Por Edson Rodrigues
Os principais municípios tocantinenses começam a formar os embriões das pré-candidaturas tanto à prefeitura quanto à Câmara Municipal. É bom lembrar que quem não estiver com uma ótima equipe de marketing político, provavelmente não passará dessa fase embrionária da candidatura. Não ganhará corpo nem força suficiente para levar ao público suas propostas.
A veiculação de matérias publicitárias nos canais formais de imprensa regionais e estaduais é de suma importância para que o povo possa tomar conhecimento e fortalecer as pretensões de cada um dos pré-candidatos. Serão tantos pretendentes, que a divulgação publicitária será decisiva na hora da elaboração do voto pelo eleitor.
Apostar na sorte, no voto amigo ou no boca a boca, será considerado sinal de falta de planejamento e de despreparo do candidato que optar por essa forma de campanha, principalmente para os candidatos à reeleição, que não têm quase nada a mostrar.
Já os prefeitos que estiverem respondendo a processos por fraude, corrupção, abuso de poder econômico ou improbidade administrativa, podem considerar “caixão e vela preta” para suas pretensões. Outros que responderem por atos menores, como falta de transparência, contratação de funcionários sem concurso e outras pequenas irregularidades, não denominadas nem associadas a “crimes”, que não causam grandes desgastes públicos, terão a obrigação de investir em um marketing mais agressivo e contundente para convencer os cidadãos.
ARAGUAÍNA
Em Araguaína, a possível expulsão do vereador Marcus Marcelo (foto) do grupo político do prefeito Ronaldo Dimas pode provocar um abalo, uma divisão no núcleo político do Podemos e enfraquecer o favoritismo do candidato escolhido por Dimas para ser seu sucessor.
Caso Marcus Marcelo seja, realmente, alijado sumariamente do processo democrático de escolha do sucessor, a derrocada das pretensões do atual prefeito de Araguaína em fazer seu sucessor pode acontecer rapidamente, com um “empurrãozinho” da oposição ligada ao Palácio Araguaia, que está unindo grandes líderes políticos, religiosos e dirigentes partidários em torno dessa causa, que é derrotar o melhor prefeito da história de Araguaína desde a sua emancipação política.
Dimas sairá de sua zona de conforto para encarar uma nova realidade sucessória, possivelmente com duas candidaturas no mesmo páreo que a de seu “ungido”, criando um novo panorama, uma nova configuração de disputa, transformando o favoritismo do seu grupo político em apenas mais uma candidatura.
E o caldo pode engrossar ainda mais em Araguaína com a possível candidatura de um militar muito querido pela população, de muita credibilidade e respeito e representa uma proposta nova, sem nenhum desgaste político. Estamos falando do Coronel Caveira, que pode vir a se tornar uma brande surpresa positiva na sucessão municipal.
UNIÃO DE OPOSIÇÕES
A união de forças oposicionistas contra as pré-candidaturas consideradas favoritas nos principais colégios eleitorais do Tocantins pode abalar muitos favoritismos “incontestes”.
Dentre os prefeitos dos principais colégios eleitorais do Estado, apenas Moisés Avelino continua voando em “céu de brigadeiro” com seu vice, o popular Celsinho, praticamente sem adversários.
É bom que fique claro que obras não ganham eleições muito menos para os “ungidos” dos atuais prefeitos. Nos últimos dias os quadros sucessórios em Araguaína, Porto Nacional e Palmas têm surgido novas pedras no tabuleiro sucessório, todas fruto da união de lideranças partidárias até então alijadas do processo sucessório, mas que, unidas, conseguiram cooptar nomes que podem fazer frente aos pré-candidatos já declarados.
PORTO NACIONAL
A “Capital da Cultura” tocantinense também começa a formar embriões de pré-candidaturas que podem se transformar em candidaturas fortes e musculosas politicamente. Todas trazem nomes aptos a assumir o cargo de prefeito e vêm empunhando bandeiras de diversos grupos políticos para a viabilização de suas candidaturas. Desde o atual prefeito, Joaquim Maia, candidato á reeleição, do ex-prefeito Otoniel Andrade, dos empresários Álvaro da A7, João Paulo e Agamenon e do médico Dr. Breno, todos os nomes são bem conhecidos pela população, gabaritados por suas atuações profissionais e passado político e muitos ainda precisam decidir por qual partido irão se filiar até o próximo dia 4 de abril.
Muitas dessas pré-candidaturas podem se fundir em uma e a nossa previsão é de que haverá, no máximo, quatro candidaturas com reais chances de vitória.
Neste momento, seria uma grande imaturidade tentar fazer qualquer pré-julgamento sobre quem é mais forte que alguém, uma vez que não há nenhum trabalho publicitário junto à sociedade de nenhum dos pré-candidatos, da mesma forma, alguns dos pré-pretendentes podem simplesmente desistir de suas postulações, assim como falta o PT, que já administrou a cidade por meio de Paulo Sardinha Mourão – uma das melhores administrações que Porto já presenciou – definir se terá candidato ou apoiará algum outro, pois Paulo Mourão é cotado para concorrer à prefeitura de Palmas.
Até agora não existe nenhuma amostragem de nenhuma pesquisa séria, feita por uma empresa idônea, que nos permita fazer prognósticos e comentários coerentes sobre as pré-candidaturas. Já tivemos acesso a várias “pesquisas” e a vários “resultados”, porém, realizados por empresas sem nenhuma credibilidade junto ao público eleitor.
Por isso, e para não nos alongarmos, vamos aguardar um levantamento sério e colher mais informações sobre outros municípios e guardar para o nosso próximo “panorama político”.
Até breve!