudo. À frente dessa virada de mesa histórica estiveram líderes como o deputado estadual Jorge Frederico (Republicanos), o ex-deputado estadual e atual secretário executivo de Indústria, Comércio e Serviços do Estado, Elenil da Penha, o também ex-deputado estadual Raimundo Palito e o deputado federal Alexandre Guimarães (MDB), que emplacou o novo presidente da Câmara, seu fiel escudeiro Max Baroli (MDB), por 11 votos a 8.
Deputado federal Alexandre Guimarães (MDB)
Derrotado, o vereador Marcos Duarte disse ao jornalista Cleber Toledo que “infelizmente, na política, não temos homens de palavra”, mas amenizou o discurso, depois, afirmando que “tudo faz parte da democracia”.
DIVISÃO NO PAÇO MUNICIPAL DE ARAGUAÍNA
Prefeito de Araguaína Wagner Rodrigues e o vice-prefeito Israel Guimarães
Segundo apurou o Observatório Político de O Paralelo 13, a interferência de Alexandre Guimarães no pleito da Câmara Municipal está sendo vista como traição pelo grupo ligado ao prefeito Wagner Rodrigues e já há uma divisão clara entre os que apoiam o prefeito e os que apoiam o vice-prefeito Israel Guimarães, irmão de Alexandre Guimarães, e os vereadores que votaram e elegeram Max Baroli.
A expectativa é que Wagner Rodrigues assuma uma posição política e defina como será o relacionamento entre os dois grupos que habitam o Paço Municipal.
O certo é que a intervenção do deputado federal e presidente estadual do MDB, Alexandre Guimarães na eleição da presidência da Câmara Municipal de Araguaína, que se juntou aos vereadores de oposição ao prefeito e que apoiam o governador Wanderlei Barbosa para eleger Max Baroli, caiu como uma bomba no grupo político de Wagner Rodrigues, e os efeitos dessa surpresa devem começar a ser notados aos poucos.
CONGELADOR PARA ALEXANDRE E ISRAEL GUIMARÃES?
Vereador Max Baroli é eleito presidente da Câmara Municipal de Araguaína
A pergunta que não quer calar nos bastidores políticos do Estado e de Araguaína é: Alexandre e Israel Guimarães serão colocados no “congelador” do Palácio Araguaia e da prefeitura de Araguaína?
Já se sabe que se dependesse de Alexandre Guimarães, Marilon Barbosa não seria presidente da Câmara Municipal de Palmas e, se não fosse por ele e seu irmão, Israel, vice-prefeito de Araguaína, Marco Duarte seria o presidente da Câmara Municipal de Araguaína.
Como agirão o governador Wanderlei Barbosa e o prefeito de Araguaína Wagner Rodrigues, só o tempo dirá.
Nossa reportagem tentou contato com o deputado federal Alexandre Guimarães para ouvir sua versão dos fatos, mas não obteve sucesso.
Fica aberto o espeço para manifestações futuras dos envolvidos.