Momentos após o anúncio da vitória de Javier Milei nas eleições da Argentina neste domingo (19), líderes mundiais e celebridades parabenizaram o ultradireitista pela conquista.
Com Agências
Uma das primeiras reações foi do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que desejou "boa sorte e êxito ao novo governo" sem citar o nome de Milei. O presidente chileno, Gabriel Boric, saudou Milei nominalmente, enquanto Gustavo Petro, da Colômbia, afirmou estar "triste pela Argentina".
Jair Bolsonaro também se manifestou. "Parabéns ao povo argentino pela vitória com Javier Milei. A esperança volta a brilhar na América do Sul. Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos e o Brasil para que a honestidade, o progresso e a liberdade voltem para todos nós", escreveu o ex-presidente nas redes sociais.
O americano Donald Trump parodiou o próprio slogan político e disse que Milei fará "a Argentina grandiosa novamente".
No X, o bilionário Elon Musk comemorou a vitória de Milei. Em resposta a uma publicação que noticiava a vitória do ultradireitista, o empresário comentou que "a prosperidade vem aí para a Argentina."
Veja abaixo as reações à vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais argentinas
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"A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica. Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos."
Lula
Presidente do Brasil
"Hoje o povo argentino teve um dia democrático para eleger o seu Presidente para os próximos quatro anos. Saúdo Javier Milei pela vitória e Sergio Massa pelo digno reconhecimento da derrota. Desejo o melhor ao povo argentino e saiba que sempre terá nosso respeito e apoio. Como Presidente do Chile, trabalharei incansavelmente para manter as nossas nações irmãs unidas e colaborando para o bem-estar de todos."
Gabriel Boric
Presidente do Chile
"A extrema direita venceu na Argentina; É a decisão da sua sociedade. Triste para a América Latina e veremos... o neoliberalismo não tem mais proposta para a sociedade, não pode responder aos problemas atuais da humanidade. As relações entre a Colômbia e a Argentina, os laços entre os seus povos serão mantidos no respeito mútuo. Parabenizo Milei. E esperamos da Argentina progressista as avaliações que permitam aos povos latino-americanos aprender com as lições da história."
Gustavo Petro
Presidente da Colômbia
"A prosperidade argentina vem aí"
Elon Musk
Empresário
"O mundo inteiro estava assistindo! Estou muito orgulhoso de você. Você mudará seu país e realmente tornará a Argentina grande novamente!"
Donald Trump
Ex-presidente dos Estados Unidos
"Parabenizo a Javier Milei pela eleição vitoriosa e desejo muito sucesso e sabedoria na condução do seu mandato."
Tarcísio Freitas
Governador do Estado de São Paulo
"Sou um homem democrático e nada valorizo mais do que o veredicto popular. Confio que amanhã poderemos começar a trabalhar com Javier Milei para garantir uma transição ordenada."
Alberto Fernandez
Presidente da Argentina
"Saúdo o Presidente eleito Javier Milei. Temos muito que trabalhar juntos e melhorar nossas relações bilaterais"
Luis Lacalle Pou
Presidente do Uruguai
"O Peru expressa suas calorosas felicitações a Javier Milei por sua eleição como presidente da República Argentina. Desejando-lhe o maior sucesso em sua gestão, o Peru renova seu compromisso de continuar fortalecendo os laços históricos de amizade e cooperação que unem nossos países."
Dina Boluearte
Presidente do Peru
Os cinco principais bancos públicos federais, incluindo a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste (BNB), estão preparados para desempenhar um papel central na economia, planejando investir significativos R$ 1,7 trilhão ao longo do governo Lula
Por Gabriel Barbosa
Os cinco principais bancos públicos federais, incluindo a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste (BNB), estão preparados para desempenhar um papel central na economia, planejando investir significativos R$ 1,7 trilhão ao longo do governo Lula, de 2024 a 2027, conforme revelado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.
Neste plano robusto, a Caixa Econômica Federal lidera as contribuições, disponibilizando expressivos R$ 572,4 bilhões, seguida de perto pelo Banco do Brasil, com R$ 519,5 bilhões. O BNDES compromete-se com R$ 307,8 bilhões, enquanto o Banco do Nordeste destina R$ 224,7 bilhões e o Banco da Amazônia aporta R$ 73,2 bilhões, segundo reportagem do Valor.
Do montante total destinado ao financiamento, expressivos 90,5% (R$ 1,5 trilhão) serão alocados em cinco programas prioritários do Plano Plurianual (PPA) durante o governo Lula.
Moradia digna lidera a lista com R$ 532 bilhões, seguida por agropecuária sustentável com R$ 404 bilhões, neoindustrialização com R$ 355 bilhões, desenvolvimento regional com R$ 127 bilhões e agricultura familiar com R$ 117 bilhões.
Os R$ 1,7 trilhão em créditos concedidos pelos bancos públicos federais para impulsionar as políticas do PPA tornam-se parte de um montante total de R$ 3,9 trilhões em recursos financeiros classificados como “não orçamentários”.
Esta categoria abrange não apenas os financiamentos, mas também os subsídios tributários e creditícios, evidenciando o comprometimento do governo com o desenvolvimento sustentável.
Em nota, a secretária Nacional de Planejamento, Leany Lemos, destaca a relevância desses investimentos dos bancos públicos, descrevendo-os como “pilares fundamentais para impulsionar o desenvolvimento, seja de maneira direta ou por meio de operações secundárias
Apesar de Milei ser o favorito, segundo a maioria das pesquisas, a situação é de difícil previsão
Por Thiago Nolasco
A difícil decisão que os argentinos vão ter que tomar no próximo domingo (19), no segundo turno das eleições presidenciais, entre Sergio Massa e Javier Milei, reflete um momento crítico em meio à crise econômica que assola o país.
Como ministro da Economia do presidente Alberto Fernandéz, Massa carrega o peso das responsabilidades relacionadas à crise, enquanto Milei apresenta propostas ultraliberais para lidar com a situação, como a dolarização da economia e a privatização de empresas públicas e meios de comunicação.
Com cerca de 40% da população vivendo na pobreza e uma inflação alarmante — registrando 8,3% em outubro e um acumulado de 142,7% nos últimos 12 meses, sendo a maior em 32 anos —, os eleitores argentinos estão diante de escolhas cruciais para o futuro do país.
Milei, com suas ideias radicais, busca soluções imediatas, propondo a dolarização como uma medida para estabilizar a moeda, mas enfrenta críticas de especialistas que consideram suas propostas vagas e de difícil implementação.
Além disso, é importante considerar que Milei ameaça romper com a China e o Mercosul, enquanto propõe a abertura da economia. Essas medidas podem reduzir as exportações e ter um impacto negativo, levando ao fechamento de pequenas empresas.
Enquanto isso, Massa enfrenta o desafio de encontrar respostas viáveis para a crise econômica. Sua posição como ministro da Economia pode ser vista como uma desvantagem, dependendo da percepção pública sobre seu papel na situação atual do país.
A escolha de domingo que vem reflete não apenas a busca por soluções imediatas para a crise, mas também os rumos que a Argentina seguirá nos próximos anos, moldando seu destino econômico, político e social.
Apesar de Milei ser o favorito, segundo a maioria das pesquisas, a situação é de difícil previsão. No primeiro turno, as pesquisas erraram, e Massa saiu vitorioso. O cenário atual sugere uma diferença de menos de 5 pontos percentuais entre os dois candidatos.
O relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), afirmou nesta quinta-feira (16) que o governo Lula (PT) vai manter a sua meta de déficit fiscal zero.
Com Folhapress
O governo descarta, dessa forma, a hipótese de patrocinar alguma emenda à LDO, apresentada por algum parlamentar, promovendo a mudança da meta.
"[O governo] tirou qualquer possibilidade de emenda ao relatório, qualquer mensagem modificativa com relação ao que está sendo decidido, e a preservação do arcabouço fiscal"., afirmou Danilo Forte.
"A possibilidade de revisão poderá advir de alguma mudança no futuro, mas no presente o governo manteve a meta fiscal zero". completou.
O parlamentar participou de uma reunião no Palácio do Planalto, com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Simone Tebet (Planejamento) e líderes governistas no Congresso Nacional.
O encontro acontece às vésperas da data regimental para que sejam apresentadas emendas à LDO, prazo que vence nesta sexta-feira (17).
Também acontece em meio às discussões envolvendo a mudança na meta fiscal.
A questão da meta entrou no centro das discussões envolvendo o governo federal, após Lula ter dito que "dificilmente" a meta de déficit fiscal zero seria atingida.
Em um café da manhã com jornalistas que cobrem Presidência da República, Lula acrescentou ainda que a meta fiscal não precisa ser zero e que não está disposto a efetuar cortes em investimentos e com programas sociais para atingi-la.
"Deixa eu dizer para vocês uma coisa. Tudo o que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai cumprir. O que eu posso te dizer é que ela não precisa ser zero. A gente não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias nesse país", disse o presidente, em resposta a questionamento da Folha de S.Paulo, durante café da manhã com a imprensa.
Luciane Barbosa de Farias, esposa do traficante Tio Patinhas, teve viagem a Brasília custeada pelo governo federal
Por Emerson Fonseca Fraga
O subprocurador-geral do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Rocha Furtado pediu à Corte que investigue as duas visitas de Luciane Barbosa Farias, conhecida no Amazonas como Primeira-Dama do Tráfico, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ela é esposa do traficante Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, um dos líderes da organização criminosa Comando Vermelho.
Furtado diz na representação, protocolada nessa terça-feira (14), que o comportamento das autoridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública é "no mínimo negligente". "Cumpre reclamar ao TCU que se manifeste acerca das possíveis condutas praticadas por autoridades do Ministério da Justiça atentatórias à moralidade administrativa e à confiança depositada pela sociedade em suas instituições [...], de modo a promover a completa elucidação dos fatos e a preservar a reputação e o respeito devidos a essa instituição", afirma.
"A sociedade não aceita mais, por parte das autoridades, condutas imorais e suspeitas, sobretudo quando é pública e notória a precariedade dos serviços que lhe são oferecidos, especialmente os que concernem à segurança pública", afirma o membro do Ministério Público. Ele solicita a "adoção das medidas necessárias a investigar possíveis condutas atentatórias à moralidade administrativa e em eventual desvio de finalidade no uso das dependências do Ministério da Justiça".
Furtado pede ainda ao TCU que examine as novas regras para o ingresso de visitantes ao Palácio da Justiça, sede da pasta, "de modo a verificar se são suficientes para evitar novas ocasiões de desrespeito à finalidade das instalações públicas". O ministro Augusto Nardes será o relator da representação.
Ministério confirma custeio de passagens
Quando visitou por duas vezes o Ministério da Justiça e Segurança Pública, onde se reuniu com autoridades e servidores da pasta, Luciane teve a viagem a Brasília custeada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Em nota, a pasta de Silvio Almeida informou que Luciane Farias viajou para participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, realizado em 6 e 7 deste mês, e que ela foi indicada por um comitê amazonense.
"O Comitê de Prevenção e Combate à Tortura, por meio do ofício n° 233/2023, solicitou aos Comitês Estadual de Prevenção e Combate à Tortura dos estados que indicassem representantes para participação da atividade. O Comitê Estadual do Amazonas, por sua vez, indicou Luciane Barbosa Farias como representante a participar do evento. Todos os convidados tiveram suas passagens e diárias custeadas", informou a pasta.
Luciane Farias é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, um dos líderes do Comando Vermelho, que foi preso em dezembro de 2022. Ela também é condenada em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. No entanto, ela recorre em liberdade da sentença de dez anos de prisão. Já Tio Patinhas cumpre pena de 31 anos no Amazonas.
Lado do ministério
Luciene esteve com Elias Vaz, secretário nacional de Assuntos Legislativos, em março. Ele explicou que a audiência atendia a uma solicitação da Associação Nacional da Advocacia Criminal, feita pela advogada Janira Rocha, ex-deputada estadual no Rio de Janeiro.
Janira entrou acompanhada de duas mães de jovens assassinados — que pediram celeridade nas investigações da morte dos filhos —, além de Luciane Farias, que falou sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário brasileiro. "Por esta razão, foi sugerido à advogada Janira Rocha que elas procurassem a Secretaria Nacional de Políticas Penais", explicou Vaz.
Em maio, Luciene participou de outro encontro para discutir o assunto. "Não houve qualquer outro andamento do tema", disse o Ministério da Justiça e Segurança Pública. "Sobre a atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidade de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota", declarou a pasta.
Defesa de Luciane
Em nota à imprensa, Luciane diz que é presidente do Instituto Liberdade do Amazonas e que não é "faccionada de nenhuma organização criminosa". Segundo ela, as reuniões em Brasília foram para tratar das condições precárias nos presídios brasileiros.
"Sou inocente e lutarei para prová-lo", afirma ela, que ainda não teve condenação transitada em julgado. Ela ingressou com recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) para livrá-la da condenação a dez anos de prisão imposta pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.