Secretário Wlademir Mota levou demandas do Tocantins com objetivo de fortalecer as estratégias desenvolvidas pela Segurança Pública
Por Claudivan Santiago e Sara Cardoso
O secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Mota Oliveira, participa nesta quarta-feira, 4, na sede do Ministério da Justiça, em Brasília, da reunião da Câmara Técnica de Segurança Pública do Consórcio da Amazônia Legal. O evento é presidido pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, e conta com a presença de secretários estaduais de Segurança Pública dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, representantes das Polícias Federal e Rodoviária e diretores da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Nesse encontro estão sendo discutidos vários temas ligados à Segurança Pública na Região Norte do Brasil, como financiamento e aquisições de equipamentos, valorização dos profissionais e câmeras corporais, integração de dados de segurança pública, enfrentamento à criminalidade organizada: estratégias integradas, pesquisa e ensino em segurança pública, operações da Força Nacional de Segurança Pública e debates sobre outros assuntos correlatos.
“Estar presente nesse evento reforça o compromisso do Estado do Tocantins e do Governo Federal em prol da Segurança Pública na Região Amazônica. Estão aqui os nove secretários de Segurança da Amazônia Legal juntando forças com o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Segurança Pública para melhorar a qualidade dos equipamentos por meio do Amas (Plano Amazônia: Segurança e Soberania). Além disso, buscamos fortalecer a qualificação do nosso pessoal e os laços com outros órgãos e instituições para que possamos, cada vez mais, propor uma segurança pública de qualidade”, destacou o secretário.
O gestor também destacou as demandas levadas, pelo Tocantins, ao evento. “Nós sabemos que o crime organizado está enraizado em todo o Brasil e estamos buscando mecanismos para combater esse mal. O Tocantins é um estado promissor, que tem se desenvolvido bastante e a Segurança precisa dar sua resposta para a tentativa de migração do crime organizado. Por isso, estamos alinhando estratégias, principalmente com os estados da Amazônia, que são peculiares em determinadas situações”, afirmou.
Evento reúne delegados titulares das unidades especializadas dos 26 estados e Distrito Federal
Por Hiago Muniz
Nesta semana, em Brasília (DF), o delegado titular da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Afonso Lyra, está participando do 1º Encontro Técnico da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim). A Renorcrim reúne delegados titulares das unidades especializadas no combate a organizações criminosas dos 26 estados e do Distrito Federal.
O encontro é promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), e visa fortalecer o combate ao crime organizado, com um foco especial em ações de integração entre as instituições e na descapitalização das organizações criminosas. O evento segue até o próximo dia 4, com a participação de delegados de polícia, promotores e procuradores dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal.
O delegado Afonso Lyra ressalta que o 1º Encontro Técnico da Renorcrim é fundamental para o alinhamento das ações entre o Ministério da Justiça e as diversas unidades especializadas no enfrentamento às organizações criminosas. “A integração das estratégias e o compartilhamento de experiências entre os participantes são cruciais para fortalecer nossa abordagem conjunta e garantir uma resposta mais eficaz contra as organizações criminosas em todo o país. Este evento reforça nosso compromisso com a segurança pública e a eficácia das operações contra o crime organizado.”
Além do delegado, participam do evento, promotores de justiça representantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins.
Renorcrim
A Renorcrim é composta por todos os Delegados(as) de Polícia Civil titulares de unidades especializadas no enfrentamento das organizações criminosas nas 27 Unidades Federativas. O objetivo é fortalecer o combate às organizações criminosas por meio da promoção da integração institucional e do compartilhamento de conhecimento entre as unidades especializadas.
Homicídio ocorreu em março de 2019; a vítima, Domingos Alves Ramos, foi assassinada com um tiro na cabeça
Por Hiago Muniz
Na manhã desta quinta-feira, 29, a Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da 7ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (DEIC - Porto Nacional), deu cumprimento a dois mandados de prisão expedidos em desfavor de dois indivíduos condenados pelo homicídio de Domingos Alves Ramos, 63 anos à época, ocorrido em março de 2019, em Porto Nacional. Os indivíduos são identificados pelas iniciais H.P.N., 39 anos, e A.D.S., 26 anos.
Na época dos fatos, os suspeitos, junto com um terceiro homem, foram presos, mas posteriormente receberam a permissão judicial para aguardar o julgamento em liberdade. Neste ano, os três foram submetidos à júri popular e todos foram condenados.
O delegado Wagner Rayelly Pereira Siqueira, titular da 7ª DEIC e responsável pelo caso, explica que, após o trânsito em julgado das sentenças para os dois réus, foram expedidos os mandados de prisão, que foram prontamente cumpridos pela equipe. “O terceiro réu, igualmente condenado, ainda aguarda a decisão de recurso no Tribunal de Justiça do Tocantins. A prisão desses indivíduos é um passo importante para a justiça e para a comunidade", destaca.
Os homens foram encaminhados para a Unidade Prisional de Porto Nacional para cumprimento de suas respectivas penas.
O Crime
O crime aconteceu na madrugada de 6 de março de 2019, no setor Jardim Querido, em Porto Nacional. De acordo com a investigação, os suspeitos chegaram à casa da vítima e a executaram. A vítima, Domingos Alves Ramos, foi assassinada com um tiro na cabeça.
Homem será recambiado para Porto Nacional onde responderá pelo crime
Por Vania Machado
Foi preso na tarde desta quarta-feira, 28, em Conceição do Araguaia (PA), S.F.L., 21 anos, apontado como o mentor do crime de latrocínio cometido no último dia 12, em Porto Nacional, tendo como vítima o cabeleireiro Wanderson Menezes. A prisão, realizada pela Polícia Militar do Pará, ocorreu após compartilhamento de informações da Polícia Civil do Tocantins.
Ao ser preso, o homem foi apresentado na Delegacia de Plantão de Conceição do Araguaia, mas deve ser recambiado nos próximos dias para a Unidade Penal de Porto Nacional, permanecendo à disposição do Poder Judiciário do Tocantins.
“Agora com a prisão, ele será recambiado para Porto Nacional, a comarca onde cometeu o crime e onde será processado e julgado pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menores”, informou o delegado titular da 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Porto Nacional) e responsável pelo caso, Wagner Rayelly Pereira Siqueira.
Com a prisão do mentor do crime, o inquérito policial será concluído e remetido ao Poder Judiciário com vistas ao Ministério Público para adoção das medidas penais cabíveis aos envolvidos.
O delegado destaca que dos quatro envolvidos, apenas S.F.L. é o único com passagens pelos crimes de direção perigosa, roubo e tráfico de drogas, dentre outros.
*Investigação*
Conforme apurado, S.F.L. e mais três suspeitos (dois adolescentes de 14 e 15 anos e um jovem de 18 anos) atraíram a vítima para um encontro, com o claro intuito de roubar o seu veículo, que já tinha um possível comprador. “Um dos adolescentes já conhecia Wanderson e marcou um encontro com ele. Chegando ao local haviam mais três pessoas. A vítima foi rendida, colocada no porta-malas e eles saíram de Porto Nacional para Paraíso do Tocantins, onde entregariam o veículo para esse comprador. No percurso, mataram Wanderson com facadas e um tiro na cabeça”, informou.
Segundo relatos dos três envolvidos já capturados, eles pararam o veículo às margens da TO-455, sentido Porto Nacional/Distrito de Luzimangues, tiraram a vítima do porta-malas e a executaram. “O jovem de 18 anos e um dos adolescentes seguraram a vítima para que o outro adolescente, que marcou o encontro, o esfaqueasse e o outro adulto atirasse na cabeça. Deixaram o corpo no local e seguiram para Paraíso, onde entregaram o carro para o comprador. Mas devido a repercussão que teve sobre o desaparecimento de Wanderson, esse comprador acabou desistindo do negócio e falou para eles buscarem o carro de volta”, complementou.
No dia seguinte, ao retornarem para buscar o veículo, eles optaram por atear fogo no carro, mas no trajeto para esse fim, foram interceptados por um policial militar à paisana. “Esse policial, já sabendo do desaparecimento do Wanderson, tendo ciência de qual veículo se tratava e qual era o número da placa, e diante da atitude suspeita, tentou abordá-los. Mas o adolescente que dirigia o carro, abandonou o veículo, montou na garupa da moto que o outro adolescente pilotava e os dois fugiram. Em compartilhamento de informações com a Polícia Rodoviária Federal foi possível identificar uma motocicleta em atitude suspeita e essa motocicleta tinha origem de Porto Nacional, por isso, a Polícia Militar foi acionada, montou uma barreira próximo ao Distrito de Pinheirópolis e conseguiu capturar esses adolescentes”, explicou.
*Apreensões e prisão*
Na abordagem, eles confessaram a participação no crime e refizeram o percurso com os militares para mostrar onde deixaram o corpo da vítima. A perícia oficial e o Instituto Médico Legal de Palmas foram acionados. O corpo foi recolhido, passou por necropsia e foi liberado para os familiares.
Já os adolescentes foram conduzidos até à 11ª Central da Polícia Civil, em Porto Nacional, onde foi lavrado um Auto de Apreensão em Flagrante de Ato Infracional pelos crimes análogos a latrocínio e ocultação de cadáver. Os adolescentes já se encontram sob a custódia do Sistema Socioeducativo do Estado.
O jovem de 18 anos foi capturado pela Polícia Militar no dia 14, e também foi conduzido até a 11ª Central, onde foi autuado por latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menores, sendo encaminhado para a Unidade Penal Regional de Porto Nacional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Ainda conforme apurado, o celular da vítima foi descartado em uma região de mata e compras chegaram a ser feitas com o cartão da vítima, inclusive para abastecer o carro. Quanto ao possível comprador do veículo, a DEIC - Porto Nacional irá verificar se, de alguma forma, ele teria participação no crime.
Casos de furto de energia podem ser denunciados de forma anônima
DICOM SSP/TO/Governo do Tocantins e Ascom Energisa
Na manhã desta quarta-feira, 28, equipes da Energisa, Polícia Civil e Polícia Militar realizaram uma ação de combate ao furto e fraudes de energia elétrica em Palmas. Ao todo, foram desativadas 53 ligações clandestinas na região Norte da capital.
Somente no primeiro semestre deste ano, 29.655 MWh de energia foram desviados no Tocantins. Para ilustrar, esse volume seria suficiente para atender aproximadamente 12 mil clientes por um ano ou abastecer uma cidade do porte de Araguatins pelo mesmo período.
“É necessário que a população compreenda os riscos e os prejuízos do furto de energia elétrica e se conscientize sobre a importância de utilizá-la de maneira responsável e legal, garantindo a segurança e o bem-estar de todos”, orienta o coordenador de Medição e Combate a Perdas, Ricardo Pedrosa de Brito.
E, quando se fala em furto de energia elétrica, logo surge a pergunta: quem paga pelo gato? De acordo com a regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), parte desse custo vai para a tarifa de energia que, no caso do Tocantins, é menor que 1%, uma das mais baixas do país. Mas, o que muitas vezes não é levado em conta é o risco que essa prática representa não só para quem está fazendo a ligação clandestina, mas para toda a comunidade.
Acidente com choque elétrico, iniciar um incêndio e até óbito são alguns dos perigos que quem furta energia corre. A fraude compromete a segurança das instalações elétricas, pode causar sobrecarga e curto-circuito, queima de equipamentos e até impactar negativamente a qualidade do fornecimento de energia.
E, para identificar, regularizar e aplicar a lei nas autuações em flagrante, a concessionária de energia conta com o apoio da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Praticados contra Concessionárias de Serviços Públicos. “Trata-se de um crime previsto no Artigo 155, Parágrafo III do Código Penal e que prevê uma pena de um a quatro anos de reclusão e multa. Mas é importante frisar que, além de responder a um processo criminal, a pessoa está colocando a sua vida em risco, ou seja, é algo que não vale a pena”, destaca a delegada titular da DRCSP - Palmas, Lucélia Marques.
Mas, existe outro agente importante nessa equação, diretamente impactado pelas fraudes: o consumidor regular. “Denunciar ligações clandestinas é essencial, pois, no final, todos os usuários acabam arcando com os custos desse crime”, explica o coordenador.
Dados
Em 2023, a quantidade de energia furtada foi de 35.492 MWh. Um balanço feito pela Concessionária em parceria com a Polícia Civil mostrou que, no ano passado, 31.918 inspeções conjuntas foram realizadas e 4.085 casos de furtos foram identificados. Além disso, foram registrados 139 boletins de ocorrências, o que equivale a uma média de um a cada três dias.
A denúncia de furto de energia pode ser feita de forma simples e anônima. Para isso, basta entrar em contato com a Energisa por meio de um dos canais de atendimento como call center no número 0800 721 3330, site energisa.com.br, Facebook ou Twitter, agência de atendimento presencial da sua cidade, pelo aplicativo Energisa On ou ainda pelo WhatsApp da Gisa, no endereço www.gisa.energisa.com.br.