De acordo com analistas de mercado, esse deve ser o último reajuste em 2022
Por: Pablo Valler
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reuniu nesta 4ª feira (3.ago) para analisar a inflação e decidir se alteraria seu principal dispositivo controlador de preços, a taxa básica de juros. Como era de se esperar, houve aumento, o 12º seguido. De 13,25% ao ano foi para 13,75% ao ano. É o maior patamar desde novembro de 2016, quando chegou em 14% ao ano.
De acordo com analistas de mercado, esse deve ser o último reajuste em 2022. Há também expectativa de que não ocorra mais alterações até maio do ano que vem, período estimado de quando a inflação deverá diminuir. A maioria aposta que 2023 termine com a também chamada Selic a 10,5% ao ano.
Metas
Para definir a Selic, o Banco Central se baseia nas metas de inflação. A meta central de inflação é de 3,5% esse ano e será oficialmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O BC, porém, já prevê 7,15% em todo este ano.
Consequências
O aumento da taxa básica de juros pode acarretar algumas consequências:
A principal tendência é que os bancos também aumentem as taxas cobradas dos clientes. Atualmente, a média dos bancos é a maior em três anos.
Inflação e Selic elevadas ainda tendem a aumentar a dívida pública, um indicador reparado por investidores internacionais.
Com tudo mais caro, o consumo da população tende a diminuir, o que também afeta as empresas e seus investimentos e depois o emprego.
Por outro lado, para os cidadãos, aplicações em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, passam a render mais.