A postura do presidente é diferente de outros líderes, que pretendem ser vacinados em frente às câmeras para aumentar a confiança da população
Por iG Último Segundo
Nesta terça-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não vai tomar a vacina contra a Covid-19 . A declaração foi dada em programa da TV Band ao apresentador José Luiz Datena. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
"Eu não vou tomar vacina e ponto final. Minha vida está em risco? O problema é meu", disse o presidente durante a entrevista, destacando que vai liberar R$ 20 bilhões para a compra dos imunizantes. "É universal, à disposição de quem quiser. Mas tem que ter responsabilidade. O fabricante fala que não é responsável por efeito colateral nenhum".
Na ocasião, Bolsonaro também voltou a reforçar sua confiança na hidroxicloroquina . "Salvou minha vida. E minha mãe de 93 anos tem sempre uma caixa do lado dela", afirmou.
Bolsonaro foi diagnosticado com a doença no mês de julho, no entanto, os especialistas ainda não sabem por quanto tempo as pessoas ficam protegidas de se infectar novamente. Ele disse que acredita que a pandemia está no fim e que "estamos próximos a uma imunidade de rebanho".
O presidente disse que "vai dar sinal verde" para qualquer imunizante contra a doença que tenha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Inicialmente, ele se mostrou resistente à Coronavac , imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantã , ligado ao governo de São Paulo . Entretanto, nos últimos dias, o governo federal tem afirmado que vai adquirir todos os imunizantes que tenham registro da Anvisa .
Em relação à vacina, Bolsonaro tem repetido que não terá obrigatoriedade na imunização, assunto que será discutido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda esta semana.
A postura do presidente é diferente de outros líderes, como os ex-presidentes americanos Barack Obama, George Bush e Bill Clinto, que declararam que pretendem ser vacinados em frente às câmeras, para aumentar a confiança da população e servir de incentivo, de certa forma.