CARLOS AMASTHA: O POLÍTICO QUE DISSE QUE TODO POLÍTICO TOCANTINENSE É LADRÃO AGORA QUER SE APROXIMAR DOS POLÍTICOS TRADICIONAIS DO TOCANTINS

Posted On Segunda, 06 Julho 2020 06:57
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O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que ignorou os motivos pelos quais a população da Capital o reelegeu, mostrando haver aprovado sua primeira administração e a quem entregou seu futuro por confiança, e renunciou a toda essa confiança para tentar sua ascensão política, para se candidatar a governador – e perder  fragorosamente –, já passou por muita coisa em sua vida de político, classe, aliás, que, segundo ele mesmo, abomina e, agora, mais familiarizado com os costumes e tradições, parece estar mudando de postura.

 

Por Edson Rodrigues

 

Mas ninguém muda de postura política apenas por observação ou discernimento.  Amastha está mudando porque se mostrou um político comum, à semelhança dos que ele tanto criticava, mas com um agravante: a incoerência.

 

De todas as coisas que enfrentou, a pior foi ser indiciado pela Polícia Federal, na Operação Nosotros, em 2017, que resultou em busca e apreensão em sua residência e em seus escritórios, da qual conseguiu sair ileso,inocentado pela Justiça Federal, pois não se confirmaram as acusações contra ele.

 

Mas, o mais interessante é que isso ocorreu depois que o próprio Amastha chamou os políticos tocantinenses de “ladrões e vagabundos”, e afirmou que os eleitores “não sabem votar”.

 

 

Aliás a carreira política de Amastha começou a ser construída sobre uma imagem do “novo”, do empresário de sucesso, de “pessoa apolítica, interessada, apenas, em administrar para o povo”. Mas, apresenta-se, hoje em dia, como a carreira de um político como todos os outros – se levarmos em conta o que já falou sobre a classe, pode-se afirmar que Amastha seria um político incoerente, pois não faz o que prega.

 

RABO DE ARRAIA

Presidente estadual do PSB, Carlos Amastha, parece ter sido “picado pela mosca azul da política”, pois desde que deixou a prefeitura de Palmas, passou a ser figurinha fácil em articulações, especulações e tudo o mais que tem a ver com a função dos mesmos políticos de quem tanto fala mal.

 

Perto de uma eleição municipal que vale como um “passaporte” para a eleição majoritária de 2022, Amastha voltou a ficar inquieto.

 

Para um político que falou tão mal dos seus colegas, mas beijou um jumento, tocou sanfona, fez pamonha, dançou funk, sentar no meio-fio para comer chambari, nada parece impossível quando se trata de “se achegar” a uma campanha.

Deputado Vicentinho Jr em campanha para prefeito de palmas pelo PL

 

Nem mesmo se achegar ao deputado federal Vicentinho Jr., o mesmo que, segundo matéria publicada pelo portal Conexão Tocantins, no dia 22 de fevereiro de 2016, acusou o então prefeito de “roubar” o trabalho da bancada federal e o chamou de “usurpador do tempo e do trabalho alheio”, ao criticar as conhecidas bravatas de Amastha que afirmava, á época, ser responsável por recursos e obras que aumentaram o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – ou qualidade de vida, dos cidadãos palmenses. O mesmo Vicentinho Jr. que, hoje, é pré-candidato a prefeito de Palmas, já se encontra em plena realização de reuniões com entidades classistas, lideranças políticas e permanece, até hoje, como um político ficha limpa.

 

Nesta última semana, circulou um release relatando uma visita de Amastha ao senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso, um político jovem, mas que já passou pelo escrutínio popular em diversos patamares, sendo eleito desde vereador, presidente da Câmara Municipal de Palmas e deputado Federal por três mandatos.

 

Não podemos deixar de salientar que o PSB de Amastha é um dos partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro e sua intenção de se aproximar justamente do líder do governo no Congresso Nacional pode significar uma mudança de postura, um sinal de paz, de boa convivência entre Amastha e o que ele próprio chamou de “velha política”.

 

 Apesar disso, também não podemos deixar de lembrar que o Amastha busca, nesta eleição municipal, uma vaguinha de vereador em Palmas.

 

Resta saber se o candidato é o Amastha que chama político de ladrão e vagabundo, o falastrão, ou o que deu beijo em jumento, dançou funk, fez pamonha, tocou sanfona e comeu chambari no meio-fio ou se trata apenas de um “rabo de arraia” para conquistar um cargo eletivo.

 

Há, também, que se ater á possibilidade de Amastha, caso eleito vereador, não abandone seus eleitores, novamente, para ser candidato a governador em 2022.

 

Só o tempo dirá!